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Reino Unido ameaça restringir vistos a angolanos por falta de cooperação nas deportações

Reino Unido ameaça restringir vistos a angolanos por falta de cooperação nas deportações
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O Governo britânico voltou a pressionar Angola, avisando que poderá limitar a emissão de vistos se Luanda, capital de Angola, não acelerar a readmissão de cidadãos angolanos em situação irregular no Reino Unido. A advertência estende-se também à Namíbia e à República Democrática do Congo, países que, segundo Londres, não têm colaborado o suficiente nos processos de expulsão.

A crítica partiu do Ministério do Interior britânico, que classificou de “inaceitável” a fraca cooperação destas nações. Em declarações à Sky News, o secretário de Estado para o Asilo e Segurança das Fronteiras, Alex Norris, disse que os três países “têm um mês” para apresentar melhorias. Londres sustenta que “milhares de migrantes em situação ilegal” originários destes Estados permanecem atualmente no país.

As eventuais restrições incidirão sobre vistos de turismo e vistos VIP, podendo alargar-se a outros países com “altas taxas de pedidos de asilo” apresentados por pessoas que entraram legalmente no Reino Unido.

A ministra do Interior, Shabana Mahmood, sublinhou que a mensagem é direta: “Aceitem o regresso dos vossos cidadãos ou perdem o privilégio de poder entrar no nosso país.” Mahmood apresenta esta tarde, 17 de Novembro ao Parlamento, o pacote de reformas contra a imigração irregular, que pretende travar as travessias no Canal da Mancha e reduzir o número de migrantes que chegam ao país em embarcações frágeis.

Entre as medidas em preparação estão a diminuição da protecção concedida a refugiados, que poderão ser obrigados a regressar aos seus países assim que estes forem considerados seguros e o fim do acesso automático aos apoios sociais para requerentes de asilo. O Governo quer ainda acelerar expulsões através de legislação que limita os recursos judiciais baseados na Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

Desde o início do ano, 39.292 pessoas chegaram ao Reino Unido por via marítima, ultrapassando as 36.816 registadas em 2024. Os pedidos de asilo aumentaram 18% no último ano, enquanto, no mesmo período, caíram 13% no conjunto da União Europeia.

Os números oficiais revelam que mais de 400 mil pedidos foram apresentados desde 2021, frente aos 150 mil registados entre 2011 e 2015. A crescente pressão migratória tem alimentado o descontentamento da opinião pública e fragilizado o Governo trabalhista, que desce nas sondagens e surge agora atrás do Partido Reformista, força populista radical de direita com discurso firmemente anti-imigração.

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

O Governo britânico voltou a pressionar Angola, avisando que poderá limitar a emissão de vistos se Luanda, capital de Angola, não acelerar a readmissão de cidadãos angolanos em situação irregular no Reino Unido. A advertência estende-se também à Namíbia e à República Democrática do Congo, países que, segundo Londres, não têm colaborado o suficiente nos processos de expulsão.

A crítica partiu do Ministério do Interior britânico, que classificou de “inaceitável” a fraca cooperação destas nações. Em declarações à Sky News, o secretário de Estado para o Asilo e Segurança das Fronteiras, Alex Norris, disse que os três países “têm um mês” para apresentar melhorias. Londres sustenta que “milhares de migrantes em situação ilegal” originários destes Estados permanecem atualmente no país.

As eventuais restrições incidirão sobre vistos de turismo e vistos VIP, podendo alargar-se a outros países com “altas taxas de pedidos de asilo” apresentados por pessoas que entraram legalmente no Reino Unido.

A ministra do Interior, Shabana Mahmood, sublinhou que a mensagem é direta: “Aceitem o regresso dos vossos cidadãos ou perdem o privilégio de poder entrar no nosso país.” Mahmood apresenta esta tarde, 17 de Novembro ao Parlamento, o pacote de reformas contra a imigração irregular, que pretende travar as travessias no Canal da Mancha e reduzir o número de migrantes que chegam ao país em embarcações frágeis.

Entre as medidas em preparação estão a diminuição da protecção concedida a refugiados, que poderão ser obrigados a regressar aos seus países assim que estes forem considerados seguros e o fim do acesso automático aos apoios sociais para requerentes de asilo. O Governo quer ainda acelerar expulsões através de legislação que limita os recursos judiciais baseados na Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

Desde o início do ano, 39.292 pessoas chegaram ao Reino Unido por via marítima, ultrapassando as 36.816 registadas em 2024. Os pedidos de asilo aumentaram 18% no último ano, enquanto, no mesmo período, caíram 13% no conjunto da União Europeia.

Os números oficiais revelam que mais de 400 mil pedidos foram apresentados desde 2021, frente aos 150 mil registados entre 2011 e 2015. A crescente pressão migratória tem alimentado o descontentamento da opinião pública e fragilizado o Governo trabalhista, que desce nas sondagens e surge agora atrás do Partido Reformista, força populista radical de direita com discurso firmemente anti-imigração.

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