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Rússia apresenta propostas à Ucrânia para cessar-fogo

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A Federação Russa apresentou esta segunda-feira, 2 de Junho, um memorando à Ucrânia com várias propostas para um possível cessar-fogo. O documento foi entregue durante a segunda ronda de negociações directas entre delegações dos dois países, realizada em Istambul, Turquia.

O memorando propõe duas opções distintas para a implementação de um cessar-fogo. A primeira sugere a retirada completa das forças ucranianas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, actualmente sob controlo das forças russas. A segunda opção inclui um conjunto de condições que, segundo a parte russa, deveriam ser aceites por Kiev para viabilizar o acordo.

Entre as condições apresentadas constam:

* a proibição da redistribuição das Forças Armadas da Ucrânia, o fim da mobilização e o início da desmobilização;

* a exclusão da presença militar de países terceiros;

* o fim da assistência militar estrangeira a Kiev;

* a amnistia mútua de presos políticos e a libertação de civis detidos;

* o levantamento da lei marcial na Ucrânia;

* a realização de eleições em até 100 dias após o fim da lei marcial.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, declarou que o objectivo das propostas é alcançar um cessar-fogo total. Segundo o responsável, a Ucrânia comprometeu-se a analisar o conteúdo do documento. Por sua vez, o ministro ucraniano da Defesa, Rustem Umerov, que liderou a delegação do seu país, referiu que o memorando não foi previamente partilhado com Kiev.

Durante a mesma reunião, as partes acordaram proceder a uma nova troca de prisioneiros de guerra em estado grave ou com doenças, incluindo militares com idades entre os 18 e os 25 anos. Foi também alcançado um entendimento para a troca dos restos mortais de aproximadamente 6.000 soldados de cada lado, caídos em zonas controladas pelas forças adversárias.

A delegação ucraniana entregou ainda à parte russa uma lista com os nomes de várias centenas de crianças que, segundo Kiev, terão sido retiradas dos territórios ocupados pela Rússia. De acordo com a agência Reuters, Moscovo comprometeu-se a devolver dez destas crianças.

No final do encontro, que teve a duração de pouco mais de uma hora, o ministro Rustem Umerov propôs uma nova ronda de negociações a realizar-se entre os dias 20 e 30 de Junho. Umerov sugeriu igualmente que se explore a possibilidade de uma reunião ao mais alto nível entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manifestou a intenção de trabalhar no sentido de viabilizar um encontro entre os líderes da Rússia e da Ucrânia, a ter lugar em Ancara ou Istambul. Erdogan convidou ainda o ex-presidente norte-americano Donald Trump, cuja assessoria comunicou disponibilidade para participar numa eventual cimeira.

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Gilberto Tadeu

Redactor

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A Federação Russa apresentou esta segunda-feira, 2 de Junho, um memorando à Ucrânia com várias propostas para um possível cessar-fogo. O documento foi entregue durante a segunda ronda de negociações directas entre delegações dos dois países, realizada em Istambul, Turquia.

O memorando propõe duas opções distintas para a implementação de um cessar-fogo. A primeira sugere a retirada completa das forças ucranianas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, actualmente sob controlo das forças russas. A segunda opção inclui um conjunto de condições que, segundo a parte russa, deveriam ser aceites por Kiev para viabilizar o acordo.

Entre as condições apresentadas constam:

* a proibição da redistribuição das Forças Armadas da Ucrânia, o fim da mobilização e o início da desmobilização;

* a exclusão da presença militar de países terceiros;

* o fim da assistência militar estrangeira a Kiev;

* a amnistia mútua de presos políticos e a libertação de civis detidos;

* o levantamento da lei marcial na Ucrânia;

* a realização de eleições em até 100 dias após o fim da lei marcial.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, declarou que o objectivo das propostas é alcançar um cessar-fogo total. Segundo o responsável, a Ucrânia comprometeu-se a analisar o conteúdo do documento. Por sua vez, o ministro ucraniano da Defesa, Rustem Umerov, que liderou a delegação do seu país, referiu que o memorando não foi previamente partilhado com Kiev.

Durante a mesma reunião, as partes acordaram proceder a uma nova troca de prisioneiros de guerra em estado grave ou com doenças, incluindo militares com idades entre os 18 e os 25 anos. Foi também alcançado um entendimento para a troca dos restos mortais de aproximadamente 6.000 soldados de cada lado, caídos em zonas controladas pelas forças adversárias.

A delegação ucraniana entregou ainda à parte russa uma lista com os nomes de várias centenas de crianças que, segundo Kiev, terão sido retiradas dos territórios ocupados pela Rússia. De acordo com a agência Reuters, Moscovo comprometeu-se a devolver dez destas crianças.

No final do encontro, que teve a duração de pouco mais de uma hora, o ministro Rustem Umerov propôs uma nova ronda de negociações a realizar-se entre os dias 20 e 30 de Junho. Umerov sugeriu igualmente que se explore a possibilidade de uma reunião ao mais alto nível entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manifestou a intenção de trabalhar no sentido de viabilizar um encontro entre os líderes da Rússia e da Ucrânia, a ter lugar em Ancara ou Istambul. Erdogan convidou ainda o ex-presidente norte-americano Donald Trump, cuja assessoria comunicou disponibilidade para participar numa eventual cimeira.

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