A independência jornalística depende de um sindicato forte, uma classe cientificamente abalizada e melhor remuneração.
Membros do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e a sociedade em geral reuniram-se, em finais de Março, num encontro de reflexão sobre a independência e a condição social dos jornalistas.
O acto teve lugar na União dos Escritores Angolanos, em Luanda. Segundo Avelino Miguel, membro fundador e Primeiro Secretário do SJA "é responsabilidade do Estado angolano velar pela situação salarial do profissional da comunicação social". Em entrevista ao ONgoma, afirmou ainda que "os jornalistas ganham mal", daí que “é necessário que se faça um esforço para que se tenha um profissional que seja capaz de reportar melhor os acontecimentos com responsabilidade e objectividade, garantir uma informação credível e que possa participar de uma forma activa no desenvolvimento da democracia angolana”.
Neste caso, continuou, “é preciso que o Ministério da Comunicação Social, em colaboração com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), e outras associações profissionais, discuta sobre a criação de um estatuto especial porque no momento não é satisfatória a remuneração que os jornalistas auferem”.
Já Felisberto da Costa (Kajim Ban-Gala), jornalista angolano, membro fundador da União dos Jornalistas Angolanos (UJA), defendeu que " o jornalismo não é uma profissão qualquer", tendo referido também que "a dignidade do jornalista não deve passar apenas por auferir um salário e depender dele todos os meses”, mas deve-se “reflectir sobre a criação de uma caixa de auxílio aos jornalistas e exigir do Estado um plano de saúde por causa da sua constante mobilidade, para fortalecer a classe".
“Não podemos continuar a assistir a alguns órgãos de comunicação social, quer públicos, quer privados, com atitudes que não dignificam a relação jurídico-laboral, tal como está plasmado na lei geral do Trabalho, por exemplo, não remuneração das horas extras”.
Por sua vez, o jornalista Reginaldo Silva diz que em relação à questão da independência e da condição social do jornalista, o mais aceitável seria a criação de um modelo de auto gestão mediática, em que existem empresas que sejam apenas dominadas por jornalista.
Para o profissional, "é na media pública onde surgem os grandes problemas relacionados à independência jornalística, pelo facto da mesma estar condicionada a determinados tipos de estratégias”. Ademais, acrescentou, “a independência do jornalismo começa pelo conhecimento, pela formação académica e profissional na área. Portanto, sem a formação não será possível atingir os níveis de excelência que se pretende”.
Hoje, 03 de Maio, comemora-se o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, com o fim de promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa, entre outros aspectos.
Segundo o jornal O País online, para os sindicatos da classe jornalística, neste novo ciclo político que Angola vive, na sequência da eleição do novo Presidente da República, João Lourenço, regista-se na imprensa, sobretudo na pública, uma ‘ligeira’ abertura, em termos de diversidade de opinião e no exercício do princípio do contraditório. Entretanto, cita a fonte, o quadro ainda não satisfaz as reais necessidades que o contexto impõe. O MISA Angola, uma das mais influentes organizações de defesa da liberdade de imprensa na África Austral, considera que o alcance da Liberdade de Imprensa em Angola só será possível por via da revogação da actual legislação aprovada pelo anterior parlamento à vontade do Chefe do Executivo.
A independência jornalística depende de um sindicato forte, uma classe cientificamente abalizada e melhor remuneração.
Membros do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e a sociedade em geral reuniram-se, em finais de Março, num encontro de reflexão sobre a independência e a condição social dos jornalistas.
O acto teve lugar na União dos Escritores Angolanos, em Luanda. Segundo Avelino Miguel, membro fundador e Primeiro Secretário do SJA "é responsabilidade do Estado angolano velar pela situação salarial do profissional da comunicação social". Em entrevista ao ONgoma, afirmou ainda que "os jornalistas ganham mal", daí que “é necessário que se faça um esforço para que se tenha um profissional que seja capaz de reportar melhor os acontecimentos com responsabilidade e objectividade, garantir uma informação credível e que possa participar de uma forma activa no desenvolvimento da democracia angolana”.
Neste caso, continuou, “é preciso que o Ministério da Comunicação Social, em colaboração com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), e outras associações profissionais, discuta sobre a criação de um estatuto especial porque no momento não é satisfatória a remuneração que os jornalistas auferem”.
Já Felisberto da Costa (Kajim Ban-Gala), jornalista angolano, membro fundador da União dos Jornalistas Angolanos (UJA), defendeu que " o jornalismo não é uma profissão qualquer", tendo referido também que "a dignidade do jornalista não deve passar apenas por auferir um salário e depender dele todos os meses”, mas deve-se “reflectir sobre a criação de uma caixa de auxílio aos jornalistas e exigir do Estado um plano de saúde por causa da sua constante mobilidade, para fortalecer a classe".
“Não podemos continuar a assistir a alguns órgãos de comunicação social, quer públicos, quer privados, com atitudes que não dignificam a relação jurídico-laboral, tal como está plasmado na lei geral do Trabalho, por exemplo, não remuneração das horas extras”.
Por sua vez, o jornalista Reginaldo Silva diz que em relação à questão da independência e da condição social do jornalista, o mais aceitável seria a criação de um modelo de auto gestão mediática, em que existem empresas que sejam apenas dominadas por jornalista.
Para o profissional, "é na media pública onde surgem os grandes problemas relacionados à independência jornalística, pelo facto da mesma estar condicionada a determinados tipos de estratégias”. Ademais, acrescentou, “a independência do jornalismo começa pelo conhecimento, pela formação académica e profissional na área. Portanto, sem a formação não será possível atingir os níveis de excelência que se pretende”.
Hoje, 03 de Maio, comemora-se o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, com o fim de promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa, entre outros aspectos.
Segundo o jornal O País online, para os sindicatos da classe jornalística, neste novo ciclo político que Angola vive, na sequência da eleição do novo Presidente da República, João Lourenço, regista-se na imprensa, sobretudo na pública, uma ‘ligeira’ abertura, em termos de diversidade de opinião e no exercício do princípio do contraditório. Entretanto, cita a fonte, o quadro ainda não satisfaz as reais necessidades que o contexto impõe. O MISA Angola, uma das mais influentes organizações de defesa da liberdade de imprensa na África Austral, considera que o alcance da Liberdade de Imprensa em Angola só será possível por via da revogação da actual legislação aprovada pelo anterior parlamento à vontade do Chefe do Executivo.