A escritora angolana Cremilda de Lima defendeu, na passada quarta-feira, em Luanda, a urgência da tradução de livros infanto-juvenis para as línguas nacionais, sublinhando que esta prática é fundamental para a afirmação da identidade cultural, o desenvolvimento cognitivo e o despertar do prazer da leitura nas crianças.
A afirmação foi feita durante o colóquio “A Literatura Angolana: Desafios no Presente e Futuro”, promovido pela Fundação BAI em parceria com os Ministérios da Educação e da Cultura, que decorre na capital.
No painel dedicado ao tema “A literatura infantil na construção da identidade”, Cremilda sublinhou que, ao escutarem e lerem histórias na sua língua materna, as crianças conseguem reconhecer-se nas narrativas e conectar-se mais intensamente ao seu universo cultural, o que reforça o sentido de pertença e a auto-estima.
No mesmo encontro, o escritor John Bella abordou o papel da literatura no crescimento intelectual e emocional dos mais novos. “A literatura infantil é essencial na construção da identidade e da personalidade da criança. É nela que se moldam valores e se despertam consciências”, afirmou.
Para John Bella, os anos 80 representaram o auge da literatura infantil em Angola, altura em que surgiram os primeiros autores voltados para este público, com uma produção editorial sólida que chegava a quase todas as províncias. Actualmente, alerta, é preciso revitalizar este sector, garantindo a presença dos livros nas bibliotecas, escolas e livrarias.
Já a escritora Yola Castro denunciou as dificuldades que os autores enfrentam para publicar livros destinados à infância. “As barreiras burocráticas são inúmeras e a produção literária infantil não é, infelizmente, uma prioridade”, lamentou.
Na sua intervenção, Yola chamou a atenção para as consequências desse desinvestimento: “Temos hoje muitas crianças que lêem mal e não compreendem os textos, porque não foram expostas, desde cedo, a uma literatura adequada. A ausência de livros infantis é um entrave real à formação da identidade”.
A administradora da Fundação BAI, Tchissola Mosquito, explicou que o colóquio pretende reunir especialistas para reflectir em conjunto e propor caminhos. “Acreditamos que, unindo esforços, poderemos gerar mudanças significativas e influenciar positivamente a sociedade”, afirmou.
O encontro, que encerra esta quinta-feira, contou com a presença da secretária de Estado para a Cultura, Maria da Piedade de Jesus, escritores, professores, editores e estudantes.
Fonte: Jornal de Angola
A escritora angolana Cremilda de Lima defendeu, na passada quarta-feira, em Luanda, a urgência da tradução de livros infanto-juvenis para as línguas nacionais, sublinhando que esta prática é fundamental para a afirmação da identidade cultural, o desenvolvimento cognitivo e o despertar do prazer da leitura nas crianças.
A afirmação foi feita durante o colóquio “A Literatura Angolana: Desafios no Presente e Futuro”, promovido pela Fundação BAI em parceria com os Ministérios da Educação e da Cultura, que decorre na capital.
No painel dedicado ao tema “A literatura infantil na construção da identidade”, Cremilda sublinhou que, ao escutarem e lerem histórias na sua língua materna, as crianças conseguem reconhecer-se nas narrativas e conectar-se mais intensamente ao seu universo cultural, o que reforça o sentido de pertença e a auto-estima.
No mesmo encontro, o escritor John Bella abordou o papel da literatura no crescimento intelectual e emocional dos mais novos. “A literatura infantil é essencial na construção da identidade e da personalidade da criança. É nela que se moldam valores e se despertam consciências”, afirmou.
Para John Bella, os anos 80 representaram o auge da literatura infantil em Angola, altura em que surgiram os primeiros autores voltados para este público, com uma produção editorial sólida que chegava a quase todas as províncias. Actualmente, alerta, é preciso revitalizar este sector, garantindo a presença dos livros nas bibliotecas, escolas e livrarias.
Já a escritora Yola Castro denunciou as dificuldades que os autores enfrentam para publicar livros destinados à infância. “As barreiras burocráticas são inúmeras e a produção literária infantil não é, infelizmente, uma prioridade”, lamentou.
Na sua intervenção, Yola chamou a atenção para as consequências desse desinvestimento: “Temos hoje muitas crianças que lêem mal e não compreendem os textos, porque não foram expostas, desde cedo, a uma literatura adequada. A ausência de livros infantis é um entrave real à formação da identidade”.
A administradora da Fundação BAI, Tchissola Mosquito, explicou que o colóquio pretende reunir especialistas para reflectir em conjunto e propor caminhos. “Acreditamos que, unindo esforços, poderemos gerar mudanças significativas e influenciar positivamente a sociedade”, afirmou.
O encontro, que encerra esta quinta-feira, contou com a presença da secretária de Estado para a Cultura, Maria da Piedade de Jesus, escritores, professores, editores e estudantes.
Fonte: Jornal de Angola