Mais de duas centenas de participantes esteve presente, na última quarta-feira, na cerimónia de abertura da Conferência Científica da Universidade Agostinho Neto (CCUAN), no Hotel Victoria Garden, uma iniciativa que visa divulgar os resultados da investigação científica e tecnológica efectuada por docentes, estudantes e colaboradores da universidade e alargar parcerias entre pesquisadores.
No discurso de abertura, a reitora daquela instituição, Maria de Rosário Bragança Sambo, disse que esta conferência realiza-se num momento particularmente importante da vida do nosso país, uma vez que se iniciou um novo mandato de governação.
“As palavras do novo Presidente da República, proferidas nesta terça-feira, na tomada de posse, a propósito do ensino superior, foram assertivas, quanto à necessidade de as universidades e politécnicos aproximarem as suas práticas aos padrões internacionais. A nossa determinação, neste contexto, foi importante para não recuarmos na concretização dessa conferência, apesar das dificuldades financeiras por nós vividas, bem conhecida por todos, porque encontrámos um forte alicerce nos patrocínios que recebemos”, declarou.
“a inclusão dos estudantes no exercício da investigação oferece ganhos para a equipa de pesquisa que pratica o ensino, o que, por sua vez, promove ainda mais a investigação académica e a sua organização”.
Por conseguinte, a responsável referiu que a Universidade Agostinho Neto não se pode acomodar no seu capital histórico por ser a instituição de ensino superior mais antiga do nosso país, pois tem a responsabilidade de ser uma marca de referência de qualidade, e acrescentou que para os docentes, a prática de investigação científica e a produção científica são indispensáveis para o melhor exercício do ensino, e mesmo para a progressão da carreira docente.
“Embora seja importante que cada estudante, ao concluir a graduação, tenha habilidades básicas para investigação, é bem sabido que nem todos graduados serão investigadores de carreira. Todavia, não há dúvidas quanto à importância de uma atitude inquisitiva e a capacidade de compreensão da metodologia de investigação para a formação do indivíduo”, afirmou.
Ora, continuou, “a inclusão dos estudantes no exercício da investigação oferece ganhos para a equipa de pesquisa que pratica o ensino, o que, por sua vez, promove ainda mais a investigação académica e a sua organização”.
No plano estratégico da UAN, abordou Maria de Rosário, “no que diz respeito à definição dos objectivos estratégicos centrais à sua missão de investigação científica e inovação, consta fortalecer a investigação científica no seio da universidade, incrementando a cultura de investigação centrada no foco de convertê-la num centro de excelência em produção científica e inovação, reforçando o papel dos departamentos e dos centros de ensino e investigação e o papel da instituição, face aos desafios que a sociedade angolana enfrenta no quadro da globalização, através do estabelecimento de parceria estratégicas e da expansão de oportunidades para o engajamento dos estudantes em programas de educação comunitária e de intercâmbio sociocultural”.
Com esses objectivos, precisou ainda, decorre o processo de subscrição da universidade à SCOPUS, um banco de dados bibliográfico contendo resumos e citações para artigos de periódicos académicos, que permitirá o acesso de todos os docentes e estudantes a publicações científicas, ao conhecimento do estado da produtividade científica de cada um, a identificação de melhores parceiros para a investigação e, dentre outras vantagens, ao conhecimento das tendências actuais de investigação.
Estima-se um total de 628 conferencistas, dos quais 68% são homens, e do grupo de participantes predominam estudantes e outros 32% professores e investigadores.
“Esperamos que toda comunidade científica da UAN se engaje profundamente para dar continuidade a esta magna oportunidade de apresentar e debater os resultados de investigação, de proceder a sua divulgação e criar novas oportunidades para projectos, em parceira com outros investigadores de diferentes departamentos e instituições do ensino superior”, finalizou.
Por sua vez, Pedro Magalhães, Vice-reitor para Área Científica e dos Cursos de Pós-Graduação da UAN, falou, entretanto, que para a organização do encontro, foi criado um grupo de revisores, recebeu-se um total de 207 trabalhos, dos quais foram reconhecidos 167, sendo que destes, 15 são de convidados de instituições estrangeiras.
