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Sons do Atlântico

Mais de oito horas de celebração da música e da língua portuguesa

Mais de oito horas de celebração da música e da língua portuguesa
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A 5ª edição do festival musical Sons do Atlântico juntou na Baía de Luanda, no último sábado, durante mais de oito horas, doze artistas de Angola, Cabo-verde e Brasil que em dois palcos (Atlântico e Tigra), fizeram a festa da música celebrando os laços lusófonos entre os povos dos três países.

Abriu a edição 2017 do festival o cantor angolano Puto Prata, o “Doutorado”, que começou por interpretar músicas do estilo Kuduro, passou pelo Kizomba, onde contou com a participação da cantora Celma Ribas, pelo Semba, e despediu-se com dança e vibração.

Puto Prata
Celma Ribas subiu ao palco para acompanhar Puto Prata

Em seguida, subiu ao palco Atlântico Tito Paris. Acompanhado com seu violão, passeou pelo seu vasto repertório musical com origem nas ilhas da Morabeza. Entretanto, ao meio da sua actuação, interpretou o clássico da música angolana “Muxima”, acompanhado pelo público que aplaudiu e regozijou-se com a surpresa. Em entrevista depois da actuação, o cantor referiu a importância dos músicos africanos terem uma bandeira úncia e atravessar fronteiras atráves da música. Quanto ao festival, disse que os “Sons do Altântico têm uma dimensão dos melhores festivais do mundo e o público é tão exigente que o artista é obrigado a voltar aqui para fazer o que não fez na primeira vez”.

Tito Paris, músico cabo-verdiano

Depois de uma viagem a Cabo Verde, o regresso a Angola fez-se com os jovens artistas Lil Saint e Cef, ambos da B-26, que partilharam com o público músicas que nos últimos tempos agitam as pistas de dança e ocupam o lugar das mais tocadas nas rádios. “Seios Caídos” e “Fala só” foram interpretadas pelo cantor, produtor e compositor Lil Saint. Já Cef começou por interpretar músicas do seu primeiro álbum, “Botão de Rosas”, e depois seguiram-se os sucessos “Atrofiar” e “A Mulher Tem Força” que levaram o público ao rubro. Em exclusivo ao ONgoma News, o cantor avançou “que abrir um show com música de sucesso é sempre muito bom. Foi possível sentir a química e uma energia sem igual”. 

Lil Saint, músico da B26
Viagem a passado e regresso ao presente da Kizomba
Eduardo Paim, também conhecido como General Kambuengo

A voz, experiência e a marca do General Kambuengo ficou patente na actuação de Eduardo Paim, num percurso histórico pelos seus  40 anos de carreira, bem correspondido com aplausos e os coros que o público entoou, o que representou uma verdadeira viagem ao passado. Nsoki contagiou a plateia com “músicas do coração”, espalhando romatismo pela Baía de Luanda, e fechou a sua actuação com a música “Africa Unit”, um “afro house” em que conta a colaboração do DJ Paulo Alves, que se fez presente para acompanhar a cantora que dançou acompanhada por bailarinas enérgicas e sensuais.

N'soki cantou o hit "Africa Unit" com o DJ Paulo Alves

Yola Semedo, que trouxe o público de volta ao presente, depois de uma viagem animada ao passado com Eduardo Paim, marcou a sua actuação “saltos” entre os palcos Atlântico e Tigra para interagir mais de perto com o público que estava separado por barricadas que o impedia se movimentar de um palco para o outro, umas das notas negativas que a organização do show recebe. Músicas como “Dias da Semana”, “Não Entendo”, “Injusta”, “Tu és o meu Amor”, “É tão Bom” e “Volta Amor” preencheram os cerca de 40 minutos de actuação de uma das divas da música angolana. Ao ONgoma News, Yola Semedo não escondeu a satisfação:  “os Sons do Atlântico são uma marca cultural e ser convidada para esta festa é uma maravilha. O público vibra muito e mesmo do palco é possível sentir o calor e o carinho daqueles que gostam da nossa música”, afirmou.

Já Ary, como uma verdadeira interprete, trouxe Irmão Almeidas ao Festival Sons do Atlântico cantando a música “Ngapa”. Com a energia que lhe é peculiar, cantou, dançou e animou a todos durante os 40 minutos de palco. Por sua vez, Nelson Freitas, um dos músicos mais esperados da noite, recebeu o carinho do público que o aplaudiu sem parar, particularmente quando cantava o hit “Miúda Linda”, dedicado a todas as mulheres do mundo e que desfilou pelos Sons do Atlântico duas vezes.

