O coordenador do Departamento de Negociação da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), Raúl Diniz, aconselhou que, para quem pretende entrar em bolsa, é necessário que tenha um pouco mais do que a ideia, “é recomendável que esteja já quase que preparado para jogar”.
O responsável, que foi comentarista no debate sobre “A transição dos serviços de actividade da banca de investimento para as correctoras”, promovido pelo Clube da Micha, no mês passado, na Academia BAI, fez uma analogia onde a bolsa de valores é a Liga dos Campeões e dentro dela há uma liga mais reduzida, “que é a Liga Europa”. “Mas eu para jogar na Liga Europa, não posso chegar sem equipamentos. Ah não, não tenho nada, mas quero jogar. Por quê? Porque pode defraudar o investidor”, alertou.
Raúl Diniz fazia uma análise de que as pequenas e médias empresas podem emitir dívida, que é emitir obrigações, mas também podem abrir capital social, onde elas podem convidar novos accionistas. “Se nós repararmos, antigamente, eu ligava para duas a três pessoas, a perguntar se querem ser sócias e que preciso aqui de capital. Hoje tenho uma empresa, tenho um negócio, tenho uma estratégia, tenho uma visão, posso abrir o capital dessa minha empresa e todos os investidores do mercado angolano podem pôr um bocadinho nesta empresa, fazendo com que eu tenha quase que acesso ilimitado aos recursos”, disse, tendo explicado que o montante do auto-financiamento “tem de ser algo relevante” para que justifique todos os custos a ter até chegar à fase da admissão à negociação, a roadshows que são necessários junto dos investidores, “o processo de publicidade, de auditoria das contas e todo o processo de elaboração de um estudo de viabilidade, algo fundamentado e que se justifique fazer então a emissão de dívida”.
Essa declaração surge ainda a propósito de como vê a transição dos serviços da banca para as instituições que habitualmente têm vindo a recorrer ao crédito bancário puro, e que agora têm esta alternativa, quando lembrou que “no ano de 2018 a BODIVA tinha uma emissão, na altura de um banco comercial de obrigações, que era o Standard Bank Angola. O SBA percebeu que podia financiar-se no mercado de capitais com uma taxa de 17%, e na altura a taxa que o Estado angolano oferecia era de 16%, tendo o banco oferecido uma taxa superior”.
Com isso, esclareceu que, para se fazer um investimento, deve-se perceber qual é o risco que existe, e quanto maior for o risco, maior vai ser o retorno exigido. “Logo, se eu que quero emitir empresa privada ou banco, devo oferecer um prémio em relação ao produto mais seguro que existe, que são as obrigações de tesouro emitidas pelo Estado. Portanto, nós, BODIVA, fizemos também a flexibilização do nosso quadro regulatório, não só para as empresas grandes, nomeadamente BAI, BCGA e todas as outras que estão na lista de privatizações de Angola, como ENSA, BFA, a UNITEL, mas há também um segmento que é de pequenas e médias empresas mais flexibilizado, com recursos mais reduzidos e com processos de emissão também mais fáceis”, fez saber o gestor, garantindo que “isso faz com que todas as pequenas e médias empresas do país possam observar o prospecto que a CMC, neste caso, como regulador deve exigir, programa que diz, basicamente, que a empresa deve ter um plano de negócios, olhar para a frente e contas auditadas, “olhar para trás e para convencer quem vai investir nessa empresa”, entre outras coisas, segundo o convidado.
No entanto, com a transição de serviços supracitada, observou o rosto da BODIVA, as corretoras e distribuidoras serão entidades especializadas e úteis nas negociações no mercado de capitais, o que irá acontecer num futuro mais breve com qualquer investidor que através do seu computador e/ou telemóvel consiga colocar uma ordem no mercado, com mais facilidade, agilidade e inovação.
Raúl afirmou acreditar ainda que há oportunidades existentes no mercado e instrumentos a serem negociados, para colocar a ordem no processo de transmissão junto dos bancos comerciais, aplicativos móveis que permitem colocar a ordem em tempo real.
Argumentou, adiante, que na altura da COVID-19 sentiu que os investidores, por não poderem sair de casa, por terem dificuldade o acesso a outras oportunidades, começaram a recorrer a informações que a BODIVA na altura promovia através das redes sociais, tendo sublinhado que foi em Agosto de 2020 que a BODIVA bateu o primeiro recorde de negociação, e depois foi ultrapassado em Junho do ano em curso, e que isso permitiu então que o volume de negociação tivesse aumentado.
Para o ocorrido houve dois factores principais, sendo um deles o facto de as taxas de juros do Estado como emitente principal dos instrumentos negociados em bolsa terem sido atractivas, quando comparados com os depósitos a prazos oferecidos pelos bancos comerciais, e a função da percepção dos investidores de que os títulos de dívida pública tinham rentabilidades superiores a outros instrumentos financeiros, nomeadamente, dos depósitos a prazo.
