Um relatório da INTERPOL revelou que o cibercrime cresceu a um ritmo alarmante em África, representando mais de 30% dos crimes registados na África Ocidental e Oriental.
De acordo com a Avaliação de Ameaças Cibernéticas em África 2025, ataques como golpes online (sobretudo phishing), ransomware, compromissos de e-mails comerciais (BEC) e sextorsão digital são as formas mais comuns de fraude. Em alguns países, as denúncias aumentaram até 3.000% em apenas um ano, segundo dados divulgados pela Kaspersky.
A África do Sul e o Egito lideram em detecções de ransomware, enquanto a Nigéria e o Quénia enfrentam invasões a bases de dados governamentais. O grupo criminoso transnacional Black Axe continua a utilizar esquemas de BEC, que é um esquema sofisticado em que os cibercriminosos se fazem passar por líderes fidedignos para enganar os colaboradores e levá-los a enviar dinheiro ou dados, que os permite movimentar milhões de dólares em transferências fraudulentas.
O relatório evidencia que Angola também está na rota do cibercrime. Entre 2023 e 2024, o país registou um aumento de 826% nas notificações de golpes online, colocando-o entre os mais afetados da região.
Durante a Operação Serengeti, coordenada pela INTERPOL, foi desmantelado em Luanda um esquema de cassino virtual ilegal, que resultou em 150 detenções, na apreensão de mais de 200 computadores e 100 telemóveis usados nas fraudes.
Apesar desta acção, Angola partilha das mesmas fragilidades que marcam o continente: legislação insuficiente, escassez de técnicos especializados e ausência de sistemas eficazes de notificação de incidentes.
Segundo os estudos, 75% dos países africanos admitem que a sua legislação não acompanha a evolução do cibercrime, enquanto 95% reportam falta de formação e recursos técnicos. Apenas 30% dispõem de mecanismos formais para notificação de incidentes.
A cooperação internacional também é limitada: 86% dos países enfrentam obstáculos no intercâmbio de dados com parceiros estrangeiros, e 89% reconhecem que a colaboração com o sector privado precisa de melhorias urgentes.
Apesar dos desafios, a INTERPOL sublinha avanços: operações como Serengeti e Cartão Vermelho resultaram em mais de 1.000 detenções e no desmantelamento de redes criminosas em vários países africanos.
O relatório conclui que investir em unidades especializadas, fortalecer a cooperação internacional e apostar na consciencialização pública são passos indispensáveis. A cibersegurança é hoje apresentada como um pilar da soberania digital, da paz e do desenvolvimento em África.
Um relatório da INTERPOL revelou que o cibercrime cresceu a um ritmo alarmante em África, representando mais de 30% dos crimes registados na África Ocidental e Oriental.
De acordo com a Avaliação de Ameaças Cibernéticas em África 2025, ataques como golpes online (sobretudo phishing), ransomware, compromissos de e-mails comerciais (BEC) e sextorsão digital são as formas mais comuns de fraude. Em alguns países, as denúncias aumentaram até 3.000% em apenas um ano, segundo dados divulgados pela Kaspersky.
A África do Sul e o Egito lideram em detecções de ransomware, enquanto a Nigéria e o Quénia enfrentam invasões a bases de dados governamentais. O grupo criminoso transnacional Black Axe continua a utilizar esquemas de BEC, que é um esquema sofisticado em que os cibercriminosos se fazem passar por líderes fidedignos para enganar os colaboradores e levá-los a enviar dinheiro ou dados, que os permite movimentar milhões de dólares em transferências fraudulentas.
O relatório evidencia que Angola também está na rota do cibercrime. Entre 2023 e 2024, o país registou um aumento de 826% nas notificações de golpes online, colocando-o entre os mais afetados da região.
Durante a Operação Serengeti, coordenada pela INTERPOL, foi desmantelado em Luanda um esquema de cassino virtual ilegal, que resultou em 150 detenções, na apreensão de mais de 200 computadores e 100 telemóveis usados nas fraudes.
Apesar desta acção, Angola partilha das mesmas fragilidades que marcam o continente: legislação insuficiente, escassez de técnicos especializados e ausência de sistemas eficazes de notificação de incidentes.
Segundo os estudos, 75% dos países africanos admitem que a sua legislação não acompanha a evolução do cibercrime, enquanto 95% reportam falta de formação e recursos técnicos. Apenas 30% dispõem de mecanismos formais para notificação de incidentes.
A cooperação internacional também é limitada: 86% dos países enfrentam obstáculos no intercâmbio de dados com parceiros estrangeiros, e 89% reconhecem que a colaboração com o sector privado precisa de melhorias urgentes.
Apesar dos desafios, a INTERPOL sublinha avanços: operações como Serengeti e Cartão Vermelho resultaram em mais de 1.000 detenções e no desmantelamento de redes criminosas em vários países africanos.
O relatório conclui que investir em unidades especializadas, fortalecer a cooperação internacional e apostar na consciencialização pública são passos indispensáveis. A cibersegurança é hoje apresentada como um pilar da soberania digital, da paz e do desenvolvimento em África.