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José Gualberto Matos defende pensamento estratégico como motor da transformação empresarial

José Gualberto Matos defende pensamento estratégico como motor da transformação empresarial
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Veloso de Almeida

Na tarde de quinta-feira, 12 de Junho, a Universidade Católica de Angola (UCAN), em Luanda, acolheu a apresentação do estudo "O Pensamento Estratégico para Empresas", conduzido pelo engenheiro José Gualberto Matos. Com uma carreira de mais de 40 anos em gestão, Matos partilhou reflexões práticas sobre a importância da estratégia na liderança e no sucesso das organizações.

O encontro foi moderado por Alves da Rocha, economista-chefe e director do Centro de Estudo e Investigação Científica (CEIC) da UCAN, que introduziu o debate com a ideia provocadora: "Sem empresas, as economias não se organizam, não se criam, não existem".

Falando a partir da sua experiência enquanto gestor, e não apenas enquanto teórico, Matos afirmou: “Vim falar como praticante da estratégia”. Para ilustrar a natureza dinâmica da liderança, comparou a estratégia a uma “plasticina nas mãos de quem lidera”, defendendo a necessidade de uma constante adaptação às mudanças dos mercados.

Entre os vários temas abordados, destacou-se a preocupação com os hábitos de pensamento na sociedade actual. Segundo o engenheiro, apenas 1% do tempo das pessoas é realmente dedicado a um pensamento profundo e concentrado. Esta estatística serviu de base para uma distinção que considerou fundamental: “estar concentrado para pensar” não é o mesmo que “pensar de forma concentrada” e é nesta última forma que reside o verdadeiro valor estratégico.

No que diz respeito à educação, Matos foi claro: “O principal objectivo de uma escola deve ser ensinar a pensar”. Criticou o excesso de foco no conhecimento técnico — hoje amplamente disponível e uniformizado — em detrimento do desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade analítica.

A apresentação combinou saber prático com uma abordagem pedagógica, e convidou a audiência a repensar os actuais modelos de ensino face às transformações globais em curso. O engenheiro sublinhou ainda o papel da curiosidade como ponto de partida para a inovação e o pensamento estratégico.

“Pensar de forma concentrada e questionadora é onde nasce a verdadeira estratégia”, afirmou, dirigindo o seu apelo a professores, estudantes e profissionais em formação.

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

Na tarde de quinta-feira, 12 de Junho, a Universidade Católica de Angola (UCAN), em Luanda, acolheu a apresentação do estudo "O Pensamento Estratégico para Empresas", conduzido pelo engenheiro José Gualberto Matos. Com uma carreira de mais de 40 anos em gestão, Matos partilhou reflexões práticas sobre a importância da estratégia na liderança e no sucesso das organizações.

O encontro foi moderado por Alves da Rocha, economista-chefe e director do Centro de Estudo e Investigação Científica (CEIC) da UCAN, que introduziu o debate com a ideia provocadora: "Sem empresas, as economias não se organizam, não se criam, não existem".

Falando a partir da sua experiência enquanto gestor, e não apenas enquanto teórico, Matos afirmou: “Vim falar como praticante da estratégia”. Para ilustrar a natureza dinâmica da liderança, comparou a estratégia a uma “plasticina nas mãos de quem lidera”, defendendo a necessidade de uma constante adaptação às mudanças dos mercados.

Entre os vários temas abordados, destacou-se a preocupação com os hábitos de pensamento na sociedade actual. Segundo o engenheiro, apenas 1% do tempo das pessoas é realmente dedicado a um pensamento profundo e concentrado. Esta estatística serviu de base para uma distinção que considerou fundamental: “estar concentrado para pensar” não é o mesmo que “pensar de forma concentrada” e é nesta última forma que reside o verdadeiro valor estratégico.

No que diz respeito à educação, Matos foi claro: “O principal objectivo de uma escola deve ser ensinar a pensar”. Criticou o excesso de foco no conhecimento técnico — hoje amplamente disponível e uniformizado — em detrimento do desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade analítica.

A apresentação combinou saber prático com uma abordagem pedagógica, e convidou a audiência a repensar os actuais modelos de ensino face às transformações globais em curso. O engenheiro sublinhou ainda o papel da curiosidade como ponto de partida para a inovação e o pensamento estratégico.

“Pensar de forma concentrada e questionadora é onde nasce a verdadeira estratégia”, afirmou, dirigindo o seu apelo a professores, estudantes e profissionais em formação.

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