Boas-vindas ao SSP com fogo de artifício

Cinco minutos de queima de fogo de artifício deram as boas-vindas ao regresso do grupo SSP (cinco anos depois da sua última actuação), o que simbolizou a comemoração dos 25 anos de carreira dos pioneiros do hip-hop em Angola. Após o show de pirotecnia, o público não se fez esperar e começou a chamar pelo grupo mesmo antes de serem anunciados, deixando claro que eram dos mais esperados da noite. Big Nelo, Djeff Brown, Kudy e Paul G entraram interpretando a música “Não Pode Parar”,  sucesso de 1995. A plateia cantou incansavelmente, porém se mostrou descontente por, durante os 40 minutos actuação do grupo, não ter sido possível ouvir outros sucessos que marcaram uma época da música angolana. Uma das surpresas do grupo SSP foi a música “Tática Lírica” que ganhou uma versão no estilo Rock.

Finalmente, quando já passam 10 minutos das duas horas, Seu Jorge e Ana Carolina subiram ao palco, protagozinizando o maior dueto da noite, numa mistura de Música Popalar Brasileira, Samba, Pop, Bossa Nova, Dance Alternativo e Jazz. Viajando pelas músicas do álbum “Ana & Jorge”, lançado em 2003, os cantores brasileiros interpretaram também sucessos individuais, mas acompanhados um pelo outro.

A Tigra junto-se pela primeira vez ao Festival Sons do Atlântico. Segundo Eufránio Julho, coordenador de Comunicação Institucional da Refriango, “o objectivo é contribuir para a cultura nacional”  aproveitar interagir com um público jovem que constitui o principal target dos produtos da empresa.

Eufránio Julho, coordenador de Comunicação Institucional da Refriango

Focados na internacionalização da marca, a empresa aproveita os músicos reconhecidos internacionalmente para dar visibilidade à marca Tigra. “Os Sons do Atlântico têm essa dimensão internacional, em função do leque de artistas convidados, muitos deles vindo de vários pontos do mundo, daí o nosso interesse em juntamos-nos a esta festa”, esclareceu ainda Eufránio Julho.

6galeria

Joaquim Dala

A 5ª edição do festival musical Sons do Atlântico juntou na Baía de Luanda, no último sábado, durante mais de oito horas, doze artistas de Angola, Cabo-verde e Brasil que em dois palcos (Atlântico e Tigra), fizeram a festa da música celebrando os laços lusófonos entre os povos dos três países.

Abriu a edição 2017 do festival o cantor angolano Puto Prata, o “Doutorado”, que começou por interpretar músicas do estilo Kuduro, passou pelo Kizomba, onde contou com a participação da cantora Celma Ribas, pelo Semba, e despediu-se com dança e vibração.

Puto Prata
Celma Ribas subiu ao palco para acompanhar Puto Prata

Em seguida, subiu ao palco Atlântico Tito Paris. Acompanhado com seu violão, passeou pelo seu vasto repertório musical com origem nas ilhas da Morabeza. Entretanto, ao meio da sua actuação, interpretou o clássico da música angolana “Muxima”, acompanhado pelo público que aplaudiu e regozijou-se com a surpresa. Em entrevista depois da actuação, o cantor referiu a importância dos músicos africanos terem uma bandeira úncia e atravessar fronteiras atráves da música. Quanto ao festival, disse que os “Sons do Altântico têm uma dimensão dos melhores festivais do mundo e o público é tão exigente que o artista é obrigado a voltar aqui para fazer o que não fez na primeira vez”.

Tito Paris, músico cabo-verdiano

Depois de uma viagem a Cabo Verde, o regresso a Angola fez-se com os jovens artistas Lil Saint e Cef, ambos da B-26, que partilharam com o público músicas que nos últimos tempos agitam as pistas de dança e ocupam o lugar das mais tocadas nas rádios. “Seios Caídos” e “Fala só” foram interpretadas pelo cantor, produtor e compositor Lil Saint. Já Cef começou por interpretar músicas do seu primeiro álbum, “Botão de Rosas”, e depois seguiram-se os sucessos “Atrofiar” e “A Mulher Tem Força” que levaram o público ao rubro. Em exclusivo ao ONgoma News, o cantor avançou “que abrir um show com música de sucesso é sempre muito bom. Foi possível sentir a química e uma energia sem igual”. 

