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Conspiração de feitiçaria contra o Presidente da Zâmbia leva dois homens a condenação

Conspiração de feitiçaria contra o Presidente da Zâmbia leva dois homens a condenação
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Num caso sem precedentes que agitou a Zâmbia e gerou um intenso debate sobre a intersecção entre crenças tradicionais e o sistema legal moderno, dois homens foram condenados a dois anos de prisão por tentativa de uso de feitiçaria contra o Presidente Hakainde Hichilema. Entre os acusados, está um cidadão moçambicano, confirmou a BBC África.

Leonard Phiri, de nacionalidade zambiana, e Jasten Mabulesse Candunde, moçambicano, foram sentenciados ao abrigo da Lei da Bruxaria, após terem sido detidos em dezembro do ano passado. As autoridades encontraram na posse dos arguidos diversos amuletos e um camaleão vivo, que seriam usados no ritual.

Segundo o relatório policial preliminar, os homens admitiram, durante o interrogatório, que estavam a preparar um ritual de feitiçaria com o objetivo de "neutralizar" o Presidente Hichilema e, assim, enfraquecer a sua liderança. Esta admissão foi crucial para a condenação.

O juiz Fine Mayambu, ao proferir a sentença, sublinhou a gravidade do acto "Entendo que os arguidos não eram apenas inimigos do Chefe de Estado, mas também de todos os zambianos." A sua declaração realça a percepção de uma ameaça não só à liderança, mas à segurança e bem-estar da nação.

Este processo judicial foi acompanhado de perto em todo o país, marcando a primeira vez que alguém é julgado e condenado por tentativa de uso de feitiçaria contra um Chefe de Estado na Zâmbia.

A Lei da Bruxaria, uma legislação com raízes coloniais, raramente é aplicada em contextos de alegada conspiração política, tornando este veredicto um marco na jurisprudência zambiana e um espelho das complexas realidades culturais e legais do país.

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Luciana Paciência

Num caso sem precedentes que agitou a Zâmbia e gerou um intenso debate sobre a intersecção entre crenças tradicionais e o sistema legal moderno, dois homens foram condenados a dois anos de prisão por tentativa de uso de feitiçaria contra o Presidente Hakainde Hichilema. Entre os acusados, está um cidadão moçambicano, confirmou a BBC África.

Leonard Phiri, de nacionalidade zambiana, e Jasten Mabulesse Candunde, moçambicano, foram sentenciados ao abrigo da Lei da Bruxaria, após terem sido detidos em dezembro do ano passado. As autoridades encontraram na posse dos arguidos diversos amuletos e um camaleão vivo, que seriam usados no ritual.

Segundo o relatório policial preliminar, os homens admitiram, durante o interrogatório, que estavam a preparar um ritual de feitiçaria com o objetivo de "neutralizar" o Presidente Hichilema e, assim, enfraquecer a sua liderança. Esta admissão foi crucial para a condenação.

O juiz Fine Mayambu, ao proferir a sentença, sublinhou a gravidade do acto "Entendo que os arguidos não eram apenas inimigos do Chefe de Estado, mas também de todos os zambianos." A sua declaração realça a percepção de uma ameaça não só à liderança, mas à segurança e bem-estar da nação.

Este processo judicial foi acompanhado de perto em todo o país, marcando a primeira vez que alguém é julgado e condenado por tentativa de uso de feitiçaria contra um Chefe de Estado na Zâmbia.

A Lei da Bruxaria, uma legislação com raízes coloniais, raramente é aplicada em contextos de alegada conspiração política, tornando este veredicto um marco na jurisprudência zambiana e um espelho das complexas realidades culturais e legais do país.

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