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André Mingas : Um legado de arte, arquitetura e liderança cultural angolana

André Mingas : Um legado de arte, arquitetura e liderança cultural angolana
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André Vieira Dias Rodrigues Mingas Júnior, carinhosamente conhecido como André Mingas, nasceu a 24 de maio de 1950, mas o seu legado perdura para além da sua partida. Filho de André Rodrigues Mingas e Antônia Vieira Dias Mingas, e irmão de figuras proeminentes como Ruy Vieira Dias Mingas e Saydi Vieira Dias Mingas, André Mingas emergiu de um ambiente familiar profundamente ligado à cultura e à política angolana.

Esta herança familiar, que inclui o seu tio Liceu Vieira Dias e o primo Carlitos Vieira Dias, figuras incontornáveis da Cultura Musical e Política de Angola, moldou o seu percurso e influenciou o seu impacto multifacetado no país.

Desde cedo, André Mingas demonstrou um talento indiscutível e uma visão vanguardista. Foi um pioneiro na criação de uma nova sonoridade musical em Angola, desafiando as convenções e abrindo novos caminhos para a música angolana. Esta modernidade sonora é claramente audível no seu primeiro álbum, "Coisas da Vida", um marco que antecipou tendências e demonstrou a sua capacidade de inovar.

André Mingas é correctamente posicionado ao lado de outros gigantes da música angolana, como Filipe Mukenga e Waldemar Bastos, integrando a chamada "geração de ouro" de músicos de excelência que floresceu e alcançou grande sucesso nas décadas de 1970 e 1980.

O seu trabalho, assim como o dos seus contemporâneos, merece ser ouvido e apreciado pelas novas gerações como forma de enriquecer e preservar a rica tapeçaria da música angolana. Canções como "Esperança", "Mufete" e "Tchipalepa", algumas das quais foram imortalizadas pela voz do seu irmão Rui Mingas, são testemunhos da sua genialidade melódica e lírica.

O percurso de André Mingas transcendeu o universo musical. Formado inicialmente em Arquitetura pela Universidade Agostinho Neto, em Angola, e posteriormente aprofundou os seus estudos na Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, obtendo o título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Esta dupla formação, entre a arte da sonoridade e a ciência do planeamento urbano, reflecte a amplitude dos seus interesses e talentos.

Durante a sua carreira, desempenhou papéis de liderança cruciais para o desenvolvimento cultural e administrativo de Angola. Foi Vice-Ministro da Cultura, uma posição em que deixou uma marca  ao criar a Sociedade de Autores Angolanos (SADIA), uma instituição que perdura até hoje e que é fundamental para a proteção e promoção dos direitos dos criadores angolanos.

A sua paixão pelo conhecimento e pela formação de novas gerações levou-o a Portugal, onde foi Professor no 5º ano de Arquitetura da Universidade Lusófona de Lisboa.

André Rodrigues Mingas Júnior faleceu em 11 de outubro de 2011, aos 61 anos de idade, deixando um vazio considerável em Angola. No entanto, o seu legado como músico inovador, arquiteto visionário, líder cultural e educador, permanece vivo. André Mingas representa a força criativa e intelectual que moldou e continuará a inspirar Angola, um verdadeiro "monstro sagrado" cuja memória e contribuições são eternas.

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Luciana Paciência

André Vieira Dias Rodrigues Mingas Júnior, carinhosamente conhecido como André Mingas, nasceu a 24 de maio de 1950, mas o seu legado perdura para além da sua partida. Filho de André Rodrigues Mingas e Antônia Vieira Dias Mingas, e irmão de figuras proeminentes como Ruy Vieira Dias Mingas e Saydi Vieira Dias Mingas, André Mingas emergiu de um ambiente familiar profundamente ligado à cultura e à política angolana.

Esta herança familiar, que inclui o seu tio Liceu Vieira Dias e o primo Carlitos Vieira Dias, figuras incontornáveis da Cultura Musical e Política de Angola, moldou o seu percurso e influenciou o seu impacto multifacetado no país.

Desde cedo, André Mingas demonstrou um talento indiscutível e uma visão vanguardista. Foi um pioneiro na criação de uma nova sonoridade musical em Angola, desafiando as convenções e abrindo novos caminhos para a música angolana. Esta modernidade sonora é claramente audível no seu primeiro álbum, "Coisas da Vida", um marco que antecipou tendências e demonstrou a sua capacidade de inovar.

André Mingas é correctamente posicionado ao lado de outros gigantes da música angolana, como Filipe Mukenga e Waldemar Bastos, integrando a chamada "geração de ouro" de músicos de excelência que floresceu e alcançou grande sucesso nas décadas de 1970 e 1980.

O seu trabalho, assim como o dos seus contemporâneos, merece ser ouvido e apreciado pelas novas gerações como forma de enriquecer e preservar a rica tapeçaria da música angolana. Canções como "Esperança", "Mufete" e "Tchipalepa", algumas das quais foram imortalizadas pela voz do seu irmão Rui Mingas, são testemunhos da sua genialidade melódica e lírica.

O percurso de André Mingas transcendeu o universo musical. Formado inicialmente em Arquitetura pela Universidade Agostinho Neto, em Angola, e posteriormente aprofundou os seus estudos na Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, obtendo o título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Esta dupla formação, entre a arte da sonoridade e a ciência do planeamento urbano, reflecte a amplitude dos seus interesses e talentos.

Durante a sua carreira, desempenhou papéis de liderança cruciais para o desenvolvimento cultural e administrativo de Angola. Foi Vice-Ministro da Cultura, uma posição em que deixou uma marca  ao criar a Sociedade de Autores Angolanos (SADIA), uma instituição que perdura até hoje e que é fundamental para a proteção e promoção dos direitos dos criadores angolanos.

A sua paixão pelo conhecimento e pela formação de novas gerações levou-o a Portugal, onde foi Professor no 5º ano de Arquitetura da Universidade Lusófona de Lisboa.

André Rodrigues Mingas Júnior faleceu em 11 de outubro de 2011, aos 61 anos de idade, deixando um vazio considerável em Angola. No entanto, o seu legado como músico inovador, arquiteto visionário, líder cultural e educador, permanece vivo. André Mingas representa a força criativa e intelectual que moldou e continuará a inspirar Angola, um verdadeiro "monstro sagrado" cuja memória e contribuições são eternas.

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