A artista plástica Isabel Landama acredita que “a arte contemporânea angolana vai muito bem”, porque tem-se feito pesquisas das obras da geração mais velha e isso inspira bastante a nova geração de artistas nacionais.
Hoje, também, os artistas “retratam mais a nossa realidade, coisa que anteriormente não se via muito”, acrescentou a pintora, defendendo que “é lindo quando um africano pinta outro africano”.
Isabel Landama, que falava ao ONgoma News por ocasião da abertura da exposição colectiva “Ler Saramago pela Arte”, do projecto LiterArte (3ª edição), de que fez parte, justificou a sua afirmação com o facto de que, “antigamente, focava-se mais em retratar o ocidente e esquecia-se das nossas culturas, pois o branco é que era considerado como belo e capa de revista”.
Hoje, declarou a entrevistada, “já vemos mudança nisso”.
Licenciada em Artes Plásticas pelo Instituto Superior de Artes (ISART) de Luanda, a fonte reparou que, na exposição, que decorreu de 19 de Julho a 2 de Agosto presente, os artistas pintaram “o que é nosso, a nossa realidade, a nossa cor e cultura, tal como alguns dos nossos mais velhos já faziam e fazem”. Essa geração está a seguir os seus passos, afirmou a criadora, e por isso defende que a arte contemporânea angolana vai muito bem.
O LiterArte é um projecto pensado com a intenção de aliar a literatura com as mais diversas artes plásticas. Para a terceira exposição, a crónica “As palavras”, do livro “Deste Mundo e do Outro”, de José Saramago, foi o desafio colocado pelo Camões - Centro Cultural Português em Luanda, para servir de base e inspiração para a concepção das obras dos artistas.
No entanto, na amostra, Isabel, que teve com essa a sua primeira participação numa edição do LiterArte, interveio com duas obras, nomeadamente, “Instrumento de Morte”, um quadro que conta a história de uma menina africana chamada Kiesse, “que mostra a sua identidade, gosta de se vestir de trajes africanos, colocar tranças africanas e não só, e por conta disso sofre bullying de outras pessoas, o que poderá afectar a sua saúde psicológica, levando-a a ter pensamentos suicidas”. Já a segunda obra traz o tema “Instrumento de Salvação”, que retrata os acontecimentos do dia-a-dia, afirmando que as palavras são boas (e más), sendo que com elas podemos salvar as pessoas por intermédio de palavras motivacionais.
Revelou que, naturalmente, as obras do escritor português José Saramago foram as suas principais inspirações. “Tive que ler e reler muitas vezes e liguei com as observações que fazia no quotidiano. No “Instrumento de Morte”, baseei-me na minha sobrinha (o rosto que trago nesta obra é dela), porque ela já sofreu bullying por ir de tranças “canas” a escola”.
Questionada sobre o facto de as suas obras realçarem a africanidade, quando inspiradas na obra de um autor português, a artista plástica esclareceu que se trata de ousadia, “porque o artista é livre, e os artistas possuem uma forma de criticar diferente, que normalmente é feita por meio das suas obras.
De resto, a especialista espera que a exposição possa ajudar a mudar mentalidades, dos jovens e não só, e que consigam ler através das suas obras José Saramago.
A artista plástica Isabel Landama acredita que “a arte contemporânea angolana vai muito bem”, porque tem-se feito pesquisas das obras da geração mais velha e isso inspira bastante a nova geração de artistas nacionais.
Hoje, também, os artistas “retratam mais a nossa realidade, coisa que anteriormente não se via muito”, acrescentou a pintora, defendendo que “é lindo quando um africano pinta outro africano”.
Isabel Landama, que falava ao ONgoma News por ocasião da abertura da exposição colectiva “Ler Saramago pela Arte”, do projecto LiterArte (3ª edição), de que fez parte, justificou a sua afirmação com o facto de que, “antigamente, focava-se mais em retratar o ocidente e esquecia-se das nossas culturas, pois o branco é que era considerado como belo e capa de revista”.
Hoje, declarou a entrevistada, “já vemos mudança nisso”.
Licenciada em Artes Plásticas pelo Instituto Superior de Artes (ISART) de Luanda, a fonte reparou que, na exposição, que decorreu de 19 de Julho a 2 de Agosto presente, os artistas pintaram “o que é nosso, a nossa realidade, a nossa cor e cultura, tal como alguns dos nossos mais velhos já faziam e fazem”. Essa geração está a seguir os seus passos, afirmou a criadora, e por isso defende que a arte contemporânea angolana vai muito bem.
O LiterArte é um projecto pensado com a intenção de aliar a literatura com as mais diversas artes plásticas. Para a terceira exposição, a crónica “As palavras”, do livro “Deste Mundo e do Outro”, de José Saramago, foi o desafio colocado pelo Camões - Centro Cultural Português em Luanda, para servir de base e inspiração para a concepção das obras dos artistas.
No entanto, na amostra, Isabel, que teve com essa a sua primeira participação numa edição do LiterArte, interveio com duas obras, nomeadamente, “Instrumento de Morte”, um quadro que conta a história de uma menina africana chamada Kiesse, “que mostra a sua identidade, gosta de se vestir de trajes africanos, colocar tranças africanas e não só, e por conta disso sofre bullying de outras pessoas, o que poderá afectar a sua saúde psicológica, levando-a a ter pensamentos suicidas”. Já a segunda obra traz o tema “Instrumento de Salvação”, que retrata os acontecimentos do dia-a-dia, afirmando que as palavras são boas (e más), sendo que com elas podemos salvar as pessoas por intermédio de palavras motivacionais.
Revelou que, naturalmente, as obras do escritor português José Saramago foram as suas principais inspirações. “Tive que ler e reler muitas vezes e liguei com as observações que fazia no quotidiano. No “Instrumento de Morte”, baseei-me na minha sobrinha (o rosto que trago nesta obra é dela), porque ela já sofreu bullying por ir de tranças “canas” a escola”.
Questionada sobre o facto de as suas obras realçarem a africanidade, quando inspiradas na obra de um autor português, a artista plástica esclareceu que se trata de ousadia, “porque o artista é livre, e os artistas possuem uma forma de criticar diferente, que normalmente é feita por meio das suas obras.
De resto, a especialista espera que a exposição possa ajudar a mudar mentalidades, dos jovens e não só, e que consigam ler através das suas obras José Saramago.