Lil Saint, músico da B26
Viagem a passado e regresso ao presente da Kizomba
Eduardo Paim, também conhecido como General Kambuengo

A voz, experiência e a marca do General Kambuengo ficou patente na actuação de Eduardo Paim, num percurso histórico pelos seus  40 anos de carreira, bem correspondido com aplausos e os coros que o público entoou, o que representou uma verdadeira viagem ao passado. Nsoki contagiou a plateia com “músicas do coração”, espalhando romatismo pela Baía de Luanda, e fechou a sua actuação com a música “Africa Unit”, um “afro house” em que conta a colaboração do DJ Paulo Alves, que se fez presente para acompanhar a cantora que dançou acompanhada por bailarinas enérgicas e sensuais.

N'soki cantou o hit "Africa Unit" com o DJ Paulo Alves

Yola Semedo, que trouxe o público de volta ao presente, depois de uma viagem animada ao passado com Eduardo Paim, marcou a sua actuação “saltos” entre os palcos Atlântico e Tigra para interagir mais de perto com o público que estava separado por barricadas que o impedia se movimentar de um palco para o outro, umas das notas negativas que a organização do show recebe. Músicas como “Dias da Semana”, “Não Entendo”, “Injusta”, “Tu és o meu Amor”, “É tão Bom” e “Volta Amor” preencheram os cerca de 40 minutos de actuação de uma das divas da música angolana. Ao ONgoma News, Yola Semedo não escondeu a satisfação:  “os Sons do Atlântico são uma marca cultural e ser convidada para esta festa é uma maravilha. O público vibra muito e mesmo do palco é possível sentir o calor e o carinho daqueles que gostam da nossa música”, afirmou.

Já Ary, como uma verdadeira interprete, trouxe Irmão Almeidas ao Festival Sons do Atlântico cantando a música “Ngapa”. Com a energia que lhe é peculiar, cantou, dançou e animou a todos durante os 40 minutos de palco. Por sua vez, Nelson Freitas, um dos músicos mais esperados da noite, recebeu o carinho do público que o aplaudiu sem parar, particularmente quando cantava o hit “Miúda Linda”, dedicado a todas as mulheres do mundo e que desfilou pelos Sons do Atlântico duas vezes.

Boas-vindas ao SSP com fogo de artifício

Cinco minutos de queima de fogo de artifício deram as boas-vindas ao regresso do grupo SSP (cinco anos depois da sua última actuação), o que simbolizou a comemoração dos 25 anos de carreira dos pioneiros do hip-hop em Angola. Após o show de pirotecnia, o público não se fez esperar e começou a chamar pelo grupo mesmo antes de serem anunciados, deixando claro que eram dos mais esperados da noite. Big Nelo, Djeff Brown, Kudy e Paul G entraram interpretando a música “Não Pode Parar”,  sucesso de 1995. A plateia cantou incansavelmente, porém se mostrou descontente por, durante os 40 minutos actuação do grupo, não ter sido possível ouvir outros sucessos que marcaram uma época da música angolana. Uma das surpresas do grupo SSP foi a música “Tática Lírica” que ganhou uma versão no estilo Rock.

Finalmente, quando já passam 10 minutos das duas horas, Seu Jorge e Ana Carolina subiram ao palco, protagozinizando o maior dueto da noite, numa mistura de Música Popalar Brasileira, Samba, Pop, Bossa Nova, Dance Alternativo e Jazz. Viajando pelas músicas do álbum “Ana & Jorge”, lançado em 2003, os cantores brasileiros interpretaram também sucessos individuais, mas acompanhados um pelo outro.

A Tigra junto-se pela primeira vez ao Festival Sons do Atlântico. Segundo Eufránio Julho, coordenador de Comunicação Institucional da Refriango, “o objectivo é contribuir para a cultura nacional”  aproveitar interagir com um público jovem que constitui o principal target dos produtos da empresa.

Eufránio Julho, coordenador de Comunicação Institucional da Refriango

Focados na internacionalização da marca, a empresa aproveita os músicos reconhecidos internacionalmente para dar visibilidade à marca Tigra. “Os Sons do Atlântico têm essa dimensão internacional, em função do leque de artistas convidados, muitos deles vindo de vários pontos do mundo, daí o nosso interesse em juntamos-nos a esta festa”, esclareceu ainda Eufránio Julho.

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