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“Com capacidades técnicas, valências e capacidades financeiras, surgem novas oportunidades para as seguradoras nacionais”, entende empresário Luís Vera Pedro

“Com capacidades técnicas, valências e capacidades financeiras, surgem novas oportunidades para as seguradoras nacionais”, entende empresário Luís Vera Pedro
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Andrade Lino

O Director-Geral da Bonws Seguros defende que a liderança seja repartida entre algumas seguradoras, e que se estas apresentarem capacidades técnicas, valências técnicas, capacidades financeiras ou valências financeiras, com isso surgem novas oportunidades para as próprias seguradoras nacionais, porque estas, ao fazerem parte de uma ponte que as liga, em que se começa a trabalhar em modelos que possam criar mais confiança e apresente mais capacidade técnica, tudo se fará para que o investidor do sector petrolífero não tenha nenhum receio quanto à colocação do risco em Angola “e não venha a pensar como pensa habitualmente que só coloca em Angola aquilo que é realmente obrigado a colocar”.

Luís Vera Pedro teceu estas considerações aquando do 2º Fórum Petrolífero sobre a Actividade Seguradora, reforçando que se os profissionais de seguro começarem a pensar em soluções, em vez de como uma obrigatoriedade, mas apresentando uma capacidade diferente, talvez os primeiros mercados do sector petrolífero passem a olhar para o sector segurador com mais confiança e pouco a pouco venha a se aumentar a capacidade de retenção.

“Criar uma ponte entre as seguradoras, um grupo de interessados neste sector, que de alguma forma consigam não só fazer a retenção, mas também passar ao outro lado uma mensagem de confiança e que podem deixar o risco em Angola, porque esse risco vai ser bem gerido, pouco a pouco, se calhar, numa primeira fase, não tínhamos capacidade de fazer uma retenção muito elevada, mas permitiríamos a nós mesmos atingir um bom nível de retenção interna superior ao que enviamos actualmente para fora em termos de seguro. Com isto, criamos riquezas, como são muitos prémios que vão para fora, e até poderíamos vir a não ter nos próximos tempos problemas cambiais”, argumentou o CEO daquela seguradora, que no entanto disse que pode a situação cambial começar a melhorar, “mas imaginando mesmo um cenário de normalidade, é de todo benéfico para nós que enviemos o menos possível de divisas para fora, porque se mantivermos cada vez mais uma quota de seguro do sector em Angola, com isso conseguimos também criar riqueza em nacional”.

“E como temos sempre que falar estar na diversificação e alavancagem da economia, acho que o sector segurador hoje representa qualquer coisa como 1%, e poder representar mais é uma das nossas ambições”, partilhou.

Luís Vera Pedro disse ainda que as seguradoras nacionais estão presentes, não só no que é o consumo petrolífero, mas presentes por inerência, por decreto presencial, questionado sobre o impacto da actividade seguradora no sector petrolífero.

“Existe o seguro das próprias pessoas que exercem actividade petrolífera, existem os seguros de todos os patrimónios de actividade petrolífera que não estão a abrir mais em duplo seguro, há a questão também de como o risco ambiental é um seguro sobre o qual cada vez mais temos que nos capacitar e nos realizar tecnicamente para que estejamos aptos a responder a toda uma preocupação que se nos aparecer. Tudo isso faz parte da actividade seguradora petrolífera, que visa ainda a diminuição de risco dos trabalhadores das empresas petrolíferas”, explicou o responsável, que acrescentou que “se com isso a produção de riqueza perde-se por um lado, por outro lado também não se cria riqueza, ou encontramos formas de diversificar a própria actividade seguradora, porque se não conseguirmos de alguma coisa fazer acontecer, a construção das obras públicas vai diminuir, como parece ser já a tendência”.

Como soluções de seguro para tal actividade, apontou o seguro de vida, que na sua óptica é pouco explorado. “Se começarmos a pensar num papel mais activo do seguro de vida, na poupança das famílias, poderemos começar a pensar em seguros mistos, de vida e poupança. Esse forro, ao ser colocado dentro da actividade seguradora, é também fonte de financiamento de outras actividades. Para começar, supostamente seria obrigatório que as seguradoras fizessem investimento em determinadas áreas, móveis e imóveis, porque se nós pegarmos no dinheiro do nosso cliente, porque o dinheiro é sempre do cliente e não da seguradora, e investirmos na economia nacional, é evidente que isso é tudo um círculo económico que fará com que a riqueza surja”, explicou, em entrevista ao ONgoma News.

Entretanto, o profissional realçou que o investimento que se faz na companhia, é a companhia que por sua vez investe na outra companhia e isto é um círculo económico que acaba por ser rentável para todos.

Quanto ao evento, decorrido na primeira semana deste mês, fez saber que o segundo ano do fórum teve mais uma vez o objectivo de formar e informar. “Nós sempre tentamos fazer eventos institucionais que possam de alguma forma criar uma informação da própria sociedade e da actividade seguradora ainda bastante jovem, ainda existe aqui uma capacidade de aprendizagem que possamos ter, a presunção de poder apertar alguma coisa de novos conhecimentos no mercado”, clareou.

