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Museu Nacional de Antropologia entre os mais visitados do país

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O Museu Nacional de Antropologia, em Luanda, continua a afirmar-se como um dos espaços culturais mais procurados do país. Com uma agenda preenchida por exposições temporárias, oficinas de arte e dança, entre outras actividades, recebe mensalmente entre 1.500 e 2.000 visitantes, na sua maioria estudantes, do ensino de iniciação até à 12.ª classe.

Até aos 12 anos, os visitantes estão isentos de pagamento. Entre os 13 e os 18 anos, a entrada custa 150 kwanzas, quase metade do valor aplicado à faixa dos 18 aos 59 anos, que é de 250 kwanzas. A partir dos 60 anos, o acesso volta a ser gratuito. Para os turistas, o bilhete pode atingir os 300 kwanzas.

Sendo uma instituição pública, sem fins lucrativos, os emolumentos não reflectem os reais custos operacionais. Ainda assim, por força da lei, 40% da receita obtida com entradas reverte para os cofres do Estado, conforme explicou o director do museu, Álvaro Jorge, em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Internacional dos Museus, celebrado a 18 de Maio.

Segundo o responsável, a instituição arrecada anualmente entre 100 mil e 400 mil kwanzas, de acordo com os valores definidos pelo Decreto Presidencial n.º 107/20, que regula o acesso aos museus.

Para atrair novos públicos, o museu tem apostado na modernização e na presença digital. Com o apoio do Goethe-Institut e da Alliance Française, lançou o seu website e criou páginas nas redes sociais. Outro destaque é o programa “Peça do Mês”, que visa valorizar peças do acervo e torná-las mais conhecidas junto do público.

Neste mês de Maio, em que se celebra o património museológico, a peça escolhida foi o Hungu, instrumento musical ancestral, típico da África Negra, presente em várias áreas socioculturais do país. Também conhecido como Cambulumbumba, nome de origem Bantu, este instrumento é comum entre povos como os San, Nkung, Ngangela, Xinxe, Ambuela, Cokwe, Kwanhama e Ambuim.

Apesar da riqueza do seu acervo, o museu enfrenta desafios consideráveis. Álvaro Jorge aponta a necessidade de melhorar a divulgação das colecções e de reforçar a qualificação técnica da equipa. “Precisamos de recursos humanos competentes e em número adequado, para garantir um funcionamento eficaz em todas as frentes, da documentação à apresentação virtual, incluindo o inventário e a digitalização do espólio.”

No que respeita à conservação das peças, o director alerta para a vulnerabilidade do sistema de segurança e climatização. “Qualquer falha de energia paralisa o sistema. Algumas peças são feitas de materiais sensíveis, que não toleram variações extremas de temperatura ou humidade, sob risco de sofrerem danos irreversíveis.”

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

O Museu Nacional de Antropologia, em Luanda, continua a afirmar-se como um dos espaços culturais mais procurados do país. Com uma agenda preenchida por exposições temporárias, oficinas de arte e dança, entre outras actividades, recebe mensalmente entre 1.500 e 2.000 visitantes, na sua maioria estudantes, do ensino de iniciação até à 12.ª classe.

Até aos 12 anos, os visitantes estão isentos de pagamento. Entre os 13 e os 18 anos, a entrada custa 150 kwanzas, quase metade do valor aplicado à faixa dos 18 aos 59 anos, que é de 250 kwanzas. A partir dos 60 anos, o acesso volta a ser gratuito. Para os turistas, o bilhete pode atingir os 300 kwanzas.

Sendo uma instituição pública, sem fins lucrativos, os emolumentos não reflectem os reais custos operacionais. Ainda assim, por força da lei, 40% da receita obtida com entradas reverte para os cofres do Estado, conforme explicou o director do museu, Álvaro Jorge, em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Internacional dos Museus, celebrado a 18 de Maio.

Segundo o responsável, a instituição arrecada anualmente entre 100 mil e 400 mil kwanzas, de acordo com os valores definidos pelo Decreto Presidencial n.º 107/20, que regula o acesso aos museus.

Para atrair novos públicos, o museu tem apostado na modernização e na presença digital. Com o apoio do Goethe-Institut e da Alliance Française, lançou o seu website e criou páginas nas redes sociais. Outro destaque é o programa “Peça do Mês”, que visa valorizar peças do acervo e torná-las mais conhecidas junto do público.

Neste mês de Maio, em que se celebra o património museológico, a peça escolhida foi o Hungu, instrumento musical ancestral, típico da África Negra, presente em várias áreas socioculturais do país. Também conhecido como Cambulumbumba, nome de origem Bantu, este instrumento é comum entre povos como os San, Nkung, Ngangela, Xinxe, Ambuela, Cokwe, Kwanhama e Ambuim.

Apesar da riqueza do seu acervo, o museu enfrenta desafios consideráveis. Álvaro Jorge aponta a necessidade de melhorar a divulgação das colecções e de reforçar a qualificação técnica da equipa. “Precisamos de recursos humanos competentes e em número adequado, para garantir um funcionamento eficaz em todas as frentes, da documentação à apresentação virtual, incluindo o inventário e a digitalização do espólio.”

No que respeita à conservação das peças, o director alerta para a vulnerabilidade do sistema de segurança e climatização. “Qualquer falha de energia paralisa o sistema. Algumas peças são feitas de materiais sensíveis, que não toleram variações extremas de temperatura ou humidade, sob risco de sofrerem danos irreversíveis.”

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