
A ciência africana acaba de alcançar um novo marco. A África do Sul iniciou os ensaios clínicos da primeira vacina oral contra a cólera a ser totalmente desenvolvida e fabricada no país, um avanço que promete reduzir a dependência do continente em relação às grandes indústrias farmacêuticas internacionais.
O projecto, liderado pela Biovac, empresa biofarmacêutica sul-africana, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, foi apresentado na terça-feira, 11 de Novembro, no Hospital Chris Hani Baragwanath, em Soweto.
Na cerimónia, o ministro da Saúde, Aron Motsoaledi, destacou que o início dos ensaios está em sintonia com a estratégia do Governo de Pretória para reforçar a segurança sanitária nacional e garantir o acesso universal a medicamentos essenciais.
“É uma oportunidade significativa para a África do Sul reduzir a dependência de produtos farmacêuticos internacionais”, afirmou o governante.
Já a vice-ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Nomalungelo Gina, sublinhou que o objectivo é transformar o país num polo de inovação e produção científica:
“O Governo está comprometido em promover a produção local, facilitar a transferência de tecnologia e comercializar as descobertas científicas. Esses esforços são essenciais não apenas para a saúde pública, mas também para a criação de empregos, o desenvolvimento de competências e o crescimento industrial.”
Se os resultados forem positivos, a vacina, inteiramente produzida em território sul-africano, poderá ser aprovada e disponibilizada em África até 2028, chegando ao mercado global em 2029.
O feito ganha maior dimensão ao considerar que menos de 1% das vacinas do mundo são actualmente produzidas em África, apesar de o continente continuar a ser o mais afectado por doenças infecciosas. Apenas África do Sul e Senegal possuem, neste momento, infraestruturas completas para a produção de vacinas.
A cólera continua a ser um dos cinco surtos mais devastadores no continente africano. Só em 2025, foram registadas cerca de sete mil mortes e quase trezentos mil casos suspeitos, segundo dados das autoridades de saúde regionais.
Com este avanço, a África do Sul posiciona-se na vanguarda da investigação biomédica africana, abrindo caminho para uma nova era de autonomia científica e sanitária no continente.
Fonte: africanews
A ciência africana acaba de alcançar um novo marco. A África do Sul iniciou os ensaios clínicos da primeira vacina oral contra a cólera a ser totalmente desenvolvida e fabricada no país, um avanço que promete reduzir a dependência do continente em relação às grandes indústrias farmacêuticas internacionais.
O projecto, liderado pela Biovac, empresa biofarmacêutica sul-africana, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, foi apresentado na terça-feira, 11 de Novembro, no Hospital Chris Hani Baragwanath, em Soweto.
Na cerimónia, o ministro da Saúde, Aron Motsoaledi, destacou que o início dos ensaios está em sintonia com a estratégia do Governo de Pretória para reforçar a segurança sanitária nacional e garantir o acesso universal a medicamentos essenciais.
“É uma oportunidade significativa para a África do Sul reduzir a dependência de produtos farmacêuticos internacionais”, afirmou o governante.
Já a vice-ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Nomalungelo Gina, sublinhou que o objectivo é transformar o país num polo de inovação e produção científica:
“O Governo está comprometido em promover a produção local, facilitar a transferência de tecnologia e comercializar as descobertas científicas. Esses esforços são essenciais não apenas para a saúde pública, mas também para a criação de empregos, o desenvolvimento de competências e o crescimento industrial.”
Se os resultados forem positivos, a vacina, inteiramente produzida em território sul-africano, poderá ser aprovada e disponibilizada em África até 2028, chegando ao mercado global em 2029.
O feito ganha maior dimensão ao considerar que menos de 1% das vacinas do mundo são actualmente produzidas em África, apesar de o continente continuar a ser o mais afectado por doenças infecciosas. Apenas África do Sul e Senegal possuem, neste momento, infraestruturas completas para a produção de vacinas.
A cólera continua a ser um dos cinco surtos mais devastadores no continente africano. Só em 2025, foram registadas cerca de sete mil mortes e quase trezentos mil casos suspeitos, segundo dados das autoridades de saúde regionais.
Com este avanço, a África do Sul posiciona-se na vanguarda da investigação biomédica africana, abrindo caminho para uma nova era de autonomia científica e sanitária no continente.
Fonte: africanews