Caneta e Papel

Morrer no vôo, o que não nos contam...

Morrer no vôo, o que não nos contam...
Foto por:
vídeo por:
DR

Voar nem sempre é luxo, pelo contrário, pode revelar o calvário para uma família expectante. Como qualquer transporte, os aviões podem representar perigo à nossa  saúde. Bem recentemente, ainda com lágrimas, Angola chora a empresária Áuria Machado, a rainha dos porcos, após passar mal no vôo com destino a Lisboa, oh maldita morte! Roubou-nos uma pessoa que, mesmo não a conhecendo, nas suas palavras, discorria ternura. Ainda que seja insignificante, um forte abraço à família.  

Uma viagem é sempre uma odisseia. A euforia de aterrar no destino fica presa na garganta, o mau presságio fica escondido no coração taquicárdico, o vôo suspenso no ar, parece que o relógio se torna vagaroso. Repito, voar nem sempre representa luxo, luxo é regressar à casa com saúde e abraçar a família.

Segundo a empresa Medaire, em 2013, realizou-se 28.866 atendimentos médicos, com 79 atendimentos por dia e cerca de 100 mortos. Viajar de avião pode causar vários efeitos no organismo, isto, devido à mudança de pressão, altitude e condições ambientais.  

A desidratação ocorre devido à baixa umidade do ar. Por esta razão, beber água durante a viagem é uma opção consciente. O inchaço nas pernas e pés surge devido à imobilidade prolongada e a pressão reduzida  gera má circulação sanguínea. Pessoas com distúrbios circulatórios como aterosclerose,  varizes e trombose venosa profunda têm de se certificar a partir do médico que estão aptos para uma viagem longa.

Pessoas com problemas respiratórios podem agudizar o seu quadro, a baixa humidade pode agravar condições como sinusite ou asma. Ficar 7 horas ou mais, de certeza, aumenta o risco de trombose venosa profunda, por causa da imobilidade, especialmente, em pessoas com predisposição. Os vôos longos podem aumentar a exposição à radiação cósmica. Isto ninguém te conta, mas é uma verdade. O jet lag ocorre devido à mudança de fuso horário que pode causar desregulação do relógio biológico, levando a sintomas como cansaço, náuseas e diarreia. Para quem viaja muito, conhece este fenómeno.

Há quem viaja em busca da saúde. Inesperadamente, houve muitos casos de pesssoas que descobriram doenças durante a viagem. Uns, amargamente, encontraram a morte antes de aterrarem no seu destino. Embora uma viagem de vôo possa representar riscos, existem algumas medidas que ajudam a diminuir moléstias. Para minimizar esses efeitos, é recomendado:

- Beber água regularmente durante o vôo

- Mover-se regularmente para evitar a imobilidade prolongada

- Usar meias de compressão para melhorar a circulação

- Evitar alimentos que causam gases antes e durante o vôo

- Mascar pastilhas ou bocejar para aliviar a dor nos ouvidos

Apesar das medidas tomadas, a reflexão que é levantada é a seguinte: será que existe uma equipa médica ou de paramédicos capazes de reverter uma condição grave de saúde? A morte é um inimigo silencioso, claro, um destino que todos, mais tarde ou mais cedo, conheceremos. Porém, tenho a plena certeza que uma equipa treinada pode dar resposta a muitas situações que terminam em fatalidade. Os nossos vôos têm mesmo médicos a bordo?

6galeria

Edgar Seque

Médico

Edgar Seque é um Interno de Pediatria, licenciado em Medicina pela UPRA desde 2019. Com 3 anos de experiência profissional, é aficionado pela sua área de actuação, sempre em busca de novos desafios e melhoria das suas aptidões. Apaixonado pela escrita do gênero poesia, crónica, ficção e reflexões motivacionais, é apreciador da natureza e dos fenómenos da vida, dedicando-se em tempos livres no ensino por meio de palestras motivacionais e educação para saúde.

Voar nem sempre é luxo, pelo contrário, pode revelar o calvário para uma família expectante. Como qualquer transporte, os aviões podem representar perigo à nossa  saúde. Bem recentemente, ainda com lágrimas, Angola chora a empresária Áuria Machado, a rainha dos porcos, após passar mal no vôo com destino a Lisboa, oh maldita morte! Roubou-nos uma pessoa que, mesmo não a conhecendo, nas suas palavras, discorria ternura. Ainda que seja insignificante, um forte abraço à família.  

Uma viagem é sempre uma odisseia. A euforia de aterrar no destino fica presa na garganta, o mau presságio fica escondido no coração taquicárdico, o vôo suspenso no ar, parece que o relógio se torna vagaroso. Repito, voar nem sempre representa luxo, luxo é regressar à casa com saúde e abraçar a família.

Segundo a empresa Medaire, em 2013, realizou-se 28.866 atendimentos médicos, com 79 atendimentos por dia e cerca de 100 mortos. Viajar de avião pode causar vários efeitos no organismo, isto, devido à mudança de pressão, altitude e condições ambientais.  

A desidratação ocorre devido à baixa umidade do ar. Por esta razão, beber água durante a viagem é uma opção consciente. O inchaço nas pernas e pés surge devido à imobilidade prolongada e a pressão reduzida  gera má circulação sanguínea. Pessoas com distúrbios circulatórios como aterosclerose,  varizes e trombose venosa profunda têm de se certificar a partir do médico que estão aptos para uma viagem longa.

Pessoas com problemas respiratórios podem agudizar o seu quadro, a baixa humidade pode agravar condições como sinusite ou asma. Ficar 7 horas ou mais, de certeza, aumenta o risco de trombose venosa profunda, por causa da imobilidade, especialmente, em pessoas com predisposição. Os vôos longos podem aumentar a exposição à radiação cósmica. Isto ninguém te conta, mas é uma verdade. O jet lag ocorre devido à mudança de fuso horário que pode causar desregulação do relógio biológico, levando a sintomas como cansaço, náuseas e diarreia. Para quem viaja muito, conhece este fenómeno.

Há quem viaja em busca da saúde. Inesperadamente, houve muitos casos de pesssoas que descobriram doenças durante a viagem. Uns, amargamente, encontraram a morte antes de aterrarem no seu destino. Embora uma viagem de vôo possa representar riscos, existem algumas medidas que ajudam a diminuir moléstias. Para minimizar esses efeitos, é recomendado:

- Beber água regularmente durante o vôo

- Mover-se regularmente para evitar a imobilidade prolongada

- Usar meias de compressão para melhorar a circulação

- Evitar alimentos que causam gases antes e durante o vôo

- Mascar pastilhas ou bocejar para aliviar a dor nos ouvidos

Apesar das medidas tomadas, a reflexão que é levantada é a seguinte: será que existe uma equipa médica ou de paramédicos capazes de reverter uma condição grave de saúde? A morte é um inimigo silencioso, claro, um destino que todos, mais tarde ou mais cedo, conheceremos. Porém, tenho a plena certeza que uma equipa treinada pode dar resposta a muitas situações que terminam em fatalidade. Os nossos vôos têm mesmo médicos a bordo?

Edgar Seque

Médico

Edgar Seque é um Interno de Pediatria, licenciado em Medicina pela UPRA desde 2019. Com 3 anos de experiência profissional, é aficionado pela sua área de actuação, sempre em busca de novos desafios e melhoria das suas aptidões. Apaixonado pela escrita do gênero poesia, crónica, ficção e reflexões motivacionais, é apreciador da natureza e dos fenómenos da vida, dedicando-se em tempos livres no ensino por meio de palestras motivacionais e educação para saúde.

6galeria

Artigos relacionados

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form