O rapper angolano Balta P considera que o Hip-Hop é sustentado pela força da verdade, e por essa razão, as entidades governamentais boicotam e tentam impedir a realização de shows deste movimento.

“Quando se defende a verdade com unhas e dentes há algumas consequências. O Hip-Hop é sustentado pela força da verdade e a verdade incomoda”, assegurou, reagindo a tentativa de boicote da realização do concerto de MCK, no dia 5 deste mês, no Cine Tivoli, pela Administração das Ingombotas.

Apesar disso, repara que o movimento continua vivo mesmo nas suas piores etapas.

“Hip-Hop é como qualquer um movimento, vai sofrendo determinadas etapas e fases, uma bem mais energéticas do que as outras. O movimento está sempre vivo e saudável até nas suas piores etapas. O Hip-Hop é espírito, alma, história, modo de vida, bem como um estilo que ressuscita vidas perdidas através do universo de forças transmitido por intermédio de música, dança e pintura”, observou, a Rádio Sem Anestesia, durante o evento de aniversário do Hip-Hop, comemorado a 11 de Agosto, organizado pela Universidade Hip-Hop e o Ritmo As Palavras, no Chá de Caxinde, em Luanda.

Ainda durante a entrevista, o também activista cívico, revelou a finalização da sua obra musical com previsão de lançar ainda este ano, intitulada “Transcendências”, com 16 faixas musicais, uma média de 6 vídeos gravados e participações de  Dj Ritchelly, Lucássio, Kool Klever, MCK e Meuvi.

Segundo o artista que considera estar no melhor momento da sua carreira, o álbum traz propostas de maturidade artística, músicas com elevações, assim como uma dimensão superconstrutiva.

“É um álbum super construtivo, com maturidade artística, músicas com elevações, quem poderá ouvir não irá se arrepender”, concluiu.