O autor e docente de Língua Portuguesa Hermenegildo Seca defendeu, em Luanda, que “o professor deve idealmente ser formado numa área específica do saber”, e acrescentou que “mesmo sendo já formado, deve continuar a investigar e a aprender para superar-se a si mesmo a cada dia que passa”.
Hermenegildo Seca frisou que o que acontece é que “certos professores formados na área de Língua Portuguesa pararam no tempo e no espaço, já não se actualizam, já não lêem mais nada, e prendem-se a dar aulas de aspectos formais, como o uso da crase e pluralização, que são decerto aspectos importantes, mas o mais importante ainda é a comunicação”.
O especialista, que falou ao ONgoma, aquando da palestra sobre o ensino do Português no ensino secundário, que teve lugar na última terça-feira, no IMNE Maristas, afirmou que há professores que ao corrigirem um texto só se preocupam com a acentuação e outros pormenores básicos, mas a construção da frase, o sentido, a relação entre o primeiro e o segundo parágrafo, assim como a conclusão devem também ser levados em conta.
“É necessário que nos seminários de capacitação para docentes chamem pessoas bem formadas e cada professor, por sua vez, faça o devido esforço de aparecer, tirar dúvidas, aprender mais e ensinar apenas o que sabe, para que o ensino da língua seja mais eficaz, tendo como objectivo ajudar o aluno a ser um cidadão completo em qualquer área”, observou.
A palestra focou-se na qualidade do ensino do Português no ensino secundário, onde foram abordados, dentre outros, aspectos teóricos ligados aos pilares da educação e os objectivos do português para este ciclo. Depois, na área prática, falou-se sobre o perfil do professor de língua portuguesa para este ciclo, mostrando como ele deve munir-se, quer de conhecimentos linguísticos, quer de conhecimentos literários, para que dê aulas de Português usando textos literários e não literários, socorrendo-se de outras áreas do saber como a Psicologia, Direito, História, de modo a fazer um estudo multifacetado de um texto literário.
Na ocasião, Hermenegildo Seca apresentou as suas obras, nomeadamente um Prontuário da Língua Portuguesa, lançado em 2012, tendo destacado a mais recente, um Manual de Português do 10º ano, cuja apresentação oficial teve lugar no ISCED Kilamba, também na terça-feira. Na óptica do autor, ajudará os alunos a desenvolver quer a oralidade, quer a escrita.
Já Glaura Bravo, de igual modo professora de Língua Portuguesa e decana da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Metodista de Angola, entende que estamos num período em que todos os olhos se voltam para a Língua Portuguesa. “Entretanto, os factores língua, regionalismo, literatura, dentre outros pontos que foram discutidos, fazem parte da realidade dos estudantes. Sendo assim, os estudantes percebem que não se discute apenas sobre a Língua na sala de aulas nem na aula de português, mas acabam por fazê-lo sempre que tiverem oportunidade, o que vem ser bastante esclarecedor para o domínio da própria língua”, argumentou.
Venâncio Chambumba, por sua vez, professor de Língua Portuguesa, da 12ª Classe, no INME Maristas, declarou que a palestra correspondeu às expectativas dos alunos e dos próprios professores, uma vez que vai ajudar os estudantes a estabelecer a relação entre língua e texto, e saber que quando vai para uma aula é necessário saber usar esses dois elementos e a partir deles explorar estruturas linguísticas.
O docente disse ainda que é o ensino que tem a responsabilidade de banir certos preconceitos linguísticos, tendo exemplificado que “um indivíduo que pronuncia “aroz” em vez de “arroz”, não tendo o português como língua primeira, dificilmente consegue suprir estas dificuldades. “Por outro lado, é necessário que o ensino forneça elementos e os professores adoptem uma pedagogia que para que o alunos escrevam bem, visto que na sua maioria vêm de onde as pessoas não têm tendências em usar a norma”, acrescentou.
Em conclusão, o responsável informou que a instituição tem acolhido palestras onde os professores são ministrados, duma forma geral, sobre a forma como devem elaborar as provas, numa perspectiva linguística. “Para o ano vamos ter mais palestras em torno da literatura, da metodologia de ensino e da língua no seu todo”, avançou.
