Num país onde o engenho floresce entre ruas poeirentas e avenidas ruidosas, há nomes que se destacam como sinais de um futuro promissor. Com coragem, criatividade e atenção às necessidades actuais, cinco figuras e uma equipa jovem estão a transformar Angola. Da tecnologia à arte, do comércio digital à mobilidade urbana, o seu trabalho revela um país em constante reinvenção, movido pela alma e pela acção.
1. Fátima Almeida — Fintech com raízes e visão
Licenciada em Economia em Lisboa e no Reino Unido (Universidade de Salford), Fátima Almeida fundou, em 2016, a BayQi, a partir de um modesto apartamento no Kinaxixi. Começou por vender sapatos online, mas o passo seguinte era claro: construir um ecossistema próprio.
Em 2017, lançou uma plataforma de vendas para terceiros e criou a primeira carteira digital licenciada no país. Hoje, a BayQi permite efectuar pagamentos, recargas e transacções por QR Code, com o apoio de 36 pontos físicos em Luanda e uma loja própria, em parceria com os Correios de Angola.
Em 2022, foi eleita uma das “12 mulheres empreendedoras mais inspiradoras de África”. No ano seguinte, foi convidada pelo Presidente Joe Biden a integrar o Fórum Empresarial EUA‑África, em Washington. Em palco, como no CEO Forum Angola 2024, tem sido uma voz activa na promoção da literacia digital, sobretudo entre as mulheres.
2. Augusto Firmino — Tecnologia com propósito
Discreto, mas com impacto reconhecido, Augusto Firmino tem desenvolvido ferramentas digitais que aproximam informação, consumo e formação. É o criador da plataforma ARREIOU, que compara preços de produtos nos supermercados de Luanda, promovendo escolhas mais informadas.
É também mentor da Qualificar, dedicada à formação profissional, e da SÓCIA, que disponibiliza dados relevantes do mercado aos consumidores. Nos bastidores da inovação, lidera ainda projectos como a INOKRI e a Krukuteka, voltados para a capacitação tecnológica. O seu trabalho, embora pouco mediatizado, ressoa nos círculos da transformação.
3. Avelino José Viano — O Jogador Cibernético
Natural do Sambizanga e nascido em 1998, Avelino Viano — conhecido como “O Jogador Cibernético” — alia talento digital a uma forte consciência social. Fundou a *semprebom.ao*, uma plataforma de comércio electrónico com presença consolidada no mercado angolano.
A sua actuação vai além dos negócios: colaborou com o Banco Alimentar Angola, facilitando doações por via digital. Avelino aposta numa presença online activa e num trabalho de base comunitária, aproximando a tecnologia de quem mais dela precisa.
4. Oksanna Dias — Paredes que falam
Nascida em 1997 e formada em Desenho de Projectos pelo Instituto Alda Lara, Oksanna Dias encontrou no grafite a sua principal forma de expressão. Integra o colectivo Grafite One Angola e o grupo Mwinda Kubata, ao lado de artistas como Buenos e Boesta. A sua arte ocupa os muros de Luanda com mensagens fortes e cores que falam onde muitas vezes se cala.
Entre os seus trabalhos mais emblemáticos destacam-se o mural “Use Máscara” (2020), o retrato de Malala Yousafzai (2021) e pinturas inseridas em campanhas como o Outubro Rosa. Em 2023, ganhou destaque com a exposição “Black Women” e participou na colectiva “Online Offline”, no Shopping Fortaleza.
A sua arte é marcada por temas como feminismo, identidade negra, justiça social e reutilização de materiais das chapas às sobras de tecido. Venceu o concurso “Pintar os Valores da Democracia” (2022) e integrou o programa de residências Nzinga, no ano seguinte.
Num país onde o engenho floresce entre ruas poeirentas e avenidas ruidosas, há nomes que se destacam como sinais de um futuro promissor. Com coragem, criatividade e atenção às necessidades actuais, cinco figuras e uma equipa jovem estão a transformar Angola. Da tecnologia à arte, do comércio digital à mobilidade urbana, o seu trabalho revela um país em constante reinvenção, movido pela alma e pela acção.
1. Fátima Almeida — Fintech com raízes e visão
Licenciada em Economia em Lisboa e no Reino Unido (Universidade de Salford), Fátima Almeida fundou, em 2016, a BayQi, a partir de um modesto apartamento no Kinaxixi. Começou por vender sapatos online, mas o passo seguinte era claro: construir um ecossistema próprio.
Em 2017, lançou uma plataforma de vendas para terceiros e criou a primeira carteira digital licenciada no país. Hoje, a BayQi permite efectuar pagamentos, recargas e transacções por QR Code, com o apoio de 36 pontos físicos em Luanda e uma loja própria, em parceria com os Correios de Angola.
Em 2022, foi eleita uma das “12 mulheres empreendedoras mais inspiradoras de África”. No ano seguinte, foi convidada pelo Presidente Joe Biden a integrar o Fórum Empresarial EUA‑África, em Washington. Em palco, como no CEO Forum Angola 2024, tem sido uma voz activa na promoção da literacia digital, sobretudo entre as mulheres.
2. Augusto Firmino — Tecnologia com propósito
Discreto, mas com impacto reconhecido, Augusto Firmino tem desenvolvido ferramentas digitais que aproximam informação, consumo e formação. É o criador da plataforma ARREIOU, que compara preços de produtos nos supermercados de Luanda, promovendo escolhas mais informadas.
É também mentor da Qualificar, dedicada à formação profissional, e da SÓCIA, que disponibiliza dados relevantes do mercado aos consumidores. Nos bastidores da inovação, lidera ainda projectos como a INOKRI e a Krukuteka, voltados para a capacitação tecnológica. O seu trabalho, embora pouco mediatizado, ressoa nos círculos da transformação.
3. Avelino José Viano — O Jogador Cibernético
Natural do Sambizanga e nascido em 1998, Avelino Viano — conhecido como “O Jogador Cibernético” — alia talento digital a uma forte consciência social. Fundou a *semprebom.ao*, uma plataforma de comércio electrónico com presença consolidada no mercado angolano.
A sua actuação vai além dos negócios: colaborou com o Banco Alimentar Angola, facilitando doações por via digital. Avelino aposta numa presença online activa e num trabalho de base comunitária, aproximando a tecnologia de quem mais dela precisa.
4. Oksanna Dias — Paredes que falam
Nascida em 1997 e formada em Desenho de Projectos pelo Instituto Alda Lara, Oksanna Dias encontrou no grafite a sua principal forma de expressão. Integra o colectivo Grafite One Angola e o grupo Mwinda Kubata, ao lado de artistas como Buenos e Boesta. A sua arte ocupa os muros de Luanda com mensagens fortes e cores que falam onde muitas vezes se cala.
Entre os seus trabalhos mais emblemáticos destacam-se o mural “Use Máscara” (2020), o retrato de Malala Yousafzai (2021) e pinturas inseridas em campanhas como o Outubro Rosa. Em 2023, ganhou destaque com a exposição “Black Women” e participou na colectiva “Online Offline”, no Shopping Fortaleza.
A sua arte é marcada por temas como feminismo, identidade negra, justiça social e reutilização de materiais das chapas às sobras de tecido. Venceu o concurso “Pintar os Valores da Democracia” (2022) e integrou o programa de residências Nzinga, no ano seguinte.