A conferência contou com cinco painéis, o primeiro em Ciências Sociais e Humanas, com 23 comunicações apresentadas sob forma de poster, o segundo na área de Ciências da Natureza, Engenharia e Tecnologia, com 60 comunicações, em que 22 apresentadas sob forma de poster, para Ciências da Saúde e Médicas, 47 comunicações, das quais 11 apresentadas sob forma de poster, o penúltimo painel em Ciências Agrárias e Veterinárias, com 9 comunicações livres, e criou-se, finalmente, um painel multidisciplinar, dada a transversalidade dos assuntos a serem abordados, com 19 comunicações, das quais 8 apresentadas sob forma de poster.
De acordo com o porta-voz, a secção científica foi dividida em duas plenárias, uma que teve lugar na quarta-feira, e um total de sete secções paralelas que arrancaram nan quinta e foram constituídos júris para avaliar as comunicações livres, no sentido de se apurar duas comunicações que serão premiadas de cada painel.
Estima-se um total de 628 conferencistas, dos quais 68% são homens, e do grupo de participantes predominam estudantes e outros 32% professores e investigadores, em representação de 13 províncias do país, nomeadamente Luanda, Cabinda, Benguela, Malanje, Bengo, Moxico, Huambo, Namibe, Zaire, Cuanza-sul, Lunda-Norte, Huíla e Uíge,
“Refira-se ainda a presença de representantes da Argentina, Brasil, Estados Unidos da América, Cabo-Verde, Moçambique e Portugal, e quanto à área de formação de cada participante, a maioria pertence às ciências sociais e humanas, sendo que 24,8% não referiu a área de formação”, sublinhou.
Foram organizados 3 cursos pré-conferência, o primeiro sobre normas de citação bibliográfica, onde estavam inscritos 15 indivíduos, o curso sobre elaboração de projectos para obtenção de financiamento, com 33 inscrições e técnicas de comunicação para resultados, com 67 inscritos.
A cerimónia de abertura do evento que decorreu subordinado ao tema “Investigar para o desenvolvimento de Angola: Situação actual e desafios” teve como convidados o Corpo Diplomático (Embaixadores e Adidos Culturais), Ministros e Secretários de Estado, Administradores e Governadores, e contou ainda com duas actuações do cantor Walter Ananás e dum desfile dos alunos do Instituto de Ciências da Saúde da UAN (ISCISA).
A CCUAN 2017 decorreu de 27 a 29 de Setembro e pretende-se realizar a cada dois anos, revelou a organização ao ONgoma.
Mais de duas centenas de participantes esteve presente, na última quarta-feira, na cerimónia de abertura da Conferência Científica da Universidade Agostinho Neto (CCUAN), no Hotel Victoria Garden, uma iniciativa que visa divulgar os resultados da investigação científica e tecnológica efectuada por docentes, estudantes e colaboradores da universidade e alargar parcerias entre pesquisadores.
No discurso de abertura, a reitora daquela instituição, Maria de Rosário Bragança Sambo, disse que esta conferência realiza-se num momento particularmente importante da vida do nosso país, uma vez que se iniciou um novo mandato de governação.
“As palavras do novo Presidente da República, proferidas nesta terça-feira, na tomada de posse, a propósito do ensino superior, foram assertivas, quanto à necessidade de as universidades e politécnicos aproximarem as suas práticas aos padrões internacionais. A nossa determinação, neste contexto, foi importante para não recuarmos na concretização dessa conferência, apesar das dificuldades financeiras por nós vividas, bem conhecida por todos, porque encontrámos um forte alicerce nos patrocínios que recebemos”, declarou.
“a inclusão dos estudantes no exercício da investigação oferece ganhos para a equipa de pesquisa que pratica o ensino, o que, por sua vez, promove ainda mais a investigação académica e a sua organização”.
Por conseguinte, a responsável referiu que a Universidade Agostinho Neto não se pode acomodar no seu capital histórico por ser a instituição de ensino superior mais antiga do nosso país, pois tem a responsabilidade de ser uma marca de referência de qualidade, e acrescentou que para os docentes, a prática de investigação científica e a produção científica são indispensáveis para o melhor exercício do ensino, e mesmo para a progressão da carreira docente.
“Embora seja importante que cada estudante, ao concluir a graduação, tenha habilidades básicas para investigação, é bem sabido que nem todos graduados serão investigadores de carreira. Todavia, não há dúvidas quanto à importância de uma atitude inquisitiva e a capacidade de compreensão da metodologia de investigação para a formação do indivíduo”, afirmou.
Ora, continuou, “a inclusão dos estudantes no exercício da investigação oferece ganhos para a equipa de pesquisa que pratica o ensino, o que, por sua vez, promove ainda mais a investigação académica e a sua organização”.
