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Tatiana Durão afirma não estar satisfeita com a governação do país

Tatiana Durão afirma não estar satisfeita com a governação do país
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A cantora angolana Tatiana Durão afirmou recentemente não estar satisfeita com a governação do país, não podendo estar satisfeita com a gestão do país quando o povo morre de fome ou vê um pacato cidadão a ir aos contentores de lixo procurar comida.

A também modelo, que falava durante o programa Taça Cheia, conduzido pelo jornalista Sebastião Vemba, na Rádio Essencial, onde foi convidada em Julho último, acrescentou que seria muito hipócrita se dissesse o contrário.

“Todos nós temos dificuldades. As pessoas passam mal, a violência aumenta por causa disso e muitas outras coisas que não ouvíamos falar aqui em Angola, como o tráfico de órgãos. É grave. Eu vou ficar feliz com isso?”, questionou Tatiana Durão, que defende que deveriam ser implementadas estratégias que dessem pelo menos o mínimo, “que é a educação”, pois “não havia necessidade de estarmos com esse tipo de situações”.

Por conseguinte, a ainda influenciadora digital espera “que essa governação possa acordar no momento oportuno e trazer novas políticas, que possam deixar o povo minimamente bem, desde que não falte um prato de comida na mesa, aquele dinheirinho para pagar o transporte”, entendendo que “é tudo uma conjuntura super difícil para as pessoas gerirem”.

Ademais, a fonte partilhou ter a esperança de que “as pessoas que estão na frente vão criar esses mecanismos todos e soluções para estarmos bem e felizes”.

Paralelamente a isso, a entrevistada disse que muita gente se calhar não percebe, mas ela sabe que África é que alimenta o resto do mundo inteiro. “As nossas riquezas são tão grandes, por isso é que o ocidente cria manipulações contra nós africanos. Como não somos altos suficientes em termos intelectuais, eles vêm gerir aquilo que é nosso para tirar proveito das nossas riquezas e nós ficarmos sem nada”, argumentou, tendo relevado que “precisamos de ter essa liberdade para nós próprios começarmos a defender aquilo que somos e a mostrar mais no nacional, apostando realmente no intelecto do jovem angolano”.

No seu entender, anteriormente, a desculpa era a formação, “mas agora temos muitos angolanos formados no exterior e que estão capacitados para gerir o que é nosso e conduzir as nossas riquezas”. “Não precisamos que alguém venha nos dizer como é que se faz o algodão, a maior parte da matéria-prima que os nossos estilistas usam é comprada fora, é uma tristeza. Temos tantas indústrias fechadas quando poderiam voltar a activar as coisas. O povo angolano é muito rico de cultura, música dança. Se formos para a rua vamos encontrar muito talento, nós precisamos de ferramentas para mostrarmos o que valemos de verdade”, lamentou, reparando que há “muita gente criativa nesse mundo”, mas sem condições para trabalhar.

Num comentário sobre como se posiciona em relação ao abuso sexual, Tatiana Durão considerou que as mulheres são mais fortes do que os homens e merecem respeito de igual modo, para que os abusos acabem, tendo continuado que “os nossos pais não nos educaram sobre a sexualidade, ainda é considerado tabu, por isso vão sempre continuar a existir abusos contra as mulheres”.

“Não nos ensinaram a ter cuidado com as nossas partes íntimas e nós precisamos falar mais sobre esses assuntos”, observou.

Ainda durante a entrevista, falou então sobre a sua música mais recente, “Mayafa”, que simboliza um grito de guerra, ou seja, “venceremos”, inspirado no filme Pantera Negra, onde o rei de uma das tribos vai lutar pelo trono com o seu povo”. O tema traz um estilo mais africanizado e o videoclipe foi produzido nessa vertente.

A interlocutora, que é também actriz, garante que irá trabalhar em televisão para o resto da sua vida, seja em realização ou produção, já que agora se encontra mais ligada a filmes. Questionada sobre uma possível aparição num reality show, a convite, disse que primeiro analisa propostas para saber se é benéfico, se faz parte dos seus objectivos e se traz algo de bom para si, mas nunca dirá “nunca”, “porque não se sabe sobre o dia de amanhã”.

