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“First Friday Club” discutiu novas oportunidades de revitalização do café em Angola

“First Friday Club” discutiu novas oportunidades de revitalização do café em Angola
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Andrade Lino

O sector do café foi o centro das atenções, no evento 1st Friday Club, um evento organizado pela Câmara de Comércio EUA-Angola (USACC) e dirigido à comunidade empresarial, nesta última sexta-feira, no Hotel Trópico.

De acordo com um comunicado partilhado com a imprensa, o encontro enquadra-se no âmbito dos esforços desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura e Florestas de Angola, para a busca de soluções que visam o fomento e relançamento do sector do café no país.

Em declarações à imprensa, Maria da Cruz, Presidente da USACC, afirmou que a realização do certame surge pelo facto de o café ter um potencial para a exportação da mão-de-obra angolana, e “vem ver outras formas de se poder aumentar a produção do café em Angola, promovendo parcerias entre produtores nacionais e investidores privados.”

“Nós temos estado, por exemplo, a apoiar o café Cazengo, que tem sido comercializado nos Estados Unidos, e acreditamos que existem outras marcas de café em Angola com o mesmo potencial. Temos como parceiro o Governo angolano e apoiamos o plano da diversificação da economia, temos estado a juntar um dossiê de projectos viáveis, investidores fora da área do petróleo e gás, que querem injectar os seus recursos financeiras no país, mas não estão certos de onde fazê-lo”, explicou, e garantiu que “o bom do café é que, com exportação, pode garantir divisas para o país”.

Para a Presidente do Conselho Administrativo do Fundo de Desenvolvimento do Café em Angola (FDCA), Sara Bravo, não havendo fundos, a produção de café é muito dificultada, mas afirma está e “tem que ser feito”, apesar dos poucos recursos existentes.

Entretanto, lamentou que o valor de produção regista-se em 7500 toneladas anuais, um número muito baixo, comparado aos anos anteriores à independência, e referiu que, do ponto de vista de contribuição ao Orçamento Geral do Estado, a produção é de igual forma ínfima, sendo que a arrecadação das receitas fica em menos de um milhão de dólares.

Dentre as principais dificuldades que o sector enfrenta, informou, destacam-se a falta de insumos, instrumentos de trabalho, pouca mecanização e a falta de adubos.

Adiante, Jorge Lutuima, director de Empresas e Instituições do BAI, fez saber no entanto que aquele banco já começou a apoiar a produção nacional, particularmente no domínio do café, nas províncias do Cuanza Sul e Cuanza Norte, e da agricultura, e ainda dentro desta a hidroponia.

“Estamos disponíveis a apoiar o sector do café, desde que as empresas nos tragam projectos economicamente viáveis e demonstrem que já estão a produzir, para que as possamos ajudar a aumentar a sua capacidade de produção, desde que mostrem condições de exportar e vender localmente”, manifestou, e relevou que o BAI é parceiro da produção nacional, e neste sentido, quanto mais fomento houver para a produção nacional, melhor para a instituição, “porque é uma forma de reduzir a dependência externa”.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O sector do café foi o centro das atenções, no evento 1st Friday Club, um evento organizado pela Câmara de Comércio EUA-Angola (USACC) e dirigido à comunidade empresarial, nesta última sexta-feira, no Hotel Trópico.

De acordo com um comunicado partilhado com a imprensa, o encontro enquadra-se no âmbito dos esforços desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura e Florestas de Angola, para a busca de soluções que visam o fomento e relançamento do sector do café no país.

Em declarações à imprensa, Maria da Cruz, Presidente da USACC, afirmou que a realização do certame surge pelo facto de o café ter um potencial para a exportação da mão-de-obra angolana, e “vem ver outras formas de se poder aumentar a produção do café em Angola, promovendo parcerias entre produtores nacionais e investidores privados.”

“Nós temos estado, por exemplo, a apoiar o café Cazengo, que tem sido comercializado nos Estados Unidos, e acreditamos que existem outras marcas de café em Angola com o mesmo potencial. Temos como parceiro o Governo angolano e apoiamos o plano da diversificação da economia, temos estado a juntar um dossiê de projectos viáveis, investidores fora da área do petróleo e gás, que querem injectar os seus recursos financeiras no país, mas não estão certos de onde fazê-lo”, explicou, e garantiu que “o bom do café é que, com exportação, pode garantir divisas para o país”.

Para a Presidente do Conselho Administrativo do Fundo de Desenvolvimento do Café em Angola (FDCA), Sara Bravo, não havendo fundos, a produção de café é muito dificultada, mas afirma está e “tem que ser feito”, apesar dos poucos recursos existentes.

Entretanto, lamentou que o valor de produção regista-se em 7500 toneladas anuais, um número muito baixo, comparado aos anos anteriores à independência, e referiu que, do ponto de vista de contribuição ao Orçamento Geral do Estado, a produção é de igual forma ínfima, sendo que a arrecadação das receitas fica em menos de um milhão de dólares.

Dentre as principais dificuldades que o sector enfrenta, informou, destacam-se a falta de insumos, instrumentos de trabalho, pouca mecanização e a falta de adubos.

Adiante, Jorge Lutuima, director de Empresas e Instituições do BAI, fez saber no entanto que aquele banco já começou a apoiar a produção nacional, particularmente no domínio do café, nas províncias do Cuanza Sul e Cuanza Norte, e da agricultura, e ainda dentro desta a hidroponia.

“Estamos disponíveis a apoiar o sector do café, desde que as empresas nos tragam projectos economicamente viáveis e demonstrem que já estão a produzir, para que as possamos ajudar a aumentar a sua capacidade de produção, desde que mostrem condições de exportar e vender localmente”, manifestou, e relevou que o BAI é parceiro da produção nacional, e neste sentido, quanto mais fomento houver para a produção nacional, melhor para a instituição, “porque é uma forma de reduzir a dependência externa”.

 

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