No plano estratégico da UAN, abordou Maria de Rosário, “no que diz respeito à definição dos objectivos estratégicos centrais à sua missão de investigação científica e inovação, consta fortalecer a investigação científica no seio da universidade, incrementando a cultura de investigação centrada no foco de convertê-la num centro de excelência em produção científica e inovação, reforçando o papel dos departamentos e dos centros de ensino e investigação e o papel da instituição, face aos desafios que a sociedade angolana enfrenta no quadro da globalização, através do estabelecimento de parceria estratégicas e da expansão de oportunidades para o engajamento dos estudantes em programas de educação comunitária e de intercâmbio sociocultural”.
Com esses objectivos, precisou ainda, decorre o processo de subscrição da universidade à SCOPUS, um banco de dados bibliográfico contendo resumos e citações para artigos de periódicos académicos, que permitirá o acesso de todos os docentes e estudantes a publicações científicas, ao conhecimento do estado da produtividade científica de cada um, a identificação de melhores parceiros para a investigação e, dentre outras vantagens, ao conhecimento das tendências actuais de investigação.
Estima-se um total de 628 conferencistas, dos quais 68% são homens, e do grupo de participantes predominam estudantes e outros 32% professores e investigadores.
“Esperamos que toda comunidade científica da UAN se engaje profundamente para dar continuidade a esta magna oportunidade de apresentar e debater os resultados de investigação, de proceder a sua divulgação e criar novas oportunidades para projectos, em parceira com outros investigadores de diferentes departamentos e instituições do ensino superior”, finalizou.
Por sua vez, Pedro Magalhães, Vice-reitor para Área Científica e dos Cursos de Pós-Graduação da UAN, falou, entretanto, que para a organização do encontro, foi criado um grupo de revisores, recebeu-se um total de 207 trabalhos, dos quais foram reconhecidos 167, sendo que destes, 15 são de convidados de instituições estrangeiras.
A conferência contou com cinco painéis, o primeiro em Ciências Sociais e Humanas, com 23 comunicações apresentadas sob forma de poster, o segundo na área de Ciências da Natureza, Engenharia e Tecnologia, com 60 comunicações, em que 22 apresentadas sob forma de poster, para Ciências da Saúde e Médicas, 47 comunicações, das quais 11 apresentadas sob forma de poster, o penúltimo painel em Ciências Agrárias e Veterinárias, com 9 comunicações livres, e criou-se, finalmente, um painel multidisciplinar, dada a transversalidade dos assuntos a serem abordados, com 19 comunicações, das quais 8 apresentadas sob forma de poster.
De acordo com o porta-voz, a secção científica foi dividida em duas plenárias, uma que teve lugar na quarta-feira, e um total de sete secções paralelas que arrancaram nan quinta e foram constituídos júris para avaliar as comunicações livres, no sentido de se apurar duas comunicações que serão premiadas de cada painel.
Estima-se um total de 628 conferencistas, dos quais 68% são homens, e do grupo de participantes predominam estudantes e outros 32% professores e investigadores, em representação de 13 províncias do país, nomeadamente Luanda, Cabinda, Benguela, Malanje, Bengo, Moxico, Huambo, Namibe, Zaire, Cuanza-sul, Lunda-Norte, Huíla e Uíge,
“Refira-se ainda a presença de representantes da Argentina, Brasil, Estados Unidos da América, Cabo-Verde, Moçambique e Portugal, e quanto à área de formação de cada participante, a maioria pertence às ciências sociais e humanas, sendo que 24,8% não referiu a área de formação”, sublinhou.
Foram organizados 3 cursos pré-conferência, o primeiro sobre normas de citação bibliográfica, onde estavam inscritos 15 indivíduos, o curso sobre elaboração de projectos para obtenção de financiamento, com 33 inscrições e técnicas de comunicação para resultados, com 67 inscritos.
A cerimónia de abertura do evento que decorreu subordinado ao tema “Investigar para o desenvolvimento de Angola: Situação actual e desafios” teve como convidados o Corpo Diplomático (Embaixadores e Adidos Culturais), Ministros e Secretários de Estado, Administradores e Governadores, e contou ainda com duas actuações do cantor Walter Ananás e dum desfile dos alunos do Instituto de Ciências da Saúde da UAN (ISCISA).
A CCUAN 2017 decorreu de 27 a 29 de Setembro e pretende-se realizar a cada dois anos, revelou a organização ao ONgoma.