Internacional

Espanha propõe o fim da mudança da hora na União Europeia

Espanha propõe o fim da mudança da hora na União Europeia
Foto por:
vídeo por:
DR

O Governo espanhol vai propor, esta segunda-feira, 20 de Outubro, à União Europeia, o fim definitivo da mudança sazonal da hora, uma prática que há décadas divide opiniões. A medida, defendida por Pedro Sánchez, presidente do Governo da Espanha, assenta em estudos científicos que apontam perturbações nos ritmos biológicos e no sono provocadas pelas alterações horárias.

A discussão sobre o fim da mudança da hora decorre desde 2018, quando a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu propuseram abolir o sistema. Nessa altura, uma consulta pública mostrou que 84% dos europeus eram a favor da medida. No entanto, a falta de consenso entre os Estados-membros bloqueou a decisão, mantendo o regime atual em vigor.

O sistema europeu está regulado por uma diretiva de 2000, que estabelece que os relógios sejam adiantados no último domingo de março e atrasados no último domingo de outubro. Este ano, a alteração acontece já no domingo, 26 de outubro, quando Portugal continental e as regiões autónomas atrasarão os relógios uma hora, marcando o início do horário de inverno.

A prática de mudar a hora foi introduzida em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, com o objectivo de poupar energia e aproveitar melhor a luz solar. Portugal adotou o sistema no mesmo ano, permanecendo alinhado com o resto da Europa. Fora do continente europeu, apenas alguns países mantêm esta tradição, entre eles os Estados Unidos, Canadá, México e Argentina.

Enquanto o debate se prolonga em Bruxelas, especialistas sublinham que a mudança horária pode afectar o humor, a produtividade e o descanso das pessoas. A DECO/Proteste recomenda estratégias simples para uma melhor adaptação, como manter uma rotina de sono estável, evitar o uso de ecrãs antes de dormir e aproveitar a luz solar matinal nos dias seguintes à mudança.

Para já, nada indica que o consenso europeu esteja próximo. Assim, os europeus continuarão, por tempo indefinido, a ajustar os ponteiros duas vezes por ano, entre a persistência de uma tradição centenária e a vontade crescente de lhe pôr fim.

6galeria

Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

O Governo espanhol vai propor, esta segunda-feira, 20 de Outubro, à União Europeia, o fim definitivo da mudança sazonal da hora, uma prática que há décadas divide opiniões. A medida, defendida por Pedro Sánchez, presidente do Governo da Espanha, assenta em estudos científicos que apontam perturbações nos ritmos biológicos e no sono provocadas pelas alterações horárias.

A discussão sobre o fim da mudança da hora decorre desde 2018, quando a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu propuseram abolir o sistema. Nessa altura, uma consulta pública mostrou que 84% dos europeus eram a favor da medida. No entanto, a falta de consenso entre os Estados-membros bloqueou a decisão, mantendo o regime atual em vigor.

O sistema europeu está regulado por uma diretiva de 2000, que estabelece que os relógios sejam adiantados no último domingo de março e atrasados no último domingo de outubro. Este ano, a alteração acontece já no domingo, 26 de outubro, quando Portugal continental e as regiões autónomas atrasarão os relógios uma hora, marcando o início do horário de inverno.

A prática de mudar a hora foi introduzida em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, com o objectivo de poupar energia e aproveitar melhor a luz solar. Portugal adotou o sistema no mesmo ano, permanecendo alinhado com o resto da Europa. Fora do continente europeu, apenas alguns países mantêm esta tradição, entre eles os Estados Unidos, Canadá, México e Argentina.

Enquanto o debate se prolonga em Bruxelas, especialistas sublinham que a mudança horária pode afectar o humor, a produtividade e o descanso das pessoas. A DECO/Proteste recomenda estratégias simples para uma melhor adaptação, como manter uma rotina de sono estável, evitar o uso de ecrãs antes de dormir e aproveitar a luz solar matinal nos dias seguintes à mudança.

Para já, nada indica que o consenso europeu esteja próximo. Assim, os europeus continuarão, por tempo indefinido, a ajustar os ponteiros duas vezes por ano, entre a persistência de uma tradição centenária e a vontade crescente de lhe pôr fim.

6galeria

Artigos relacionados

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form