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Celestina Neto: “Vamos contar com instituições dedicadas a trazer para o investidor final uma eficiência no mercado”

Celestina Neto: “Vamos contar com instituições dedicadas a trazer para o investidor final uma eficiência no mercado”
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Andrade Lino

A directora do Gabinete de Corretagem da Áurea SDVM, Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, entende que, com a transição dos serviços de investimento da banca para instituições financeiras não bancárias, contar-se-á com instituições especializadas dedicadas a trazer para o investidor final uma eficiência no mercado, sabendo que os serviços prestados pela banca são amplos.

“Como uma entidade especializada e dedicada nestes serviços, nós podemos ter muito mais respostas e rápidas, podemos também acompanhar a evolução tecnológica que essas entidades vão ter de trazer para o mercado, na prestação de serviços com muito mais rapidez e clareza, porque o banco, além de todo serviço que presta, como de câmbio, depósito e serviço de crédito, tem também outras funções internas e declaradas pela actividade, então há um regulador diferente”, argumentou Celestina Daniel Neto.

A especialista, que comentava no debate sobre “A transição dos serviços de actividade da banca de investimento para as correctoras”, organizado pelo Clube da Micha, na Academia BAI, em Julho, continuou que instituições como a que representa, sociedades autorizadas pela Comissão de Mercado de Capitais (CMC), vão prestar esse serviço dedicado que traz menos consumo de tempo, mais rapidez às respostas do cliente, e que torna o investidor final uma pessoa de contacto directo, rápido e específico para poder responder àquilo que forem as suas inquietações.

Sobre o que as distribuidoras e correctoras fazem ou podem fazer no futuro, e sobre o que são as suas valências, sublinhou que ambas são habilitadas, reconhecidas e certificadas pela CMC e estão aptas a prestar serviço no mercado de capitais.

“As distribuidoras têm a mesma semelhança na actividade de corretagem, que também as corretoras fazem, e na actividade de guarda (custódia), que é negociar no mercado secundário e guardar os títulos numa entidade intermediária que tenha essa custódia na BODIVA, especificamente no ramo. Cada conta de custódia está associada a um IBAN, que é um endereço financeiro da conta financeira que existe num banco, e a partir do momento em que eu abrir uma conta ou transferir a minha conta de custódia junto de um intermediário financeiro, eu vou indicar também aquilo que é o meu intermediário bancário, no caso, o liquidador, e nós acabamos por ter duas figuras junto da BODIVA, que eram os membros de negociação e os membros de liquidação, que é quem faz então depois a troca dos instrumentos físicos por financeiros”, explicou.

Celestina Neto referiu entretanto que era o banco que exercia essa função até a actualização da lei. “Com essa actualização, entramos nós correctoras e distribuidoras de valores mobiliários que fizemos a função de negociadores e vamos ao mercado, registamos as ordens, somos responsáveis por guardar a conta de títulos desses clientes e por processar todos os eventos associados a esses títulos, a esses instrumentos, mas depois na outra mão mantém-se o banco como membro liquidador”, abordou, “não utilizando mais instrumentos de valores mobiliários ou a obrigação ao bilhete do tesouro como sendo o instrumento gerido pelos bancos, mas ainda assim é preciso que estejam vinculadas a uma conta financeira para que possam fazer depois o crédito ou débito, ser for uma venda, desse montante associado à venda ou compra, ou ainda mesmo à transferência desse instrumento”.

A Áurea SDVM, enquanto sociedade distribuidora, espera nesse sentido trazer inovação para o mercado, com essa mudança de paradigma e actuação, “do novo ambiente de negócios, se podemos chamar, em mercado capitais”. “Nós queremos que os clientes se sintam efectivamente mais próximos do nosso prestador de serviços e que não seja só um prestador de ganhar rentabilidade, mas de trazer também para o próprio cliente final aquilo que é literacia financeira e aquilo que é inovação”, expressou a convidada.

Ainda sobre as diferenças de actuação entre as correctoras e as distribuidoras, precisou que uma delas passa pela banca de investimento, que é o serviço em que o banco oferece a consultoria para estruturar ou originar uma operação, e isto é uma actividade que neste modelo de actuação fica exclusiva das distribuidoras, disse. “As correctoras não têm esse âmbito de actuação, não fazem originação nem estruturação dos instrumentos de valores mobiliários, mas isto é uma actividade que também deixa de estar na alçada dos bancos e passa para a alçada das distribuidoras em mercado e nós poderemos dar continuidade a essa prestação de serviço”, frisou.

Celestina fez saber com isso que empresas, pequenas e médias que queiram abrir capitais, emitir instrumentos, também vão poder continuar com esta prestação de serviço, “não mais junto do banco, mas junto das distribuidoras, apesar das excepções que esse processo de transição também acarreta”.

