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“O lado criativo da mulher africana é muito potente”, afirma Patrícia Faria

“O lado criativo da mulher africana é muito potente”, afirma Patrícia Faria
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Andrade Lino

A directora da Casa da Cultura do Rangel “Njinga Mbande”, Patrícia Faria, afirmou recentemente que o lado criativo da mulher africana é muito potente, “muito grande”, daí que “muitas obras que são reveladas publicamente como sendo de homens são, na verdade, obras de mulheres.

A responsável, que falou por ocasião do evento que aquele espaço acolheu no último sábado para saudar o Dia da Mulher Africana, assinalado ontem, 31 de Julho, continuou que isso acontece porque, “diante do estigma que existe, muitas são as mulheres que preferem dar a autoria das suas obras a homens”, tendo ela mesma já testemunhado isso.

“Enquanto cantora, já interpretei algumas obras, como é o caso, por exemplo, do nosso falecido Bangão. Houve obras que, à dada altura, ele revelou, quando vivo, que a sua esposa ajudou a compor. E nós não sabíamos quem estava por trás de muitos dos sucessos do Bangão. Então, é uma forma de nós abrirmos as portas para a afirmação cultural das mulheres. Nós temos mulheres com uma força criativa muito forte e estamos aqui para potenciar isso”, asseverou, em declarações à imprensa.

Questionada sobre o propósito do evento, que reuniu performances em diferentes disciplinas artísticas, sendo uma delas a exposição colectiva que junta as artistas Alzira João, Oksanna Dias, Joyce Jazz e Buba Kibanga, patente até 29 deste mês e disponíveis para venda, Patrícia Faria explicou que o Rangel congrega artistas dos mais variados estratos sociais e dos mais variados espaços geográficos da cidade capital, e naquele dia foi então intenção homenagear também a arte feita no feminino.

“Já é muito difícil afirmarmo-nos enquanto africanos no que diz respeito à nossa cultura. E quando somos mulheres, dados os estigmas que ainda existem, nós vemos essa possibilidade de progressão artística muito limitada. Então quisemos trazer as mulheres aqui e tudo aquilo que elas podem simbolizar culturalmente e, consequentemente, socialmente. Elas trazem, transpiram nas suas obras tudo aquilo que são as nossas vivências”, esclareceu.

Além de obras pintadas por mulheres, a actividade apresentou “a voz da mulher na poesia, na música e também na moda”, levando nas mais variadas vertentes aquilo que é o olhar e a sensibilidade da mulher africana para comemorar o seu dia.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A directora da Casa da Cultura do Rangel “Njinga Mbande”, Patrícia Faria, afirmou recentemente que o lado criativo da mulher africana é muito potente, “muito grande”, daí que “muitas obras que são reveladas publicamente como sendo de homens são, na verdade, obras de mulheres.

A responsável, que falou por ocasião do evento que aquele espaço acolheu no último sábado para saudar o Dia da Mulher Africana, assinalado ontem, 31 de Julho, continuou que isso acontece porque, “diante do estigma que existe, muitas são as mulheres que preferem dar a autoria das suas obras a homens”, tendo ela mesma já testemunhado isso.

“Enquanto cantora, já interpretei algumas obras, como é o caso, por exemplo, do nosso falecido Bangão. Houve obras que, à dada altura, ele revelou, quando vivo, que a sua esposa ajudou a compor. E nós não sabíamos quem estava por trás de muitos dos sucessos do Bangão. Então, é uma forma de nós abrirmos as portas para a afirmação cultural das mulheres. Nós temos mulheres com uma força criativa muito forte e estamos aqui para potenciar isso”, asseverou, em declarações à imprensa.

Questionada sobre o propósito do evento, que reuniu performances em diferentes disciplinas artísticas, sendo uma delas a exposição colectiva que junta as artistas Alzira João, Oksanna Dias, Joyce Jazz e Buba Kibanga, patente até 29 deste mês e disponíveis para venda, Patrícia Faria explicou que o Rangel congrega artistas dos mais variados estratos sociais e dos mais variados espaços geográficos da cidade capital, e naquele dia foi então intenção homenagear também a arte feita no feminino.

“Já é muito difícil afirmarmo-nos enquanto africanos no que diz respeito à nossa cultura. E quando somos mulheres, dados os estigmas que ainda existem, nós vemos essa possibilidade de progressão artística muito limitada. Então quisemos trazer as mulheres aqui e tudo aquilo que elas podem simbolizar culturalmente e, consequentemente, socialmente. Elas trazem, transpiram nas suas obras tudo aquilo que são as nossas vivências”, esclareceu.

Além de obras pintadas por mulheres, a actividade apresentou “a voz da mulher na poesia, na música e também na moda”, levando nas mais variadas vertentes aquilo que é o olhar e a sensibilidade da mulher africana para comemorar o seu dia.

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