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Líder do PCP defende relação salutar entre Angola e Portugal

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O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa, defendeu ontem que Angola e Portugal devem manter uma relação benéfica para as duas partes, que pode, a diversos níveis, ser reforçada, procurando, naturalmente o "respeito pela soberania do povo angolano".

O líder comunista foi questionado sobre as relações entre os dois países, e acrescentou que é neste quadro, sem se pronunciar em relação a sistemas de justiça que possam estar em curso, o fundamental. “E creio que todos comungamos desta ideia, que Angola e Portugal mantenham uma relação benéfica para as duas partes”, reforçou, e interrogado sobre a conduta do Governo português respondeu não ser capaz de discernir.

“Nós temos esta ideia de princípio e de fundo, naturalmente, não dominamos os posicionamentos do Governo do PS”, afirmou Jerónimo de Sousa, que respondia a perguntas dos jornalistas numa conferência de imprensa de apresentação das conclusões da reunião do Comité Central do PCP, o órgão máximo do partido entre congressos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse no sábado que as relações diplomáticas entre Portugal e Angola "são, neste momento, excelentes" e escusou-se a comentar a intenção de Luanda de fechar consulados em Lisboa e Faro.

"As relações diplomáticas entre os dois países são, neste momento, excelentes. Aliás, acabo mesmo agora de receber a confirmação da hora e do local do próximo encontro bilateral de alto nível entre Portugal e Angola em Davos, na Suíça, entre o Presidente da República de Angola e o primeiro-ministro da República portuguesa", afirmou Augusto Santos Silva, citado pela Lusa.

Entretanto, hoje, segunda-feira, tem início do julgamento da Operação Fizz, em que o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa em coautoria com o advogado Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais, em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento, com os mesmos arguidos.

O Presidente angolano, João Lourenço, em sua posição, adverte que "as relações entre os dois países vão depender muito da resolução do caso", devido a que a Procuradoria-Geral da República portuguesa recusou transferir o processo para Angola, ao abrigo de convenções judiciárias com a CPLP, o que levou João Lourenço a classificar a atitude da justiça portuguesa como "uma ofensa".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, acompanhado pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, está em Paris numa missão de diplomacia económica que descreveu como "muito importante porque a internacionalização da economia portuguesa é um dos motores do crescimento da economia e do emprego", de acordo com a fonte.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa, defendeu ontem que Angola e Portugal devem manter uma relação benéfica para as duas partes, que pode, a diversos níveis, ser reforçada, procurando, naturalmente o "respeito pela soberania do povo angolano".

O líder comunista foi questionado sobre as relações entre os dois países, e acrescentou que é neste quadro, sem se pronunciar em relação a sistemas de justiça que possam estar em curso, o fundamental. “E creio que todos comungamos desta ideia, que Angola e Portugal mantenham uma relação benéfica para as duas partes”, reforçou, e interrogado sobre a conduta do Governo português respondeu não ser capaz de discernir.

“Nós temos esta ideia de princípio e de fundo, naturalmente, não dominamos os posicionamentos do Governo do PS”, afirmou Jerónimo de Sousa, que respondia a perguntas dos jornalistas numa conferência de imprensa de apresentação das conclusões da reunião do Comité Central do PCP, o órgão máximo do partido entre congressos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse no sábado que as relações diplomáticas entre Portugal e Angola "são, neste momento, excelentes" e escusou-se a comentar a intenção de Luanda de fechar consulados em Lisboa e Faro.

"As relações diplomáticas entre os dois países são, neste momento, excelentes. Aliás, acabo mesmo agora de receber a confirmação da hora e do local do próximo encontro bilateral de alto nível entre Portugal e Angola em Davos, na Suíça, entre o Presidente da República de Angola e o primeiro-ministro da República portuguesa", afirmou Augusto Santos Silva, citado pela Lusa.

Entretanto, hoje, segunda-feira, tem início do julgamento da Operação Fizz, em que o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa em coautoria com o advogado Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais, em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento, com os mesmos arguidos.

O Presidente angolano, João Lourenço, em sua posição, adverte que "as relações entre os dois países vão depender muito da resolução do caso", devido a que a Procuradoria-Geral da República portuguesa recusou transferir o processo para Angola, ao abrigo de convenções judiciárias com a CPLP, o que levou João Lourenço a classificar a atitude da justiça portuguesa como "uma ofensa".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, acompanhado pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, está em Paris numa missão de diplomacia económica que descreveu como "muito importante porque a internacionalização da economia portuguesa é um dos motores do crescimento da economia e do emprego", de acordo com a fonte.

 

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