Por entre bisturis, diagnósticos e noites sem fim, nasceu a voz de um médico que decidiu transformar cicatrizes em arte. Edgar Seque, médico e escritor de 35 anos, natural de Luanda e actualmente residente na província do Cuanza-Norte, prepara-se para partilhar com o público um dos seus projectos mais íntimos e impactantes: a mini-série “As Feridas de um Médico”, cuja estreia está marcada para o dia 15 de Junho, no Restaurante Cristal, em Ndalatando.
A série, inspirada em excertos do livro homónimo ainda inédito, mergulha em episódios reais vividos no exercício da medicina, expondo com sensibilidade e coragem os momentos que mais ferem o coração. A proposta vai além da narrativa dramática: pretende promover o recurso aos cuidados primários de saúde e questionar práticas tradicionais nocivas que, em muitos casos, agravam a condição dos pacientes.
«Desde cedo nasceu a paixão pela escrita. A medicina apenas aguçou o que estava engavetado no coração», conta Edgar Seque.
«O desejo de ajudar e fazer parte da revolução do estado da saúde do país levou-me a registar as histórias dos pacientes. Algumas com finais felizes, outras, nem tanto.»
Fruto de um impulso profundo, a escrita tornou-se uma forma de cura para o autor e, espera-se, para os espectadores. Incapaz de publicar o livro por falta de recursos, Seque decidiu dar vida às histórias através do audiovisual. Assim nasceu a série que, segundo o autor, será um instrumento de educação, empatia e transformação social.
O caminho até à concretização, porém, não foi fácil. «Foi um processo simples em ideia, mas difícil de executar. Precisava que os actores se envolvessem como se vivessem as histórias. Demorou, mas acredito que este é o tempo certo para lançar a primeira temporada.»
A apresentação do evento estará a cargo do comunicador Admiro Miguel, e o público contará ainda com momentos de música ao vivo, protagonizados por Marquez Sutak e Eduardo Camulandi, que prometem enriquecer a noite com talento e emoção.
Sobre o impacto do projecto, Edgar mostra-se cauteloso, mas optimista. Ainda antes da estreia oficial, sente que o seu trabalho como criador de conteúdos na área da saúde já tem provocado mudanças. «Sinto que já mudei o conceito de metade da população que me segue. Quanto ao livro e à mini-série, ainda não, porque o primeiro episódio será publicado agora.»
As feridas contadas não são apenas metáforas. São marcas reais que ainda ardem na memória do médico. «Já chorei muito a escrever algumas histórias com finais tristes», revela. «Talvez a maior motivação de escrevê-las seja para que ninguém mais passe por experiências semelhantes.»
Entre os episódios, há um que se destaca e o tocou de forma especial: “O dia em que todos morremos!” Um título forte, simbólico e que, segundo o autor, tem o poder de arrancar lágrimas e despertar consciências. «No final, todos aprenderão que um comportamento simples pode salvar uma vida.»
Para o futuro, Edgar Seque tem planos ambiciosos. A primeira temporada será apenas o início. Uma segunda já está prevista e, com esperança, a terceira poderá vir acompanhada do lançamento impresso do primeiro volume de “As Feridas de um Médico”, que já conta com três volumes escritos, à espera de financiamento.
Na intersecção entre a medicina e a literatura, Edgar Seque ergue uma ponte entre o sofrimento e a esperança. E com esta série, não só oferece histórias, mas também uma oportunidade para o país olhar de frente para as suas próprias feridas e, quem sabe, começar a curá-las.
Por entre bisturis, diagnósticos e noites sem fim, nasceu a voz de um médico que decidiu transformar cicatrizes em arte. Edgar Seque, médico e escritor de 35 anos, natural de Luanda e actualmente residente na província do Cuanza-Norte, prepara-se para partilhar com o público um dos seus projectos mais íntimos e impactantes: a mini-série “As Feridas de um Médico”, cuja estreia está marcada para o dia 15 de Junho, no Restaurante Cristal, em Ndalatando.
A série, inspirada em excertos do livro homónimo ainda inédito, mergulha em episódios reais vividos no exercício da medicina, expondo com sensibilidade e coragem os momentos que mais ferem o coração. A proposta vai além da narrativa dramática: pretende promover o recurso aos cuidados primários de saúde e questionar práticas tradicionais nocivas que, em muitos casos, agravam a condição dos pacientes.
«Desde cedo nasceu a paixão pela escrita. A medicina apenas aguçou o que estava engavetado no coração», conta Edgar Seque.
«O desejo de ajudar e fazer parte da revolução do estado da saúde do país levou-me a registar as histórias dos pacientes. Algumas com finais felizes, outras, nem tanto.»
Fruto de um impulso profundo, a escrita tornou-se uma forma de cura para o autor e, espera-se, para os espectadores. Incapaz de publicar o livro por falta de recursos, Seque decidiu dar vida às histórias através do audiovisual. Assim nasceu a série que, segundo o autor, será um instrumento de educação, empatia e transformação social.
O caminho até à concretização, porém, não foi fácil. «Foi um processo simples em ideia, mas difícil de executar. Precisava que os actores se envolvessem como se vivessem as histórias. Demorou, mas acredito que este é o tempo certo para lançar a primeira temporada.»
A apresentação do evento estará a cargo do comunicador Admiro Miguel, e o público contará ainda com momentos de música ao vivo, protagonizados por Marquez Sutak e Eduardo Camulandi, que prometem enriquecer a noite com talento e emoção.
Sobre o impacto do projecto, Edgar mostra-se cauteloso, mas optimista. Ainda antes da estreia oficial, sente que o seu trabalho como criador de conteúdos na área da saúde já tem provocado mudanças. «Sinto que já mudei o conceito de metade da população que me segue. Quanto ao livro e à mini-série, ainda não, porque o primeiro episódio será publicado agora.»
As feridas contadas não são apenas metáforas. São marcas reais que ainda ardem na memória do médico. «Já chorei muito a escrever algumas histórias com finais tristes», revela. «Talvez a maior motivação de escrevê-las seja para que ninguém mais passe por experiências semelhantes.»
Entre os episódios, há um que se destaca e o tocou de forma especial: “O dia em que todos morremos!” Um título forte, simbólico e que, segundo o autor, tem o poder de arrancar lágrimas e despertar consciências. «No final, todos aprenderão que um comportamento simples pode salvar uma vida.»
Para o futuro, Edgar Seque tem planos ambiciosos. A primeira temporada será apenas o início. Uma segunda já está prevista e, com esperança, a terceira poderá vir acompanhada do lançamento impresso do primeiro volume de “As Feridas de um Médico”, que já conta com três volumes escritos, à espera de financiamento.
Na intersecção entre a medicina e a literatura, Edgar Seque ergue uma ponte entre o sofrimento e a esperança. E com esta série, não só oferece histórias, mas também uma oportunidade para o país olhar de frente para as suas próprias feridas e, quem sabe, começar a curá-las.