A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, afirmou recentemente que “é a inovação que nos trará as práticas sustentáveis que hoje em dia são apanágio, compromisso de todos os países, mas acima de tudo de todas as pessoas”.
Discursando na abertura da conferência de imprensa de apresentação da primeira edição da Expo Economia Azul, em Luanda, evento a realizar-se de 25 a 28 de Outubro próximo, a governante considerou que abordagens como essa terão um pendor colaborativo e de transformação das indústrias e das comunidades, pretendendo-se, “mais do que isso”, que haja um testemunho das confluências de paixões e visões que cada um tem para os oceanos, que para ela não são somente uma aspiração, mas são uma realidade tangível e que pode ser alcançada.
Durante a sua apresentação, sublinhou ainda que os oceanos estão sobre uma pressão e uma sobre-exploração que corresponde a um conjunto de impactos que são negativos e que se assumem por via da poluição que vem do continente, “exacerbada pelas alterações climáticas que surgem como uma estrutura que não é controlada por nós, mas que é a tónica da natureza”.
“Por isso, a economia azul traz um pressuposto, embora eu costumo a pensar que acaba por ser algo que está a ser sistematizado, porque de uma maneira desgarrada tem havido uma resposta das sociedades em transpor a barreira dos oceanos, retirando aquilo que é possível, sem fazer essa visão que a economia azul traz. Então eu digo aqui que a economia azul não é apenas uma escolha estratégica, mas é uma necessidade urgente para sistematização dos serviços que os ecossistemas marinhos potenciam, tendo como linha de base a sustentabilidade ambiental e socioeconómica”, abordou.
Durante a feira, que na sua visão é o início de uma revolução sustentável “para que juntos possamos navegar em direcção a um futuro mais próprio e mais azul para todos”, entendendo que a economia azul surge representando esta visão de guardiã, onde a prosperidade económica e a sustentabilidade ambiental não são exclusivas, “mas antes são concomitantes e harmoniosamente entrelaçadas”, serão apresentadas inovações que “efectivamente podem trazer algo novo que vai romper com o passado”.
“E também terão uma mostra digna do trabalho que todos vimos realizando, assim como a visão do futuro para o cluster do mar. Os nossos oceanos, rios e lagos sempre foram fontes de inspiração, mas no entanto, à medida que nós avançamos no mundo e no tempo, é imperativo que se olhe para estes vastos corpos de água, não apenas como observadores e pensando no valor económico que eles nos podem trazer, mas olhando como sendo guardiões que com a inovação trarão um pressuposto de utilização destes ecossistemas”, explicou Carmen do Sacramento Neto.
Na sequência do seu discurso, a fonte fez saber que o evento vai então enquadrar-se nas políticas e estratégias do Executivo para o crescimento económico e o desenvolvimento do sector que concorre para o cluster do mar, e vai por conseguinte atrair novos investimentos, e que estes investimentos trarão anexados a si a oferta do emprego, a promoção dos novos produtos e serviços que estabelecerão novas parcerias e irão proporcionar o melhor posicionamento de Angola no contexto regional e internacional. Isto, continuou, vai de encontro com a visão de trazer o conceito da posição geoestratégica do país, “que se assume cada vez mais como algo que tem que ser explorado, mas acima de tudo tem que ser considerado e respeitado”, podendo contribuir “e de uma forte maneira” para o PIB nacional, “trazendo no fim do dia alívio à fome e a redução da pobreza”.
Ademais, a responsável, que recordou que a costa angolana possui 1600 longos quilómetros e que esta pode e deve ser explorada em benefício dos domínios que a economia azul proporciona, “que são as pescas e a aquicultura, os transportes e as operações portuárias, as operações navais, a mineração, petróleo e gás, turismo, energias renováveis, defesa e segurança, realçou também que a feira não será meramente expositiva, vai contar igualmente com um ciclo de conferências, onde irão apresentar diversos actores na especialidade da economia azul, que vão desde as entidades públicas e privadas, contando com associações e investigadores, startups, individualidades que no conjunto desenvolvem acções em prol da economia azul e do desenvolvimento sustentável.
“Celebraremos a inovação, celebraremos a oportunidade que virá de reconhecermos os nossos desafios, que iremos enfrentar, porque já todos conhecemos os desafios actuais”, concluiu.
