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FNIA25: Inteligência Artificial deixou de ser opção e passou a ser corrida por vantagem competitiva

FNIA25: Inteligência Artificial deixou de ser opção e passou a ser corrida por vantagem competitiva
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“A Inteligência Artificial já não é uma escolha, é uma corrida por vantagem competitiva.” A afirmação foi feita por Filipe Colaço, Partner de Consulting Services da EY Angola, durante a sua intervenção no I Fórum Nacional de Inteligência Artificial (FNIA), que decorreu esta segunda-feira, 14 de Julho, em Luanda.

Sob o tema “Inteligência Artificial Além do Hype: Estratégias Reais para a Transformação Organizacional”, a apresentação de Colaço centrou-se nos desafios e caminhos para a adopção efectiva da IA, num momento em que 83% dos executivos globais consideram esta tecnologia uma prioridade estratégica. Segundo dados partilhados, os investimentos em IA Generativa deverão atingir os 644 mil milhões de dólares em 2025, o que representa um crescimento de 76% face a 2024.

Actualmente, 75% das organizações já utilizam IA, mas apenas 12% extraem retorno real. Em África, cerca de 40% das instituições já experimentaram ou adoptaram soluções baseadas em IA.

Entre os principais obstáculos à geração de valor real, Filipe Colaço apontou a fraca qualidade e disponibilidade de dados, a escassez de competências, as limitações tecnológicas e as barreiras culturais e de governação. "Estes desafios não são exclusivos de Angola, mas ganham contornos próprios num ecossistema ainda em consolidação digital", sublinhou.

Na sua exposição, apresentou também o EY.ai Framework, um modelo estratégico centrado no ser humano que assenta em três pilares — Pessoas, Tecnologia e Negócios — e procura assegurar uma adopção responsável, ética e sustentável da IA. Entre os objectivos deste framework, destacam-se a capacitação das organizações, o reforço das competências humanas e a criação de uma estrutura de supervisão ética contínua.

Filipe Colaço introduziu ainda a matriz de valor da IA, que classifica os casos de uso em quatro categorias: optimização, inovação, transformação e criação de mercado. A maioria das organizações angolanas encontra-se entre a optimização e a inovação, sendo o objectivo estratégico transitar para a transformação e, em alguns sectores, gerar novos mercados.

“A IA não é uma opção de futuro, mas o diferencial competitivo do presente. As competências que garantiram sucesso no passado já não bastam. Em 2030, o verdadeiro valor estará na capacidade de pensar com dados, colaborar com IA, inovar com criatividade e aprender de forma contínua”, defendeu o responsável da EY.

Segundo uma nota enviada à nossa redacção, o FNIA25 reuniu mais de 300 participantes e 30 oradores nacionais e internacionais, num espaço de diálogo entre o sector público, privado e académico. Organizado pelo Business & Innovation Forum, com o apoio do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), o evento firmou-se como um passo estratégico para posicionar Angola como actor relevante no cenário das tecnologias emergentes.

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

“A Inteligência Artificial já não é uma escolha, é uma corrida por vantagem competitiva.” A afirmação foi feita por Filipe Colaço, Partner de Consulting Services da EY Angola, durante a sua intervenção no I Fórum Nacional de Inteligência Artificial (FNIA), que decorreu esta segunda-feira, 14 de Julho, em Luanda.

Sob o tema “Inteligência Artificial Além do Hype: Estratégias Reais para a Transformação Organizacional”, a apresentação de Colaço centrou-se nos desafios e caminhos para a adopção efectiva da IA, num momento em que 83% dos executivos globais consideram esta tecnologia uma prioridade estratégica. Segundo dados partilhados, os investimentos em IA Generativa deverão atingir os 644 mil milhões de dólares em 2025, o que representa um crescimento de 76% face a 2024.

Actualmente, 75% das organizações já utilizam IA, mas apenas 12% extraem retorno real. Em África, cerca de 40% das instituições já experimentaram ou adoptaram soluções baseadas em IA.

Entre os principais obstáculos à geração de valor real, Filipe Colaço apontou a fraca qualidade e disponibilidade de dados, a escassez de competências, as limitações tecnológicas e as barreiras culturais e de governação. "Estes desafios não são exclusivos de Angola, mas ganham contornos próprios num ecossistema ainda em consolidação digital", sublinhou.

Na sua exposição, apresentou também o EY.ai Framework, um modelo estratégico centrado no ser humano que assenta em três pilares — Pessoas, Tecnologia e Negócios — e procura assegurar uma adopção responsável, ética e sustentável da IA. Entre os objectivos deste framework, destacam-se a capacitação das organizações, o reforço das competências humanas e a criação de uma estrutura de supervisão ética contínua.

Filipe Colaço introduziu ainda a matriz de valor da IA, que classifica os casos de uso em quatro categorias: optimização, inovação, transformação e criação de mercado. A maioria das organizações angolanas encontra-se entre a optimização e a inovação, sendo o objectivo estratégico transitar para a transformação e, em alguns sectores, gerar novos mercados.

“A IA não é uma opção de futuro, mas o diferencial competitivo do presente. As competências que garantiram sucesso no passado já não bastam. Em 2030, o verdadeiro valor estará na capacidade de pensar com dados, colaborar com IA, inovar com criatividade e aprender de forma contínua”, defendeu o responsável da EY.

Segundo uma nota enviada à nossa redacção, o FNIA25 reuniu mais de 300 participantes e 30 oradores nacionais e internacionais, num espaço de diálogo entre o sector público, privado e académico. Organizado pelo Business & Innovation Forum, com o apoio do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), o evento firmou-se como um passo estratégico para posicionar Angola como actor relevante no cenário das tecnologias emergentes.

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