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Economistas mantêm previsão de uma desaceleração do crescimento económico este ano

Economistas mantêm previsão de uma desaceleração do crescimento económico este ano
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A equipa de pesquisa do Standard Bank, liderada pelo economista Fáusio Mussá,  mantém a sua previsão de uma desaceleração do crescimento económico este ano, em Angola, após ter registado 3% em 2022.

Essa conclusão, saída do mais recente Briefing Económico daquela instituição, sob o tema “Sustentabilidade do crescimento económico considerando os desafios para acelerar o investimento público e privado”, surge considerando o facto de que, nos últimos anos, Angola implementou com sucesso um conjunto de reformas para estabilizar a economia e restaurar o crescimento económico, mas o custo social das reformas foi elevado, a pandemia gerou um aumento do desemprego e a inflação só começou a desacelerar recentemente, o que significa que o beneficio para o cidadão comum tem sido menor do que o esperado.

Provavelmente, daqui em diante, o foco de prioridades do programa do Executivo será o de procurar consolidar os ganhos alcançados com o programa de estabilização macroeconómica, que contou com o apoio do FMI, e com isso tornar o crescimento mais inclusivo, e esta economia continua a beneficiar de preços do petróleo relativamente favoráveis, o que poderá permitir ao Governo continuar a gerar excedentes fiscais.

“Neste contexto, temos estado atentos ao processo de elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027, que provavelmente irá elucidar sobre o mix de políticas a serem implementadas para tornar o crescimento económico mais inclusivo. Angola enfrenta este ano uma queda de receita petrolífera, relacionada com a descida do preço de petróleo, gerando pressões intermitentes sobre a liquidez em moeda externa, o que sugere que será necessário reduzir o volume de importações para manter a conta corrente da balança de pagamento em superavit, fundamental para a estabilidade da moeda e redução da inflação”, argumentou Mussá.

Do ponto de vista do investimento privado, o contexto da economia mundial, caracterizado pelas subidas das taxas de juro dos Bancos Centrais, inflação elevada e incerteza em relação a duração dos conflitos, tem resultado numa redução do apetite ao risco, o que afecta o investimento directo estrangeiro, disse ainda o especialista, citado no comunicado que recebemos.

Entretanto, outra justificação a ser levada em conta é a de que, do ponto de vista do investimento público, o elevado peso do serviço de dívida sobre a receita fiscal deverá resultar numa abordagem prudente em relação à contratação de nova dívida, “o que limita o investimento público e o impacto do sector público no crescimento da economia”.

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Redacção

A equipa de pesquisa do Standard Bank, liderada pelo economista Fáusio Mussá,  mantém a sua previsão de uma desaceleração do crescimento económico este ano, em Angola, após ter registado 3% em 2022.

Essa conclusão, saída do mais recente Briefing Económico daquela instituição, sob o tema “Sustentabilidade do crescimento económico considerando os desafios para acelerar o investimento público e privado”, surge considerando o facto de que, nos últimos anos, Angola implementou com sucesso um conjunto de reformas para estabilizar a economia e restaurar o crescimento económico, mas o custo social das reformas foi elevado, a pandemia gerou um aumento do desemprego e a inflação só começou a desacelerar recentemente, o que significa que o beneficio para o cidadão comum tem sido menor do que o esperado.

Provavelmente, daqui em diante, o foco de prioridades do programa do Executivo será o de procurar consolidar os ganhos alcançados com o programa de estabilização macroeconómica, que contou com o apoio do FMI, e com isso tornar o crescimento mais inclusivo, e esta economia continua a beneficiar de preços do petróleo relativamente favoráveis, o que poderá permitir ao Governo continuar a gerar excedentes fiscais.

“Neste contexto, temos estado atentos ao processo de elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027, que provavelmente irá elucidar sobre o mix de políticas a serem implementadas para tornar o crescimento económico mais inclusivo. Angola enfrenta este ano uma queda de receita petrolífera, relacionada com a descida do preço de petróleo, gerando pressões intermitentes sobre a liquidez em moeda externa, o que sugere que será necessário reduzir o volume de importações para manter a conta corrente da balança de pagamento em superavit, fundamental para a estabilidade da moeda e redução da inflação”, argumentou Mussá.

Do ponto de vista do investimento privado, o contexto da economia mundial, caracterizado pelas subidas das taxas de juro dos Bancos Centrais, inflação elevada e incerteza em relação a duração dos conflitos, tem resultado numa redução do apetite ao risco, o que afecta o investimento directo estrangeiro, disse ainda o especialista, citado no comunicado que recebemos.

Entretanto, outra justificação a ser levada em conta é a de que, do ponto de vista do investimento público, o elevado peso do serviço de dívida sobre a receita fiscal deverá resultar numa abordagem prudente em relação à contratação de nova dívida, “o que limita o investimento público e o impacto do sector público no crescimento da economia”.

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