Comentaram ainda no debate Raúl Diniz (BODIVA), Juceline Paquete (CMC) e Assis da Paixão (Lwei Brokers), num encontro moderado por Tirso Figueira.

*Com Ylson Menezes

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A directora do Gabinete de Corretagem da Áurea SDVM, Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, entende que, com a transição dos serviços de investimento da banca para instituições financeiras não bancárias, contar-se-á com instituições especializadas dedicadas a trazer para o investidor final uma eficiência no mercado, sabendo que os serviços prestados pela banca são amplos.

“Como uma entidade especializada e dedicada nestes serviços, nós podemos ter muito mais respostas e rápidas, podemos também acompanhar a evolução tecnológica que essas entidades vão ter de trazer para o mercado, na prestação de serviços com muito mais rapidez e clareza, porque o banco, além de todo serviço que presta, como de câmbio, depósito e serviço de crédito, tem também outras funções internas e declaradas pela actividade, então há um regulador diferente”, argumentou Celestina Daniel Neto.

A especialista, que comentava no debate sobre “A transição dos serviços de actividade da banca de investimento para as correctoras”, organizado pelo Clube da Micha, na Academia BAI, em Julho, continuou que instituições como a que representa, sociedades autorizadas pela Comissão de Mercado de Capitais (CMC), vão prestar esse serviço dedicado que traz menos consumo de tempo, mais rapidez às respostas do cliente, e que torna o investidor final uma pessoa de contacto directo, rápido e específico para poder responder àquilo que forem as suas inquietações.

Sobre o que as distribuidoras e correctoras fazem ou podem fazer no futuro, e sobre o que são as suas valências, sublinhou que ambas são habilitadas, reconhecidas e certificadas pela CMC e estão aptas a prestar serviço no mercado de capitais.

“As distribuidoras têm a mesma semelhança na actividade de corretagem, que também as corretoras fazem, e na actividade de guarda (custódia), que é negociar no mercado secundário e guardar os títulos numa entidade intermediária que tenha essa custódia na BODIVA, especificamente no ramo. Cada conta de custódia está associada a um IBAN, que é um endereço financeiro da conta financeira que existe num banco, e a partir do momento em que eu abrir uma conta ou transferir a minha conta de custódia junto de um intermediário financeiro, eu vou indicar também aquilo que é o meu intermediário bancário, no caso, o liquidador, e nós acabamos por ter duas figuras junto da BODIVA, que eram os membros de negociação e os membros de liquidação, que é quem faz então depois a troca dos instrumentos físicos por financeiros”, explicou.

Celestina Neto referiu entretanto que era o banco que exercia essa função até a actualização da lei. “Com essa actualização, entramos nós correctoras e distribuidoras de valores mobiliários que fizemos a função de negociadores e vamos ao mercado, registamos as ordens, somos responsáveis por guardar a conta de títulos desses clientes e por processar todos os eventos associados a esses títulos, a esses instrumentos, mas depois na outra mão mantém-se o banco como membro liquidador”, abordou, “não utilizando mais instrumentos de valores mobiliários ou a obrigação ao bilhete do tesouro como sendo o instrumento gerido pelos bancos, mas ainda assim é preciso que estejam vinculadas a uma conta financeira para que possam fazer depois o crédito ou débito, ser for uma venda, desse montante associado à venda ou compra, ou ainda mesmo à transferência desse instrumento”.

A Áurea SDVM, enquanto sociedade distribuidora, espera nesse sentido trazer inovação para o mercado, com essa mudança de paradigma e actuação, “do novo ambiente de negócios, se podemos chamar, em mercado capitais”. “Nós queremos que os clientes se sintam efectivamente mais próximos do nosso prestador de serviços e que não seja só um prestador de ganhar rentabilidade, mas de trazer também para o próprio cliente final aquilo que é literacia financeira e aquilo que é inovação”, expressou a convidada.

Ainda sobre as diferenças de actuação entre as correctoras e as distribuidoras, precisou que uma delas passa pela banca de investimento, que é o serviço em que o banco oferece a consultoria para estruturar ou originar uma operação, e isto é uma actividade que neste modelo de actuação fica exclusiva das distribuidoras, disse. “As correctoras não têm esse âmbito de actuação, não fazem originação nem estruturação dos instrumentos de valores mobiliários, mas isto é uma actividade que também deixa de estar na alçada dos bancos e passa para a alçada das distribuidoras em mercado e nós poderemos dar continuidade a essa prestação de serviço”, frisou.

Celestina fez saber com isso que empresas, pequenas e médias que queiram abrir capitais, emitir instrumentos, também vão poder continuar com esta prestação de serviço, “não mais junto do banco, mas junto das distribuidoras, apesar das excepções que esse processo de transição também acarreta”.

Comentaram ainda no debate Raúl Diniz (BODIVA), Juceline Paquete (CMC) e Assis da Paixão (Lwei Brokers), num encontro moderado por Tirso Figueira.

*Com Ylson Menezes

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