Embora enalteça a implementação da “Operação Resgate”, iniciativa do Executivo angolano, desencadeada desde ontem, em todo o país, visando combater a venda ambulante, o crime e restituir a ordem pública, o presidente da “Associação Construindo Comunidades”, Padre Pio Wakussanga, questionou a sua eficácia, por pretender atacar os efeitos, ao invés das causas do problema.
O religioso católico afirmou que os objectivos desta operação são nobres, mas apelou, por outro lado, a que a mesma deva centrar-se num processo trabalhado de forma consensual, envolvendo toda a sociedade, pois entende que o país precisa de um consenso de resgate do que foi perdendo ao longo dos anos, tendo posto em causa a eficácia da operação por esta pretender atacar os efeitos ao invés das causas.
Referiu que a acção deveria ser reestruturada e reformulada quanto aos seus objectivos, e considera que os meios e efeitos da mesma podem ser discutidos, olhando-se para o grande fluxo de pessoas do interior que se refugiaram nas cidades em busca de melhores condições de vida, mesmo em período pós-guerra.
Neste contexto, considerou algumas causas a serem combatidas, nomeadamente o crescimento da taxa de desemprego, a falta de oportunidades nas zonas rurais, a elevada comunidade com mão-de- obra não qualificada.
A fonte, que falou ao jornal O País, sublinhou ainda que o facto de não se ter prevenido o processo da chegada de pessoas e a falta de uma orientação sobre os locais onde se pode e deve vender, fazendo uma dicotomia entre a economia formal e a economia informal, todos esses aspectos suscitam dúvidas em torno do sucesso da “Operação Resgate”.
Padre Pio referiu que a aposta na revitalização do sector privado e o investimento na agricultura familiar em zonas rurais constitui outra medida crucial a ser tomada, avançou que a agricultura familiar deve ser subvencionada pelo Estado, baixando os preços dos combustíveis, das sementes, das vacinas e maximizando a utilização da energia solar e eólica, o que, na sua opinião, irá solucionar muitos dos problemas que se vivem no interior e nos próprios centros urbanos, tendo defendido que, se se incentivar os jovens a apostarem na horticultura, criando mercados que absorvam a produção do interior para evitar que os produtos se estraguem, o que, consequentemente, tem desestimulado a produção, tal medida poderá impedir as pessoas de abandonarem o interior para se refugiarem nos centros urbanos.
“É preciso revitalizarmos os sectores e os campos de produção existentes no país, criando verdadeiras iniciativas de perímetros irrigados, mas não como aqueles que fracassaram. Devemos revitalizar o interior para servir de apoio às cidades”, salientou.
Embora enalteça a implementação da “Operação Resgate”, iniciativa do Executivo angolano, desencadeada desde ontem, em todo o país, visando combater a venda ambulante, o crime e restituir a ordem pública, o presidente da “Associação Construindo Comunidades”, Padre Pio Wakussanga, questionou a sua eficácia, por pretender atacar os efeitos, ao invés das causas do problema.
O religioso católico afirmou que os objectivos desta operação são nobres, mas apelou, por outro lado, a que a mesma deva centrar-se num processo trabalhado de forma consensual, envolvendo toda a sociedade, pois entende que o país precisa de um consenso de resgate do que foi perdendo ao longo dos anos, tendo posto em causa a eficácia da operação por esta pretender atacar os efeitos ao invés das causas.
Referiu que a acção deveria ser reestruturada e reformulada quanto aos seus objectivos, e considera que os meios e efeitos da mesma podem ser discutidos, olhando-se para o grande fluxo de pessoas do interior que se refugiaram nas cidades em busca de melhores condições de vida, mesmo em período pós-guerra.
Neste contexto, considerou algumas causas a serem combatidas, nomeadamente o crescimento da taxa de desemprego, a falta de oportunidades nas zonas rurais, a elevada comunidade com mão-de- obra não qualificada.
A fonte, que falou ao jornal O País, sublinhou ainda que o facto de não se ter prevenido o processo da chegada de pessoas e a falta de uma orientação sobre os locais onde se pode e deve vender, fazendo uma dicotomia entre a economia formal e a economia informal, todos esses aspectos suscitam dúvidas em torno do sucesso da “Operação Resgate”.
Padre Pio referiu que a aposta na revitalização do sector privado e o investimento na agricultura familiar em zonas rurais constitui outra medida crucial a ser tomada, avançou que a agricultura familiar deve ser subvencionada pelo Estado, baixando os preços dos combustíveis, das sementes, das vacinas e maximizando a utilização da energia solar e eólica, o que, na sua opinião, irá solucionar muitos dos problemas que se vivem no interior e nos próprios centros urbanos, tendo defendido que, se se incentivar os jovens a apostarem na horticultura, criando mercados que absorvam a produção do interior para evitar que os produtos se estraguem, o que, consequentemente, tem desestimulado a produção, tal medida poderá impedir as pessoas de abandonarem o interior para se refugiarem nos centros urbanos.
“É preciso revitalizarmos os sectores e os campos de produção existentes no país, criando verdadeiras iniciativas de perímetros irrigados, mas não como aqueles que fracassaram. Devemos revitalizar o interior para servir de apoio às cidades”, salientou.