
Em Yaoundé, na capital dos Camarões, Paul Biya, o presidente mais velho do mundo em exercício, voltou a prestar juramento. Aos 92 anos, o homem que governa o país há 43 voltou a ser empossado para um oitavo mandato, após uma reeleição envolta em acusações de fraude, protestos e repressão.
“Tenho plena consciência da gravidade da situação que o nosso país atravessa. Tenho consciência do número e da intensidade dos desafios que enfrentamos e da profundidade das frustrações e da dimensão das expetativas”, afirmou Biya no discurso transmitido pela televisão nacional.
A cerimónia decorreu sob forte aparato policial e militar, num ambiente tenso em que manifestações foram dispersas violentamente nos últimos dias. De acordo com a Comissão Nacional de Direitos Humanos, pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 1.200 foram detidas durante os confrontos pós-eleitorais. Outras fontes independentes indicam um número de mortos muito mais elevado.
Na sua intervenção, o nonagenário apelou à união e à paz civil, garantindo que “a ordem há-de reinar”. Ao mesmo tempo, apontou o dedo aos adversários políticos, a quem chamou de “irresponsáveis” uma referência direta ao seu antigo ministro e agora opositor, Issa Tchiroma Bakary, que também reivindica a vitória nas urnas.
Os resultados oficiais atribuem a Biya 54% dos votos, contra 35% de Bakary. O órgão eleitoral Elecam descreveu o processo como “satisfatório”, apesar das denúncias de irregularidades apresentadas pela oposição.
No poder desde 1982 e anteriormente primeiro-ministro entre 1975 e 1982, Paul Biya soma 43 anos de liderança ininterrupta num país que nunca conheceu outro chefe de Estado desde a independência. A nova posse surge, assim, como um eco do passado e um prenúncio de mais turbulência num futuro cada vez mais incerto.
Em Yaoundé, na capital dos Camarões, Paul Biya, o presidente mais velho do mundo em exercício, voltou a prestar juramento. Aos 92 anos, o homem que governa o país há 43 voltou a ser empossado para um oitavo mandato, após uma reeleição envolta em acusações de fraude, protestos e repressão.
“Tenho plena consciência da gravidade da situação que o nosso país atravessa. Tenho consciência do número e da intensidade dos desafios que enfrentamos e da profundidade das frustrações e da dimensão das expetativas”, afirmou Biya no discurso transmitido pela televisão nacional.
A cerimónia decorreu sob forte aparato policial e militar, num ambiente tenso em que manifestações foram dispersas violentamente nos últimos dias. De acordo com a Comissão Nacional de Direitos Humanos, pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 1.200 foram detidas durante os confrontos pós-eleitorais. Outras fontes independentes indicam um número de mortos muito mais elevado.
Na sua intervenção, o nonagenário apelou à união e à paz civil, garantindo que “a ordem há-de reinar”. Ao mesmo tempo, apontou o dedo aos adversários políticos, a quem chamou de “irresponsáveis” uma referência direta ao seu antigo ministro e agora opositor, Issa Tchiroma Bakary, que também reivindica a vitória nas urnas.
Os resultados oficiais atribuem a Biya 54% dos votos, contra 35% de Bakary. O órgão eleitoral Elecam descreveu o processo como “satisfatório”, apesar das denúncias de irregularidades apresentadas pela oposição.
No poder desde 1982 e anteriormente primeiro-ministro entre 1975 e 1982, Paul Biya soma 43 anos de liderança ininterrupta num país que nunca conheceu outro chefe de Estado desde a independência. A nova posse surge, assim, como um eco do passado e um prenúncio de mais turbulência num futuro cada vez mais incerto.