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Elevada taxa de desemprego motiva jovens a criarem a Feira do Empreendedor

Elevada taxa de desemprego motiva jovens a criarem a Feira do Empreendedor
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Andrade Lino

Por conta da elevada taxa de desemprego que o país vem registando nos últimos anos, vários são os jovens que procuram contornar a situação, motivando-se de forma a darem o seu melhor para a criação do próprio negócio e oferecer oportunidades para outras pessoas.

Essa foi a razão do nascimento da Feira do Empreendedor, organizada pela Elite Eventos, que alberga 13 expositores, na Ilha de Luanda, junto à Casa dos Desportistas, desde sexta-feira, com término hoje.

O projecto é uma iniciativa de 3 jovens empreendedores, nomeadamente, Dilma Castro (CEO da Relikia), Daniela Kadija (CEO do Império Doces e Salgados) e Tando Cardoso (CEO do Oritochy Kyah Toala), três mentes brilhantes que se desafiaram e unificaram os seus objectivos para a concepção do projecto, embora tenham tido que enfrentar o factor financeiro, uma vez que foi preciso investir capital próprio, por falta de patrocínio ou outra colaboração, mas o que entretanto não impediu a realização deste sonho.

“As dificuldades têm me ensinando a ser resiliente. Ao entrar neste universo, deve-se olhar para aquilo que desejas fornecer e posteriormente para os ganhos que pretendes obter. Obviamente, a princípio, não terás muitos lucros por ser uma fase de se firmar no mercado”, explanou Tando Cardoso, que mencionou ter sido a mãe quem o motivou fortemente a criar a própria fonte de renda.

“Eu já trabalhava, mas a minha mãe sempre me dizia que teria de ter o meu próprio negócio. Quando perdi o emprego, em 2020, vi a oportunidade de tornar realidade as ideias que guardava para mim. Comecei com uma bancada e hoje produzo e faço entregas de sumos naturais. Foi difícil no princípio, temia as críticas, mas consegui ultrapassar tudo isso”, revelou o organizador ao ONgoma News.

Com esta primeira edição, a Elite Eventos pretende prosseguir com muitas outras. “Previmos para pelo menos 1 vez em cada semestre”, adiantou Dilma Castro, quem já fazia parte de vários projectos sociais, principalmente ligados a acções solidárias. A gestora da Relíkia felicitou a sua equipa pelo excelente trabalho e disse estar satisfeita pelo evento ter ultrapassado as suas expectativas quanto ao número de participantes.

Daniela Kadija, por seu turno, exortou os jovens que estão a dar seus primeiros passos a não hesitaram e serem determinados. “Porque quem mudará a tua vida serás tu mesmo, ninguém fará por ti o que tens capacidade de fazer”, frisou.

Na visão de alguns expositores, foi razoável a adesão do público no primeiro dia, por ser um dia laboral, mas esperavam que o de sábado tivesse outra dinâmica. Mesmo assim, “está a correr tudo bem”.

Noutro diapasão, partilharam encontrar várias dificuldades na aquisição de materiais por falta de mais indústrias, tal como observou a artesã Satianeth Neto, que comercializa laços e tiaras, cujo material consegue no mercado do Kikolo, contou. Para ela, tem sido difícil adquirir os meios, por conta da enchente e da confusão que lá existe. “Faz-nos sair muito cedo de casa e percorrer longas distâncias”, lamentou, lembrando ainda que muitas vezes corre o risco de ser assaltada.

Em suma, para os feirantes, o evento serve de uma oportunidade para tornarem  visíveis os seus negócios, estabelecerem contactos “e claramente venderem os seus produtos e serviços”, como concordam Wilton Rosenberg, sócio de Elizângela Lemos, que juntos apresentam uma bancada de pastas variadas, roupas e não só, e Josimar Vicente, empreendedor de cosméticos, que exibe a marca Odore, com produtos adquiridos na França e Espanha.

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Ruth Mungongo

Repórter

Técnica média de Comunicação Social, Ruth é estagiária no portal ONgoma News.

Por conta da elevada taxa de desemprego que o país vem registando nos últimos anos, vários são os jovens que procuram contornar a situação, motivando-se de forma a darem o seu melhor para a criação do próprio negócio e oferecer oportunidades para outras pessoas.

Essa foi a razão do nascimento da Feira do Empreendedor, organizada pela Elite Eventos, que alberga 13 expositores, na Ilha de Luanda, junto à Casa dos Desportistas, desde sexta-feira, com término hoje.

O projecto é uma iniciativa de 3 jovens empreendedores, nomeadamente, Dilma Castro (CEO da Relikia), Daniela Kadija (CEO do Império Doces e Salgados) e Tando Cardoso (CEO do Oritochy Kyah Toala), três mentes brilhantes que se desafiaram e unificaram os seus objectivos para a concepção do projecto, embora tenham tido que enfrentar o factor financeiro, uma vez que foi preciso investir capital próprio, por falta de patrocínio ou outra colaboração, mas o que entretanto não impediu a realização deste sonho.

“As dificuldades têm me ensinando a ser resiliente. Ao entrar neste universo, deve-se olhar para aquilo que desejas fornecer e posteriormente para os ganhos que pretendes obter. Obviamente, a princípio, não terás muitos lucros por ser uma fase de se firmar no mercado”, explanou Tando Cardoso, que mencionou ter sido a mãe quem o motivou fortemente a criar a própria fonte de renda.

“Eu já trabalhava, mas a minha mãe sempre me dizia que teria de ter o meu próprio negócio. Quando perdi o emprego, em 2020, vi a oportunidade de tornar realidade as ideias que guardava para mim. Comecei com uma bancada e hoje produzo e faço entregas de sumos naturais. Foi difícil no princípio, temia as críticas, mas consegui ultrapassar tudo isso”, revelou o organizador ao ONgoma News.

Com esta primeira edição, a Elite Eventos pretende prosseguir com muitas outras. “Previmos para pelo menos 1 vez em cada semestre”, adiantou Dilma Castro, quem já fazia parte de vários projectos sociais, principalmente ligados a acções solidárias. A gestora da Relíkia felicitou a sua equipa pelo excelente trabalho e disse estar satisfeita pelo evento ter ultrapassado as suas expectativas quanto ao número de participantes.

Daniela Kadija, por seu turno, exortou os jovens que estão a dar seus primeiros passos a não hesitaram e serem determinados. “Porque quem mudará a tua vida serás tu mesmo, ninguém fará por ti o que tens capacidade de fazer”, frisou.

Na visão de alguns expositores, foi razoável a adesão do público no primeiro dia, por ser um dia laboral, mas esperavam que o de sábado tivesse outra dinâmica. Mesmo assim, “está a correr tudo bem”.

Noutro diapasão, partilharam encontrar várias dificuldades na aquisição de materiais por falta de mais indústrias, tal como observou a artesã Satianeth Neto, que comercializa laços e tiaras, cujo material consegue no mercado do Kikolo, contou. Para ela, tem sido difícil adquirir os meios, por conta da enchente e da confusão que lá existe. “Faz-nos sair muito cedo de casa e percorrer longas distâncias”, lamentou, lembrando ainda que muitas vezes corre o risco de ser assaltada.

Em suma, para os feirantes, o evento serve de uma oportunidade para tornarem  visíveis os seus negócios, estabelecerem contactos “e claramente venderem os seus produtos e serviços”, como concordam Wilton Rosenberg, sócio de Elizângela Lemos, que juntos apresentam uma bancada de pastas variadas, roupas e não só, e Josimar Vicente, empreendedor de cosméticos, que exibe a marca Odore, com produtos adquiridos na França e Espanha.

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