 

6galeria

Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

A cantora angolana Tatiana Durão afirmou recentemente não estar satisfeita com a governação do país, não podendo estar satisfeita com a gestão do país quando o povo morre de fome ou vê um pacato cidadão a ir aos contentores de lixo procurar comida.

A também modelo, que falava durante o programa Taça Cheia, conduzido pelo jornalista Sebastião Vemba, na Rádio Essencial, onde foi convidada em Julho último, acrescentou que seria muito hipócrita se dissesse o contrário.

“Todos nós temos dificuldades. As pessoas passam mal, a violência aumenta por causa disso e muitas outras coisas que não ouvíamos falar aqui em Angola, como o tráfico de órgãos. É grave. Eu vou ficar feliz com isso?”, questionou Tatiana Durão, que defende que deveriam ser implementadas estratégias que dessem pelo menos o mínimo, “que é a educação”, pois “não havia necessidade de estarmos com esse tipo de situações”.

Por conseguinte, a ainda influenciadora digital espera “que essa governação possa acordar no momento oportuno e trazer novas políticas, que possam deixar o povo minimamente bem, desde que não falte um prato de comida na mesa, aquele dinheirinho para pagar o transporte”, entendendo que “é tudo uma conjuntura super difícil para as pessoas gerirem”.

Ademais, a fonte partilhou ter a esperança de que “as pessoas que estão na frente vão criar esses mecanismos todos e soluções para estarmos bem e felizes”.

Paralelamente a isso, a entrevistada disse que muita gente se calhar não percebe, mas ela sabe que África é que alimenta o resto do mundo inteiro. “As nossas riquezas são tão grandes, por isso é que o ocidente cria manipulações contra nós africanos. Como não somos altos suficientes em termos intelectuais, eles vêm gerir aquilo que é nosso para tirar proveito das nossas riquezas e nós ficarmos sem nada”, argumentou, tendo relevado que “precisamos de ter essa liberdade para nós próprios começarmos a defender aquilo que somos e a mostrar mais no nacional, apostando realmente no intelecto do jovem angolano”.

No seu entender, anteriormente, a desculpa era a formação, “mas agora temos muitos angolanos formados no exterior e que estão capacitados para gerir o que é nosso e conduzir as nossas riquezas”. “Não precisamos que alguém venha nos dizer como é que se faz o algodão, a maior parte da matéria-prima que os nossos estilistas usam é comprada fora, é uma tristeza. Temos tantas indústrias fechadas quando poderiam voltar a activar as coisas. O povo angolano é muito rico de cultura, música dança. Se formos para a rua vamos encontrar muito talento, nós precisamos de ferramentas para mostrarmos o que valemos de verdade”, lamentou, reparando que há “muita gente criativa nesse mundo”, mas sem condições para trabalhar.

Num comentário sobre como se posiciona em relação ao abuso sexual, Tatiana Durão considerou que as mulheres são mais fortes do que os homens e merecem respeito de igual modo, para que os abusos acabem, tendo continuado que “os nossos pais não nos educaram sobre a sexualidade, ainda é considerado tabu, por isso vão sempre continuar a existir abusos contra as mulheres”.

“Não nos ensinaram a ter cuidado com as nossas partes íntimas e nós precisamos falar mais sobre esses assuntos”, observou.

Ainda durante a entrevista, falou então sobre a sua música mais recente, “Mayafa”, que simboliza um grito de guerra, ou seja, “venceremos”, inspirado no filme Pantera Negra, onde o rei de uma das tribos vai lutar pelo trono com o seu povo”. O tema traz um estilo mais africanizado e o videoclipe foi produzido nessa vertente.

A interlocutora, que é também actriz, garante que irá trabalhar em televisão para o resto da sua vida, seja em realização ou produção, já que agora se encontra mais ligada a filmes. Questionada sobre uma possível aparição num reality show, a convite, disse que primeiro analisa propostas para saber se é benéfico, se faz parte dos seus objectivos e se traz algo de bom para si, mas nunca dirá “nunca”, “porque não se sabe sobre o dia de amanhã”.

 

Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

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