O autor e docente de Língua Portuguesa Hermenegildo Seca defendeu, em Luanda, que “o professor deve idealmente ser formado numa área específica do saber”, e acrescentou que “mesmo sendo já formado, deve continuar a investigar e a aprender para superar-se a si mesmo a cada dia que passa”.
Hermenegildo Seca frisou que o que acontece é que “certos professores formados na área de Língua Portuguesa pararam no tempo e no espaço, já não se actualizam, já não lêem mais nada, e prendem-se a dar aulas de aspectos formais, como o uso da crase e pluralização, que são decerto aspectos importantes, mas o mais importante ainda é a comunicação”.
O especialista, que falou ao ONgoma, aquando da palestra sobre o ensino do Português no ensino secundário, que teve lugar na última terça-feira, no IMNE Maristas, afirmou que há professores que ao corrigirem um texto só se preocupam com a acentuação e outros pormenores básicos, mas a construção da frase, o sentido, a relação entre o primeiro e o segundo parágrafo, assim como a conclusão devem também ser levados em conta.
“É necessário que nos seminários de capacitação para docentes chamem pessoas bem formadas e cada professor, por sua vez, faça o devido esforço de aparecer, tirar dúvidas, aprender mais e ensinar apenas o que sabe, para que o ensino da língua seja mais eficaz, tendo como objectivo ajudar o aluno a ser um cidadão completo em qualquer área”, observou.
A palestra focou-se na qualidade do ensino do Português no ensino secundário, onde foram abordados, dentre outros, aspectos teóricos ligados aos pilares da educação e os objectivos do português para este ciclo. Depois, na área prática, falou-se sobre o perfil do professor de língua portuguesa para este ciclo, mostrando como ele deve munir-se, quer de conhecimentos linguísticos, quer de conhecimentos literários, para que dê aulas de Português usando textos literários e não literários, socorrendo-se de outras áreas do saber como a Psicologia, Direito, História, de modo a fazer um estudo multifacetado de um texto literário.
Na ocasião, Hermenegildo Seca apresentou as suas obras, nomeadamente um Prontuário da Língua Portuguesa, lançado em 2012, tendo destacado a mais recente, um Manual de Português do 10º ano, cuja apresentação oficial teve lugar no ISCED Kilamba, também na terça-feira. Na óptica do autor, ajudará os alunos a desenvolver quer a oralidade, quer a escrita.
Já Glaura Bravo, de igual modo professora de Língua Portuguesa e decana da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Metodista de Angola, entende que estamos num período em que todos os olhos se voltam para a Língua Portuguesa. “Entretanto, os factores língua, regionalismo, literatura, dentre outros pontos que foram discutidos, fazem parte da realidade dos estudantes. Sendo assim, os estudantes percebem que não se discute apenas sobre a Língua na sala de aulas nem na aula de português, mas acabam por fazê-lo sempre que tiverem oportunidade, o que vem ser bastante esclarecedor para o domínio da própria língua”, argumentou.
Venâncio Chambumba, por sua vez, professor de Língua Portuguesa, da 12ª Classe, no INME Maristas, declarou que a palestra correspondeu às expectativas dos alunos e dos próprios professores, uma vez que vai ajudar os estudantes a estabelecer a relação entre língua e texto, e saber que quando vai para uma aula é necessário saber usar esses dois elementos e a partir deles explorar estruturas linguísticas.
O docente disse ainda que é o ensino que tem a responsabilidade de banir certos preconceitos linguísticos, tendo exemplificado que “um indivíduo que pronuncia “aroz” em vez de “arroz”, não tendo o português como língua primeira, dificilmente consegue suprir estas dificuldades. “Por outro lado, é necessário que o ensino forneça elementos e os professores adoptem uma pedagogia que para que o alunos escrevam bem, visto que na sua maioria vêm de onde as pessoas não têm tendências em usar a norma”, acrescentou.
Em conclusão, o responsável informou que a instituição tem acolhido palestras onde os professores são ministrados, duma forma geral, sobre a forma como devem elaborar as provas, numa perspectiva linguística. “Para o ano vamos ter mais palestras em torno da literatura, da metodologia de ensino e da língua no seu todo”, avançou.