Disse que o primeiro ano foi muito bom para a organização, e esclareceu que iniciativa surge exactamente na necessidade criar uma cultura de seguros, alertando a própria sociedade de que existe mais do que um seguro automóvel, um seguro de trabalho, pois “há outros neste país que são muito importantes para a própria economia nacional”.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O Director-Geral da Bonws Seguros defende que a liderança seja repartida entre algumas seguradoras, e que se estas apresentarem capacidades técnicas, valências técnicas, capacidades financeiras ou valências financeiras, com isso surgem novas oportunidades para as próprias seguradoras nacionais, porque estas, ao fazerem parte de uma ponte que as liga, em que se começa a trabalhar em modelos que possam criar mais confiança e apresente mais capacidade técnica, tudo se fará para que o investidor do sector petrolífero não tenha nenhum receio quanto à colocação do risco em Angola “e não venha a pensar como pensa habitualmente que só coloca em Angola aquilo que é realmente obrigado a colocar”.

Luís Vera Pedro teceu estas considerações aquando do 2º Fórum Petrolífero sobre a Actividade Seguradora, reforçando que se os profissionais de seguro começarem a pensar em soluções, em vez de como uma obrigatoriedade, mas apresentando uma capacidade diferente, talvez os primeiros mercados do sector petrolífero passem a olhar para o sector segurador com mais confiança e pouco a pouco venha a se aumentar a capacidade de retenção.

“Criar uma ponte entre as seguradoras, um grupo de interessados neste sector, que de alguma forma consigam não só fazer a retenção, mas também passar ao outro lado uma mensagem de confiança e que podem deixar o risco em Angola, porque esse risco vai ser bem gerido, pouco a pouco, se calhar, numa primeira fase, não tínhamos capacidade de fazer uma retenção muito elevada, mas permitiríamos a nós mesmos atingir um bom nível de retenção interna superior ao que enviamos actualmente para fora em termos de seguro. Com isto, criamos riquezas, como são muitos prémios que vão para fora, e até poderíamos vir a não ter nos próximos tempos problemas cambiais”, argumentou o CEO daquela seguradora, que no entanto disse que pode a situação cambial começar a melhorar, “mas imaginando mesmo um cenário de normalidade, é de todo benéfico para nós que enviemos o menos possível de divisas para fora, porque se mantivermos cada vez mais uma quota de seguro do sector em Angola, com isso conseguimos também criar riqueza em nacional”.

“E como temos sempre que falar estar na diversificação e alavancagem da economia, acho que o sector segurador hoje representa qualquer coisa como 1%, e poder representar mais é uma das nossas ambições”, partilhou.

Luís Vera Pedro disse ainda que as seguradoras nacionais estão presentes, não só no que é o consumo petrolífero, mas presentes por inerência, por decreto presencial, questionado sobre o impacto da actividade seguradora no sector petrolífero.

“Existe o seguro das próprias pessoas que exercem actividade petrolífera, existem os seguros de todos os patrimónios de actividade petrolífera que não estão a abrir mais em duplo seguro, há a questão também de como o risco ambiental é um seguro sobre o qual cada vez mais temos que nos capacitar e nos realizar tecnicamente para que estejamos aptos a responder a toda uma preocupação que se nos aparecer. Tudo isso faz parte da actividade seguradora petrolífera, que visa ainda a diminuição de risco dos trabalhadores das empresas petrolíferas”, explicou o responsável, que acrescentou que “se com isso a produção de riqueza perde-se por um lado, por outro lado também não se cria riqueza, ou encontramos formas de diversificar a própria actividade seguradora, porque se não conseguirmos de alguma coisa fazer acontecer, a construção das obras públicas vai diminuir, como parece ser já a tendência”.

Como soluções de seguro para tal actividade, apontou o seguro de vida, que na sua óptica é pouco explorado. “Se começarmos a pensar num papel mais activo do seguro de vida, na poupança das famílias, poderemos começar a pensar em seguros mistos, de vida e poupança. Esse forro, ao ser colocado dentro da actividade seguradora, é também fonte de financiamento de outras actividades. Para começar, supostamente seria obrigatório que as seguradoras fizessem investimento em determinadas áreas, móveis e imóveis, porque se nós pegarmos no dinheiro do nosso cliente, porque o dinheiro é sempre do cliente e não da seguradora, e investirmos na economia nacional, é evidente que isso é tudo um círculo económico que fará com que a riqueza surja”, explicou, em entrevista ao ONgoma News.

Entretanto, o profissional realçou que o investimento que se faz na companhia, é a companhia que por sua vez investe na outra companhia e isto é um círculo económico que acaba por ser rentável para todos.

Quanto ao evento, decorrido na primeira semana deste mês, fez saber que o segundo ano do fórum teve mais uma vez o objectivo de formar e informar. “Nós sempre tentamos fazer eventos institucionais que possam de alguma forma criar uma informação da própria sociedade e da actividade seguradora ainda bastante jovem, ainda existe aqui uma capacidade de aprendizagem que possamos ter, a presunção de poder apertar alguma coisa de novos conhecimentos no mercado”, clareou.

Disse que o primeiro ano foi muito bom para a organização, e esclareceu que iniciativa surge exactamente na necessidade criar uma cultura de seguros, alertando a própria sociedade de que existe mais do que um seguro automóvel, um seguro de trabalho, pois “há outros neste país que são muito importantes para a própria economia nacional”.

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