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Jovens do Prenda: A lenda viva do Semba que atravessa gerações

Jovens do Prenda: A lenda viva do Semba que atravessa gerações
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Falar dos Jovens do Prenda é evocar uma parte essencial da alma musical angolana. Formado no início dos anos 70, no bairro do Prenda, em Luanda, o grupo consolidou-se como um dos maiores símbolos da cultura popular de Angola, carregando consigo o semba tradicional, as vivências urbanas e os sentimentos do povo.

Nascidos num tempo de mudança e afirmação nacional, os Jovens do Prenda surgiram num ambiente efervescente, onde a música era um acto de resistência, de celebração e de identidade. No meio da efervescência cultural da capital angolana, transformaram-se rapidamente numa das maiores referências do Semba, levando para os palcos nacionais e internacionais a essência dos musseques e das ruas de Luanda.

Uma história de amor à música

Ao longo de mais de 50 anos de carreira, o grupo atravessou gerações, sempre fiel às suas raízes. Canções como “Muxima”, “Nguxi”, “Semba da Ilha”, “É Duro” e tantas outras, tornaram-se verdadeiros hinos, eternizando a vida quotidiana angolana: os amores, as dificuldades, a esperança e a perseverança de um povo.

O semba dos Jovens do Prenda é feito de ritmos quentes, guitarras doces e letras carregadas de emoção e verdade. A sua música transcendeu as barreiras do tempo e da moda, permanecendo relevante para os mais velhos e conquistando os mais jovens, que encontram nas suas melodias um pedaço da sua própria história.

Intervenção social através da arte

Mais do que entretenimento, a música dos Jovens do Prenda sempre teve um forte impacto social. As suas letras abordam questões sociais, a condição humana, a dignidade e o orgulho de ser angolano, tudo isto com a delicadeza e a inteligência artística que os caracteriza.

O grupo tornou-se um espelho da sociedade, denunciando injustiças e exaltando as virtudes do povo com a naturalidade de quem viveu de perto cada transformação de Angola.

“Almoço dos Jovitos”, um encontro de gerações

No passado sábado, 26 de Abril de 2025, a magia dos Jovens do Prenda voltou a iluminar corações, desta vez no Palmeiras Club, localizado junto à Cidade Alta.

O evento, carinhosamente denominado “Almoço dos Jovitos”, foi um verdadeiro encontro de gerações, onde fãs antigos e novos se reuniram para celebrar a história viva do semba. Pois, num ambiente intimista e vibrante, o grupo brindou o público com uma viagem musical pelas suas maiores obras, resgatando memórias e criando novas emoções.

O momento foi ainda marcado pela venda de CDs, uma aposta na preservação da música em formato físico, numa altura em que os formatos digitais dominam. Cada disco autografado, cada abraço trocado, cada canção entoada em coro foi uma celebração de amor e resistência cultural.

Os Jovens do Prenda mostraram, mais uma vez, que não são apenas um grupo musical: são um património vivo de Angola, guardiões de uma identidade que insiste em florescer, mesmo diante das novas dinâmicas culturais.

Um legado que resiste e inspira

O concerto “Os Jovitos” reafirmou o que o tempo nunca conseguiu apagar a força do semba, a força da tradição, a força de um povo que dança mesmo depois da tempestade.

Os Jovens do Prenda continuam a ensinar-nos, com humildade e arte, que a música verdadeira não envelhece, pelo contrário, transforma-se, renova-se e permanece como testemunho da alma de uma nação.

"Jovens do Prenda, onde a música é história, é memória, é futuro".

6galeria

Gilberto Tadeu

Redactor

Redactor

Falar dos Jovens do Prenda é evocar uma parte essencial da alma musical angolana. Formado no início dos anos 70, no bairro do Prenda, em Luanda, o grupo consolidou-se como um dos maiores símbolos da cultura popular de Angola, carregando consigo o semba tradicional, as vivências urbanas e os sentimentos do povo.

Nascidos num tempo de mudança e afirmação nacional, os Jovens do Prenda surgiram num ambiente efervescente, onde a música era um acto de resistência, de celebração e de identidade. No meio da efervescência cultural da capital angolana, transformaram-se rapidamente numa das maiores referências do Semba, levando para os palcos nacionais e internacionais a essência dos musseques e das ruas de Luanda.

Uma história de amor à música

Ao longo de mais de 50 anos de carreira, o grupo atravessou gerações, sempre fiel às suas raízes. Canções como “Muxima”, “Nguxi”, “Semba da Ilha”, “É Duro” e tantas outras, tornaram-se verdadeiros hinos, eternizando a vida quotidiana angolana: os amores, as dificuldades, a esperança e a perseverança de um povo.

O semba dos Jovens do Prenda é feito de ritmos quentes, guitarras doces e letras carregadas de emoção e verdade. A sua música transcendeu as barreiras do tempo e da moda, permanecendo relevante para os mais velhos e conquistando os mais jovens, que encontram nas suas melodias um pedaço da sua própria história.

Intervenção social através da arte

Mais do que entretenimento, a música dos Jovens do Prenda sempre teve um forte impacto social. As suas letras abordam questões sociais, a condição humana, a dignidade e o orgulho de ser angolano, tudo isto com a delicadeza e a inteligência artística que os caracteriza.

O grupo tornou-se um espelho da sociedade, denunciando injustiças e exaltando as virtudes do povo com a naturalidade de quem viveu de perto cada transformação de Angola.

“Almoço dos Jovitos”, um encontro de gerações

No passado sábado, 26 de Abril de 2025, a magia dos Jovens do Prenda voltou a iluminar corações, desta vez no Palmeiras Club, localizado junto à Cidade Alta.

O evento, carinhosamente denominado “Almoço dos Jovitos”, foi um verdadeiro encontro de gerações, onde fãs antigos e novos se reuniram para celebrar a história viva do semba. Pois, num ambiente intimista e vibrante, o grupo brindou o público com uma viagem musical pelas suas maiores obras, resgatando memórias e criando novas emoções.

O momento foi ainda marcado pela venda de CDs, uma aposta na preservação da música em formato físico, numa altura em que os formatos digitais dominam. Cada disco autografado, cada abraço trocado, cada canção entoada em coro foi uma celebração de amor e resistência cultural.

Os Jovens do Prenda mostraram, mais uma vez, que não são apenas um grupo musical: são um património vivo de Angola, guardiões de uma identidade que insiste em florescer, mesmo diante das novas dinâmicas culturais.

Um legado que resiste e inspira

O concerto “Os Jovitos” reafirmou o que o tempo nunca conseguiu apagar a força do semba, a força da tradição, a força de um povo que dança mesmo depois da tempestade.

Os Jovens do Prenda continuam a ensinar-nos, com humildade e arte, que a música verdadeira não envelhece, pelo contrário, transforma-se, renova-se e permanece como testemunho da alma de uma nação.

"Jovens do Prenda, onde a música é história, é memória, é futuro".

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