%20(1).jpg)
Cazombo, no Moxico Leste, vive um momento decisivo na sua história: entrou em operação o maior parque fotovoltaico autónomo da África Subsaariana, uma infraestrutura que assegura, pela primeira vez, electricidade contínua a uma comunidade de mais de 130 mil habitantes. Situado a mais de 1.500 quilómetros de Luanda, o novo sistema solar marca o início de uma profunda transformação energética numa das regiões mais isoladas do país.
Construído pelo Grupo MCA, o projecto combina mais de 40 mil painéis solares, um sistema avançado de baterias e tecnologia Blackstart, que permite o arranque automático em caso de falhas, garantindo estabilidade mesmo em cenários críticos. Com 25,40 MWp de potência e 75,26 MWh de armazenamento, a central substitui integralmente os geradores a gasóleo — até hoje a única fonte de energia para muitas localidades rurais — e permitirá poupar cerca de 10 milhões de litros de combustível por ano, evitando igualmente a emissão de 37 mil toneladas de dióxido de carbono.
A inauguração contou com a presença do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que classificou o projecto como “um marco histórico” para o Moxico Leste e para Angola. Para o governante, a obra representa “progresso, inclusão e independência energética”, num território onde as deslocações por estrada podem ultrapassar um dia devido à falta de vias pavimentadas.
Para Manuel Couto Alves, chairman do Grupo MCA, a entrada em funcionamento da central demonstra a capacidade de adaptação tecnológica às realidades locais e o impacto directo na vida da população: “Ver as casas iluminadas com energia verde é testemunhar uma mudança profunda na qualidade de vida das pessoas”.
O projecto insere-se no Plano de Electrificação Rural, iniciado em 2023 e com conclusão prevista para 2026, que envolve o Governo angolano, o Grupo MCA e um consórcio financeiro liderado pelo Commerzbank AG, com garantia da ECA alemã Euler Hermes. No total, o programa prevê 46 mini-redes solares isoladas, 256 MWp de potência fotovoltaica, 595 MWh de armazenamento e mais de 202 mil ligações domiciliares, beneficiando mais de um milhão de pessoas em 60 comunas.
Em Cazombo, município com cerca de 411 mil habitantes e capital da nova província do Moxico Leste, já foram instaladas 12 das 16 mil ligações previstas, três mil das quais já activas. A obra gerou mais de 300 empregos e abre caminho a novos investimentos, desde a agricultura à indústria, segundo o governador Crispiniano dos Santos.
A intervenção no sector energético complementa-se com o projecto de captação e tratamento de água a partir do rio Zambeze, também a cargo da MCA, que deverá estar concluído até Julho de 2027. Este investimento integra um plano mais amplo de abastecimento de água em cinco províncias, avaliado em 870 milhões de euros.
Com a entrada em operação da nova central solar, o Moxico Leste dá um passo decisivo para um modelo energético sustentável, com impacto directo no desenvolvimento económico e na qualidade de vida de centenas de milhares de angolanos.
Cazombo, no Moxico Leste, vive um momento decisivo na sua história: entrou em operação o maior parque fotovoltaico autónomo da África Subsaariana, uma infraestrutura que assegura, pela primeira vez, electricidade contínua a uma comunidade de mais de 130 mil habitantes. Situado a mais de 1.500 quilómetros de Luanda, o novo sistema solar marca o início de uma profunda transformação energética numa das regiões mais isoladas do país.
Construído pelo Grupo MCA, o projecto combina mais de 40 mil painéis solares, um sistema avançado de baterias e tecnologia Blackstart, que permite o arranque automático em caso de falhas, garantindo estabilidade mesmo em cenários críticos. Com 25,40 MWp de potência e 75,26 MWh de armazenamento, a central substitui integralmente os geradores a gasóleo — até hoje a única fonte de energia para muitas localidades rurais — e permitirá poupar cerca de 10 milhões de litros de combustível por ano, evitando igualmente a emissão de 37 mil toneladas de dióxido de carbono.
A inauguração contou com a presença do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que classificou o projecto como “um marco histórico” para o Moxico Leste e para Angola. Para o governante, a obra representa “progresso, inclusão e independência energética”, num território onde as deslocações por estrada podem ultrapassar um dia devido à falta de vias pavimentadas.
Para Manuel Couto Alves, chairman do Grupo MCA, a entrada em funcionamento da central demonstra a capacidade de adaptação tecnológica às realidades locais e o impacto directo na vida da população: “Ver as casas iluminadas com energia verde é testemunhar uma mudança profunda na qualidade de vida das pessoas”.
O projecto insere-se no Plano de Electrificação Rural, iniciado em 2023 e com conclusão prevista para 2026, que envolve o Governo angolano, o Grupo MCA e um consórcio financeiro liderado pelo Commerzbank AG, com garantia da ECA alemã Euler Hermes. No total, o programa prevê 46 mini-redes solares isoladas, 256 MWp de potência fotovoltaica, 595 MWh de armazenamento e mais de 202 mil ligações domiciliares, beneficiando mais de um milhão de pessoas em 60 comunas.
Em Cazombo, município com cerca de 411 mil habitantes e capital da nova província do Moxico Leste, já foram instaladas 12 das 16 mil ligações previstas, três mil das quais já activas. A obra gerou mais de 300 empregos e abre caminho a novos investimentos, desde a agricultura à indústria, segundo o governador Crispiniano dos Santos.
A intervenção no sector energético complementa-se com o projecto de captação e tratamento de água a partir do rio Zambeze, também a cargo da MCA, que deverá estar concluído até Julho de 2027. Este investimento integra um plano mais amplo de abastecimento de água em cinco províncias, avaliado em 870 milhões de euros.
Com a entrada em operação da nova central solar, o Moxico Leste dá um passo decisivo para um modelo energético sustentável, com impacto directo no desenvolvimento económico e na qualidade de vida de centenas de milhares de angolanos.