O coordenador do Departamento de Negociação da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), Raúl Diniz, aconselhou que, para quem pretende entrar em bolsa, é necessário que tenha um pouco mais do que a ideia, “é recomendável que esteja já quase que preparado para jogar”.
O responsável, que foi comentarista no debate sobre “A transição dos serviços de actividade da banca de investimento para as correctoras”, promovido pelo Clube da Micha, no mês passado, na Academia BAI, fez uma analogia onde a bolsa de valores é a Liga dos Campeões e dentro dela há uma liga mais reduzida, “que é a Liga Europa”. “Mas eu para jogar na Liga Europa, não posso chegar sem equipamentos. Ah não, não tenho nada, mas quero jogar. Por quê? Porque pode defraudar o investidor”, alertou.
Raúl Diniz fazia uma análise de que as pequenas e médias empresas podem emitir dívida, que é emitir obrigações, mas também podem abrir capital social, onde elas podem convidar novos accionistas. “Se nós repararmos, antigamente, eu ligava para duas a três pessoas, a perguntar se querem ser sócias e que preciso aqui de capital. Hoje tenho uma empresa, tenho um negócio, tenho uma estratégia, tenho uma visão, posso abrir o capital dessa minha empresa e todos os investidores do mercado angolano podem pôr um bocadinho nesta empresa, fazendo com que eu tenha quase que acesso ilimitado aos recursos”, disse, tendo explicado que o montante do auto-financiamento “tem de ser algo relevante” para que justifique todos os custos a ter até chegar à fase da admissão à negociação, a roadshows que são necessários junto dos investidores, “o processo de publicidade, de auditoria das contas e todo o processo de elaboração de um estudo de viabilidade, algo fundamentado e que se justifique fazer então a emissão de dívida”.
Essa declaração surge ainda a propósito de como vê a transição dos serviços da banca para as instituições que habitualmente têm vindo a recorrer ao crédito bancário puro, e que agora têm esta alternativa, quando lembrou que “no ano de 2018 a BODIVA tinha uma emissão, na altura de um banco comercial de obrigações, que era o Standard Bank Angola. O SBA percebeu que podia financiar-se no mercado de capitais com uma taxa de 17%, e na altura a taxa que o Estado angolano oferecia era de 16%, tendo o banco oferecido uma taxa superior”.
Com isso, esclareceu que, para se fazer um investimento, deve-se perceber qual é o risco que existe, e quanto maior for o risco, maior vai ser o retorno exigido. “Logo, se eu que quero emitir empresa privada ou banco, devo oferecer um prémio em relação ao produto mais seguro que existe, que são as obrigações de tesouro emitidas pelo Estado. Portanto, nós, BODIVA, fizemos também a flexibilização do nosso quadro regulatório, não só para as empresas grandes, nomeadamente BAI, BCGA e todas as outras que estão na lista de privatizações de Angola, como ENSA, BFA, a UNITEL, mas há também um segmento que é de pequenas e médias empresas mais flexibilizado, com recursos mais reduzidos e com processos de emissão também mais fáceis”, fez saber o gestor, garantindo que “isso faz com que todas as pequenas e médias empresas do país possam observar o prospecto que a CMC, neste caso, como regulador deve exigir, programa que diz, basicamente, que a empresa deve ter um plano de negócios, olhar para a frente e contas auditadas, “olhar para trás e para convencer quem vai investir nessa empresa”, entre outras coisas, segundo o convidado.
No entanto, com a transição de serviços supracitada, observou o rosto da BODIVA, as corretoras e distribuidoras serão entidades especializadas e úteis nas negociações no mercado de capitais, o que irá acontecer num futuro mais breve com qualquer investidor que através do seu computador e/ou telemóvel consiga colocar uma ordem no mercado, com mais facilidade, agilidade e inovação.
Raúl afirmou acreditar ainda que há oportunidades existentes no mercado e instrumentos a serem negociados, para colocar a ordem no processo de transmissão junto dos bancos comerciais, aplicativos móveis que permitem colocar a ordem em tempo real.
Argumentou, adiante, que na altura da COVID-19 sentiu que os investidores, por não poderem sair de casa, por terem dificuldade o acesso a outras oportunidades, começaram a recorrer a informações que a BODIVA na altura promovia através das redes sociais, tendo sublinhado que foi em Agosto de 2020 que a BODIVA bateu o primeiro recorde de negociação, e depois foi ultrapassado em Junho do ano em curso, e que isso permitiu então que o volume de negociação tivesse aumentado.
Para o ocorrido houve dois factores principais, sendo um deles o facto de as taxas de juros do Estado como emitente principal dos instrumentos negociados em bolsa terem sido atractivas, quando comparados com os depósitos a prazos oferecidos pelos bancos comerciais, e a função da percepção dos investidores de que os títulos de dívida pública tinham rentabilidades superiores a outros instrumentos financeiros, nomeadamente, dos depósitos a prazo.