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França e Angola unem-se para digitalizar o património arqueológico angolano

França e Angola unem-se para digitalizar o património arqueológico angolano
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A arqueologia angolana vai ganhar nova vida e agora em formato digital. A Embaixada de França em Angola apresenta esta terça-feira, 20 de Maio, no Centro de Ciência de Luanda, o projecto DIG-ARQ (Digitalização, Patrimonialização e Acessibilidade da Arqueologia Nacional), uma iniciativa que pretende proteger e tornar acessível o património arqueológico de Angola, ameaçado pela urbanização e pelas alterações climáticas.

Mais do que um evento de apresentação, esta cerimónia marca também os 30 anos de cooperação científica entre França e Angola — um percurso feito de escavações, descobertas, formação e, agora, tecnologia de ponta.

O que é o DIG-ARQ?

O DIG-ARQ é um projecto nascido entre 2023 e 2025 com o apoio do Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros de França. A missão principal deste projecto é digitalizar e preservar sítios arqueológicos e colecções de valor histórico inestimável dentro do território angolano.

Desde o seu início, já foram digitalizadas colecções inteiras do Museu Nacional de Arqueologia (MNAB), incluindo achados em Lunda-Norte, Dungo (Benguela) e Mormolo (Cuanza-Sul). Também foram criados modelos em 3D de sítios que se encontram em risco, como:

* Caculo Cabaça, localizado na província do Cuanza-Norte, que corre o risco de ser submerso por uma barragem em fase de construção;

* Ndalambiri, localizado na província do Cuanza-Sul, município do Ebo — um sítio especial com vestígios tanto da Idade da Pedra Final como da Idade do Ferro, essencial para compreender a evolução dos povos que habitaram estas terras.

Por que é isto importante?

Este trabalho não serve apenas para arquivar informação: ele garante que a história de Angola não se perca. Num contexto em que muitos destes locais estão ameaçados pelo crescimento urbano ou pelas mudanças climáticas, digitalizar é, acima de tudo, preservar.

Além disso, o DIG-ARQ pretende que este conhecimento não fique reservado apenas aos investigadores. A ideia é torná-lo acessível ao público, principalmente aos jovens, através de plataformas digitais, museus virtuais e materiais educativos.

Uma parceria com futuro

Este projecto é fruto directo da parceria entre investigadores angolanos e franceses, com apoio institucional tanto da parte angolana (através do Instituto Nacional do Património Cultural), como da parte francesa. É uma demonstração clara de que a ciência e a cultura podem caminhar de mãos dadas na protecção da nossa identidade.

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

A arqueologia angolana vai ganhar nova vida e agora em formato digital. A Embaixada de França em Angola apresenta esta terça-feira, 20 de Maio, no Centro de Ciência de Luanda, o projecto DIG-ARQ (Digitalização, Patrimonialização e Acessibilidade da Arqueologia Nacional), uma iniciativa que pretende proteger e tornar acessível o património arqueológico de Angola, ameaçado pela urbanização e pelas alterações climáticas.

Mais do que um evento de apresentação, esta cerimónia marca também os 30 anos de cooperação científica entre França e Angola — um percurso feito de escavações, descobertas, formação e, agora, tecnologia de ponta.

O que é o DIG-ARQ?

O DIG-ARQ é um projecto nascido entre 2023 e 2025 com o apoio do Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros de França. A missão principal deste projecto é digitalizar e preservar sítios arqueológicos e colecções de valor histórico inestimável dentro do território angolano.

Desde o seu início, já foram digitalizadas colecções inteiras do Museu Nacional de Arqueologia (MNAB), incluindo achados em Lunda-Norte, Dungo (Benguela) e Mormolo (Cuanza-Sul). Também foram criados modelos em 3D de sítios que se encontram em risco, como:

* Caculo Cabaça, localizado na província do Cuanza-Norte, que corre o risco de ser submerso por uma barragem em fase de construção;

* Ndalambiri, localizado na província do Cuanza-Sul, município do Ebo — um sítio especial com vestígios tanto da Idade da Pedra Final como da Idade do Ferro, essencial para compreender a evolução dos povos que habitaram estas terras.

Por que é isto importante?

Este trabalho não serve apenas para arquivar informação: ele garante que a história de Angola não se perca. Num contexto em que muitos destes locais estão ameaçados pelo crescimento urbano ou pelas mudanças climáticas, digitalizar é, acima de tudo, preservar.

Além disso, o DIG-ARQ pretende que este conhecimento não fique reservado apenas aos investigadores. A ideia é torná-lo acessível ao público, principalmente aos jovens, através de plataformas digitais, museus virtuais e materiais educativos.

Uma parceria com futuro

Este projecto é fruto directo da parceria entre investigadores angolanos e franceses, com apoio institucional tanto da parte angolana (através do Instituto Nacional do Património Cultural), como da parte francesa. É uma demonstração clara de que a ciência e a cultura podem caminhar de mãos dadas na protecção da nossa identidade.

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