
A Guiné-Bissau voltou a despertar sob o eco dos golpes de Estado. Na madrugada desta quarta-feira, 26, os militares anunciaram ter tomado o “controlo total do país”, detido o presidente em fim de mandato, Umaro Sissoco Embaló, e interrompido o processo eleitoral que decorria após o pleito de domingo.
O país, marcado por décadas de instabilidade desde a independência de Portugal em 1974, volta a entrar no ciclo que já soma quatro golpes consumados e várias tentativas frustradas.
Ao meio-dia, rajadas de tiros soaram nas proximidades do palácio presidencial, em Bissau. Militares posicionaram-se na avenida que conduz à residência oficial, enquanto blindados e patrulhas assumiam o controlo das principais vias da capital.
Poucas horas depois, no Estado-Maior, o general Denis N’Canha, chefe da Casa Militar da Presidência, surgia perante jornalistas para declarar a criação de um “Alto Comando para a restauração da ordem, composto por todos os ramos do Exército”, que assume o país “até novo aviso”.
Segundo fontes internacionais como a africanews, declaram que Embaló foi detido sem violência no próprio quartel-general, juntamente com o chefe do Estado-Maior e o ministro do Interior. As fronteiras terrestres, aéreas e marítimas foram encerradas, e um toque de recolher imposto.
A capital terminou o dia em silêncio: ruas vazias, trânsito suspenso, e o Exército a controlar todos os acessos.
Já esta quinta-feira, os militares anunciaram a nomeação do general Horta N'Tam como presidente interino e líder da junta golpista durante um período de um ano. O oficial, até então chefe do Estado-Maior do Exército de Terra, prestou juramento no quartel-general.
“Acabo de ser investido para liderar o Alto Comando. A Guiné-Bissau atravessa um momento muito difícil da sua história. As medidas que se impõem são urgentes e exigem a participação de todos”, declarou o novo dirigente da transição.
O golpe ocorreu na véspera da divulgação dos resultados provisórios das eleições presidenciais e legislativas de domingo. Tanto Embaló como o opositor Fernando Dias de Costa reclamavam vitória, alimentando um clima de tensão num país onde a fragilidade das instituições é terreno fértil para rupturas.
A tomada de poder junta-se à onda de golpes na África Ocidental desde 2020, que ocorreram no Mali, Burkina Faso, Níger e Guiné, numa região em que as fardas voltam a sobrepor-se ao voto.
A Guiné-Bissau voltou a despertar sob o eco dos golpes de Estado. Na madrugada desta quarta-feira, 26, os militares anunciaram ter tomado o “controlo total do país”, detido o presidente em fim de mandato, Umaro Sissoco Embaló, e interrompido o processo eleitoral que decorria após o pleito de domingo.
O país, marcado por décadas de instabilidade desde a independência de Portugal em 1974, volta a entrar no ciclo que já soma quatro golpes consumados e várias tentativas frustradas.
Ao meio-dia, rajadas de tiros soaram nas proximidades do palácio presidencial, em Bissau. Militares posicionaram-se na avenida que conduz à residência oficial, enquanto blindados e patrulhas assumiam o controlo das principais vias da capital.
Poucas horas depois, no Estado-Maior, o general Denis N’Canha, chefe da Casa Militar da Presidência, surgia perante jornalistas para declarar a criação de um “Alto Comando para a restauração da ordem, composto por todos os ramos do Exército”, que assume o país “até novo aviso”.
Segundo fontes internacionais como a africanews, declaram que Embaló foi detido sem violência no próprio quartel-general, juntamente com o chefe do Estado-Maior e o ministro do Interior. As fronteiras terrestres, aéreas e marítimas foram encerradas, e um toque de recolher imposto.
A capital terminou o dia em silêncio: ruas vazias, trânsito suspenso, e o Exército a controlar todos os acessos.
Já esta quinta-feira, os militares anunciaram a nomeação do general Horta N'Tam como presidente interino e líder da junta golpista durante um período de um ano. O oficial, até então chefe do Estado-Maior do Exército de Terra, prestou juramento no quartel-general.
“Acabo de ser investido para liderar o Alto Comando. A Guiné-Bissau atravessa um momento muito difícil da sua história. As medidas que se impõem são urgentes e exigem a participação de todos”, declarou o novo dirigente da transição.
O golpe ocorreu na véspera da divulgação dos resultados provisórios das eleições presidenciais e legislativas de domingo. Tanto Embaló como o opositor Fernando Dias de Costa reclamavam vitória, alimentando um clima de tensão num país onde a fragilidade das instituições é terreno fértil para rupturas.
A tomada de poder junta-se à onda de golpes na África Ocidental desde 2020, que ocorreram no Mali, Burkina Faso, Níger e Guiné, numa região em que as fardas voltam a sobrepor-se ao voto.