*Com Ylson Menezes
A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, afirmou recentemente que “é a inovação que nos trará as práticas sustentáveis que hoje em dia são apanágio, compromisso de todos os países, mas acima de tudo de todas as pessoas”.
Discursando na abertura da conferência de imprensa de apresentação da primeira edição da Expo Economia Azul, em Luanda, evento a realizar-se de 25 a 28 de Outubro próximo, a governante considerou que abordagens como essa terão um pendor colaborativo e de transformação das indústrias e das comunidades, pretendendo-se, “mais do que isso”, que haja um testemunho das confluências de paixões e visões que cada um tem para os oceanos, que para ela não são somente uma aspiração, mas são uma realidade tangível e que pode ser alcançada.
Durante a sua apresentação, sublinhou ainda que os oceanos estão sobre uma pressão e uma sobre-exploração que corresponde a um conjunto de impactos que são negativos e que se assumem por via da poluição que vem do continente, “exacerbada pelas alterações climáticas que surgem como uma estrutura que não é controlada por nós, mas que é a tónica da natureza”.
“Por isso, a economia azul traz um pressuposto, embora eu costumo a pensar que acaba por ser algo que está a ser sistematizado, porque de uma maneira desgarrada tem havido uma resposta das sociedades em transpor a barreira dos oceanos, retirando aquilo que é possível, sem fazer essa visão que a economia azul traz. Então eu digo aqui que a economia azul não é apenas uma escolha estratégica, mas é uma necessidade urgente para sistematização dos serviços que os ecossistemas marinhos potenciam, tendo como linha de base a sustentabilidade ambiental e socioeconómica”, abordou.
Durante a feira, que na sua visão é o início de uma revolução sustentável “para que juntos possamos navegar em direcção a um futuro mais próprio e mais azul para todos”, entendendo que a economia azul surge representando esta visão de guardiã, onde a prosperidade económica e a sustentabilidade ambiental não são exclusivas, “mas antes são concomitantes e harmoniosamente entrelaçadas”, serão apresentadas inovações que “efectivamente podem trazer algo novo que vai romper com o passado”.
“E também terão uma mostra digna do trabalho que todos vimos realizando, assim como a visão do futuro para o cluster do mar. Os nossos oceanos, rios e lagos sempre foram fontes de inspiração, mas no entanto, à medida que nós avançamos no mundo e no tempo, é imperativo que se olhe para estes vastos corpos de água, não apenas como observadores e pensando no valor económico que eles nos podem trazer, mas olhando como sendo guardiões que com a inovação trarão um pressuposto de utilização destes ecossistemas”, explicou Carmen do Sacramento Neto.
Na sequência do seu discurso, a fonte fez saber que o evento vai então enquadrar-se nas políticas e estratégias do Executivo para o crescimento económico e o desenvolvimento do sector que concorre para o cluster do mar, e vai por conseguinte atrair novos investimentos, e que estes investimentos trarão anexados a si a oferta do emprego, a promoção dos novos produtos e serviços que estabelecerão novas parcerias e irão proporcionar o melhor posicionamento de Angola no contexto regional e internacional. Isto, continuou, vai de encontro com a visão de trazer o conceito da posição geoestratégica do país, “que se assume cada vez mais como algo que tem que ser explorado, mas acima de tudo tem que ser considerado e respeitado”, podendo contribuir “e de uma forte maneira” para o PIB nacional, “trazendo no fim do dia alívio à fome e a redução da pobreza”.
Ademais, a responsável, que recordou que a costa angolana possui 1600 longos quilómetros e que esta pode e deve ser explorada em benefício dos domínios que a economia azul proporciona, “que são as pescas e a aquicultura, os transportes e as operações portuárias, as operações navais, a mineração, petróleo e gás, turismo, energias renováveis, defesa e segurança, realçou também que a feira não será meramente expositiva, vai contar igualmente com um ciclo de conferências, onde irão apresentar diversos actores na especialidade da economia azul, que vão desde as entidades públicas e privadas, contando com associações e investigadores, startups, individualidades que no conjunto desenvolvem acções em prol da economia azul e do desenvolvimento sustentável.
“Celebraremos a inovação, celebraremos a oportunidade que virá de reconhecermos os nossos desafios, que iremos enfrentar, porque já todos conhecemos os desafios actuais”, concluiu.
*Com Ylson Menezes