
A Federação Turca de Futebol (TFF) anunciou a suspensão de 1.024 jogadores por envolvimento num vasto escândalo de apostas ilegais e manipulação de resultados, que está a abalar profundamente as estruturas do desporto no país. Entre os nomes mais sonantes encontra-se Eren Elmalı, defesa da seleção nacional e jogador do Galatasaray, presença regular na Liga dos Campeões nesta época.
Na sequência da sua exclusão da convocatória da Turquia para os jogos de qualificação para o Mundial que será contra Espanha e Bulgária, Elmalı admitiu, nas redes sociais, ter feito uma aposta há cerca de cinco anos, frisando que a partida não envolvia a sua equipa. O jogador, de 25 anos, transferiu-se para o Galatasaray no início deste ano e figura, juntamente com o colega Metehan Baltacı, na lista de atletas encaminhados para a comissão de disciplina.
A TFF revelou ainda que, entre os suspensos, constam 27 jogadores da primeira divisão, incluindo dois do Besiktas, Ersin Destanoğlu e Necip Uysal. As sanções poderão afastar os visados dos relvados por um período até um ano.
O escândalo atinge também as estruturas da arbitragem e da direcção desportiva. Murat Özkaya, presidente do Eyüpspor, clube da primeira liga, foi detido e colocado em prisão preventiva, acusado de tentar influenciar resultados desportivos. O dirigente, empresário do ramo automóvel, lidera o Eyüpspor desde 2019, tendo conduzido o emblema da terceira divisão até à elite do futebol turco.
Paralelamente, 17 árbitros foram detidos, sete deles em prisão preventiva, e quase 150 ficaram suspensos. De acordo com a federação, as investigações indicam que 371 árbitros possuíam contas em plataformas de apostas e que 152 apostavam ativamente. Dez árbitros realizaram mais de 10 mil apostas cada, e o mais ativo terá ultrapassado as 18 mil.
O presidente da TFF, İbrahim Hacıosmanoğlu, prometeu uma “limpeza profunda” no futebol turco:
“O nosso dever é elevar o futebol turco ao lugar que merece e purgá-lo de toda a sua sujidade”, afirmou em conferência de imprensa.
Como consequência imediata, a federação suspendeu as competições da terceira e quarta divisões por duas semanas, mantendo, contudo, o calendário da Superliga e da segunda divisão.
O caso já levou à renúncia de 45 delegados de jogo e à intervenção judicial sobre 18 réus, entre árbitros e dirigentes. A federação garantiu, porém, não existirem provas de que uma organização específica tenha manipulado resultados, esclarecendo que muitos dos árbitros investigados terão perdido dinheiro com apostas.
Entre as equipas envolvidas, destaca-se o Alanyaspor, orientado pelo português João Pereira, que conta com quatro jogadores referenciados no processo: Izzet Çelik, Enes Keskin, Yusuf Özdemir e Bedirhan Özyurt, o maior número de casos num só clube.
O escândalo rebenta num período de aparente renascimento do futebol turco. O país foi escolhido para coorganizar o Euro 2032 com a Itália, a seleção nacional chegou aos quartos de final do Euro 2024 e Istambul tem acolhido várias finais de competições europeias.
Agora, o futebol turco enfrenta o maior desafio da sua história recente: reconquistar a credibilidade perdida entre apostas, detenções e uma crise ética que ameaça manchar o futuro do desporto no país.
A Federação Turca de Futebol (TFF) anunciou a suspensão de 1.024 jogadores por envolvimento num vasto escândalo de apostas ilegais e manipulação de resultados, que está a abalar profundamente as estruturas do desporto no país. Entre os nomes mais sonantes encontra-se Eren Elmalı, defesa da seleção nacional e jogador do Galatasaray, presença regular na Liga dos Campeões nesta época.
Na sequência da sua exclusão da convocatória da Turquia para os jogos de qualificação para o Mundial que será contra Espanha e Bulgária, Elmalı admitiu, nas redes sociais, ter feito uma aposta há cerca de cinco anos, frisando que a partida não envolvia a sua equipa. O jogador, de 25 anos, transferiu-se para o Galatasaray no início deste ano e figura, juntamente com o colega Metehan Baltacı, na lista de atletas encaminhados para a comissão de disciplina.
A TFF revelou ainda que, entre os suspensos, constam 27 jogadores da primeira divisão, incluindo dois do Besiktas, Ersin Destanoğlu e Necip Uysal. As sanções poderão afastar os visados dos relvados por um período até um ano.
O escândalo atinge também as estruturas da arbitragem e da direcção desportiva. Murat Özkaya, presidente do Eyüpspor, clube da primeira liga, foi detido e colocado em prisão preventiva, acusado de tentar influenciar resultados desportivos. O dirigente, empresário do ramo automóvel, lidera o Eyüpspor desde 2019, tendo conduzido o emblema da terceira divisão até à elite do futebol turco.
Paralelamente, 17 árbitros foram detidos, sete deles em prisão preventiva, e quase 150 ficaram suspensos. De acordo com a federação, as investigações indicam que 371 árbitros possuíam contas em plataformas de apostas e que 152 apostavam ativamente. Dez árbitros realizaram mais de 10 mil apostas cada, e o mais ativo terá ultrapassado as 18 mil.
O presidente da TFF, İbrahim Hacıosmanoğlu, prometeu uma “limpeza profunda” no futebol turco:
“O nosso dever é elevar o futebol turco ao lugar que merece e purgá-lo de toda a sua sujidade”, afirmou em conferência de imprensa.
Como consequência imediata, a federação suspendeu as competições da terceira e quarta divisões por duas semanas, mantendo, contudo, o calendário da Superliga e da segunda divisão.
O caso já levou à renúncia de 45 delegados de jogo e à intervenção judicial sobre 18 réus, entre árbitros e dirigentes. A federação garantiu, porém, não existirem provas de que uma organização específica tenha manipulado resultados, esclarecendo que muitos dos árbitros investigados terão perdido dinheiro com apostas.
Entre as equipas envolvidas, destaca-se o Alanyaspor, orientado pelo português João Pereira, que conta com quatro jogadores referenciados no processo: Izzet Çelik, Enes Keskin, Yusuf Özdemir e Bedirhan Özyurt, o maior número de casos num só clube.
O escândalo rebenta num período de aparente renascimento do futebol turco. O país foi escolhido para coorganizar o Euro 2032 com a Itália, a seleção nacional chegou aos quartos de final do Euro 2024 e Istambul tem acolhido várias finais de competições europeias.
Agora, o futebol turco enfrenta o maior desafio da sua história recente: reconquistar a credibilidade perdida entre apostas, detenções e uma crise ética que ameaça manchar o futuro do desporto no país.