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“Nós ainda estamos muito longe duma literacia digital”, afirmou Nádia Ribeiro

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Andrade Lino

A especialista em Regulamentação TMT (Tecnologias, Media e Telecomunicações) Nádia Ribeiro afirmou que Angola ainda está muito longe, “em termos gerais”, duma literacia digital, tendo asseverado que, “hoje em dia, saber questões de segurança digital é tão fundamental como saber ler ou ter noção de finanças, mas ainda não ganhamos essa consciência a nível geral”.

Falando ao ONgoma News, por ocasião do primeiro “Cyber Secur Summit”, realizado pela empresa Cyber Secur, decorrido na semana passada, no Hotel Epic Sana, onde foi oradora, a também fundadora e mentora do Instituto de Luanda declarou que a cultura de protecção e privacidade deve começar no indivíduo.

“A nível individual, temos que ter noção do que significa privacidade, a nossa e a dos outros. Não praticamos a segurança dos nossos dispositivos. Quando chega a actualização dum software, simplesmente ignoramos, não sabendo que tal actualização pode conter correcções de segurança e deixamos vulneráveis todos os dados pessoais que temos no dispositivo”, disse.

Nádia Ribeiro, que apresentou o tema “Construir uma cultura de protecção e privacidade”, continuou que “reclamamos privacidade, mas não adoptamos medidas que garantam efectivamente a privacidade duma informação, sendo que outra coisa que demonstra que não possuímos uma cultura de privacidade é a quantidade de informação que geramos indevidamente e postamos, não usando as plataformas de forma responsável”.

Além disso, reparou, está em conta a questão das palavras-chave, “o pouco cuidado que temos para criá-las, com engenharia social muito básica, fáceis de decifrar, dando acesso a elementos pessoais, que nos podem causar danos, como, por exemplo, financeiros”.  

Por outro lado, a especialista defendeu que as empresas têm que promover treinamentos e consciencialização em matérias de cybersegurança para os seus colaboradores, “porque muitas vezes não temos noção do rasto e da impressão digital que deixamos. É preciso ter esse cuidado no local de trabalho, levar isso para casa e praticar regularmente”.

Em suma, finalizou, “o primeiro passo para criarmos uma cultura de privacidade é darmos relevância à privacidade”.

Por sua vez, Hélio Pereira, director-geral da Cyber Secur, declarou que Angola não é um país culturalmente ligado à matéria de privacidade e protecção de dados. “Infelizmente, aqui, se alguém souber que você tem uma casa no Talatona, Angola toda vai saber. As notícias são disseminadas de uma maneira muito exagerada, pois as pessoas não sabem primeiro o que é internet, e depois não sabem o que fazer na internet”, lamentou.

Ademais, o responsável disse que a super-exposição das pessoas é a grande causa disso, “porque as pessoas postam até o que não deveriam, e o hoje os dados são o grande poder das pessoas”.  

O “Cyber Secur Summit” é um evento que visa abordar toda problemática envolvendo a cybersegurança em Angola, num gesto de desmistificar ou disseminar conhecimentos sobre perícia digital, investigação corporativa, crimes informáticos e direitos digitais, tendo reunido, nessa primeira edição, empresas dos sectores petrolífero e bancário, além de outros.  

Há dois anos no mercado, a Cyber Secur é uma empresa de estratégia de defesa cybernética, que actua no campo da investigação, perícia e prevenção de ataques cybernéticos, tendo como interesse máximo proteger negócios.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A especialista em Regulamentação TMT (Tecnologias, Media e Telecomunicações) Nádia Ribeiro afirmou que Angola ainda está muito longe, “em termos gerais”, duma literacia digital, tendo asseverado que, “hoje em dia, saber questões de segurança digital é tão fundamental como saber ler ou ter noção de finanças, mas ainda não ganhamos essa consciência a nível geral”.

Falando ao ONgoma News, por ocasião do primeiro “Cyber Secur Summit”, realizado pela empresa Cyber Secur, decorrido na semana passada, no Hotel Epic Sana, onde foi oradora, a também fundadora e mentora do Instituto de Luanda declarou que a cultura de protecção e privacidade deve começar no indivíduo.

“A nível individual, temos que ter noção do que significa privacidade, a nossa e a dos outros. Não praticamos a segurança dos nossos dispositivos. Quando chega a actualização dum software, simplesmente ignoramos, não sabendo que tal actualização pode conter correcções de segurança e deixamos vulneráveis todos os dados pessoais que temos no dispositivo”, disse.

Nádia Ribeiro, que apresentou o tema “Construir uma cultura de protecção e privacidade”, continuou que “reclamamos privacidade, mas não adoptamos medidas que garantam efectivamente a privacidade duma informação, sendo que outra coisa que demonstra que não possuímos uma cultura de privacidade é a quantidade de informação que geramos indevidamente e postamos, não usando as plataformas de forma responsável”.

Além disso, reparou, está em conta a questão das palavras-chave, “o pouco cuidado que temos para criá-las, com engenharia social muito básica, fáceis de decifrar, dando acesso a elementos pessoais, que nos podem causar danos, como, por exemplo, financeiros”.  

Por outro lado, a especialista defendeu que as empresas têm que promover treinamentos e consciencialização em matérias de cybersegurança para os seus colaboradores, “porque muitas vezes não temos noção do rasto e da impressão digital que deixamos. É preciso ter esse cuidado no local de trabalho, levar isso para casa e praticar regularmente”.

Em suma, finalizou, “o primeiro passo para criarmos uma cultura de privacidade é darmos relevância à privacidade”.

Por sua vez, Hélio Pereira, director-geral da Cyber Secur, declarou que Angola não é um país culturalmente ligado à matéria de privacidade e protecção de dados. “Infelizmente, aqui, se alguém souber que você tem uma casa no Talatona, Angola toda vai saber. As notícias são disseminadas de uma maneira muito exagerada, pois as pessoas não sabem primeiro o que é internet, e depois não sabem o que fazer na internet”, lamentou.

Ademais, o responsável disse que a super-exposição das pessoas é a grande causa disso, “porque as pessoas postam até o que não deveriam, e o hoje os dados são o grande poder das pessoas”.  

O “Cyber Secur Summit” é um evento que visa abordar toda problemática envolvendo a cybersegurança em Angola, num gesto de desmistificar ou disseminar conhecimentos sobre perícia digital, investigação corporativa, crimes informáticos e direitos digitais, tendo reunido, nessa primeira edição, empresas dos sectores petrolífero e bancário, além de outros.  

Há dois anos no mercado, a Cyber Secur é uma empresa de estratégia de defesa cybernética, que actua no campo da investigação, perícia e prevenção de ataques cybernéticos, tendo como interesse máximo proteger negócios.

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