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Crise económica dificulta comemoração do Natal de muitas famílias em Luanda

Crise económica dificulta comemoração do Natal de muitas famílias em Luanda
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A crise económica dificulta uma grande maioria das famílias a comemorar o Natal neste ano, em Luanda, conhecida como o centro económico do país e como sendo uma sociedade bastante consumista, que costumava gastar mais do que o necessário, com trocas de presentes, bebidas, roupas, calçados e comida.

Na manhã de ontem, por volta das 10 horas, o ONgoma resolveu visitar alguns supermercados, para constatar a realidade do “corre-corre” dos consumidores e vendedores, neste pouco período de tempo que falta para a celebração da “Festa da Família”.

O nosso ponto de partida foi o supermercado da Maxi, sito no Bairro Fubu, Kilamba Kiaxi, onde se notou fileiras de clientes a fazerem compras, mas o curioso é que não se via as pessoas a carregarem grandes grades de gasosa, cervejas, sacos de comida e outros bens de consumo, como era antigamente. Ali, tentámos abordar uma das funcionárias do estabelecimento, mas esta não estava disponível. Procuramos conversar com o chefe em serviço, a fim de saber se a procura dos produtos na loja, a esta altura do Natal, era massiva ou fraca, comparativamente aos meses anteriores, porém sem sucesso.

Todavia, conseguimos ouvir um cliente, Diamantino Kilando, motorista de profissão,  que se encontrava no estabelecimento comercial a fazer compras. Então, este revelou que este ano não dá para gastar mais do que o necessário, somente da cesta básica, porque não se sabe o que há de vir no próximo ano, por causa da situação económica que o pais atravessa.

“Nos outros meses, eu gastei mais, mas este vai ser diferente. As pessoas devem fazer poucas compras para economizarem e pensarem nos próximos meses”, advertiu.

Ainda durante a nossa visita de campo, já quando eram 12 horas, deslocamo-nos ao supermercado Deskontão, localizado na Urbanização do Projecto Nova Vida, onde também ninguém aceitou falar, mas a realidade não era diferente: uns de carrinho cheio e outros com compras que achavam o suficiente para festejar o evento e, alguns não manifestavam um rosto de ansiedade nem de preocupação para o dia 25.

Daí, seguimos para um armazém  de bebidas, que fica igualmente nos arredores da Fubu, onde foi possível contar as pessoas que corriam às pressas, sensivelmente 8 clientes, dentre elas uma senhora e dona de casa que fazia as últimas compras para compor a Ceia de Natal.

Mónica Adão Manuel Correia, técnica superior de Psicologia Clínica, foi direita em dizer-nos que as pessoas já não estão a festejar o Natal como antigamente, em que se gastava mais e abarrotava-se as despensas, devido à conjuntura económica do país.

“Actualmente, as pessoas estão a gastar menos, e nesta quadra festiva, deve-se gastar o necessário para não faltar nos próximos tempos, pois o emprego está difícil e adquirir as coisas também, estamos numa fase muito complicada, por causa da crise económica”, disse, aconselhando, então, que “as pessoas devem ter mais controlo dos gastos, sabendo que estamos numa fase de crise, gastar pouco e contar com os meses a seguir”, finalizou.

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Pedro Kididi

Jornalista

A crise económica dificulta uma grande maioria das famílias a comemorar o Natal neste ano, em Luanda, conhecida como o centro económico do país e como sendo uma sociedade bastante consumista, que costumava gastar mais do que o necessário, com trocas de presentes, bebidas, roupas, calçados e comida.

Na manhã de ontem, por volta das 10 horas, o ONgoma resolveu visitar alguns supermercados, para constatar a realidade do “corre-corre” dos consumidores e vendedores, neste pouco período de tempo que falta para a celebração da “Festa da Família”.

O nosso ponto de partida foi o supermercado da Maxi, sito no Bairro Fubu, Kilamba Kiaxi, onde se notou fileiras de clientes a fazerem compras, mas o curioso é que não se via as pessoas a carregarem grandes grades de gasosa, cervejas, sacos de comida e outros bens de consumo, como era antigamente. Ali, tentámos abordar uma das funcionárias do estabelecimento, mas esta não estava disponível. Procuramos conversar com o chefe em serviço, a fim de saber se a procura dos produtos na loja, a esta altura do Natal, era massiva ou fraca, comparativamente aos meses anteriores, porém sem sucesso.

Todavia, conseguimos ouvir um cliente, Diamantino Kilando, motorista de profissão,  que se encontrava no estabelecimento comercial a fazer compras. Então, este revelou que este ano não dá para gastar mais do que o necessário, somente da cesta básica, porque não se sabe o que há de vir no próximo ano, por causa da situação económica que o pais atravessa.

“Nos outros meses, eu gastei mais, mas este vai ser diferente. As pessoas devem fazer poucas compras para economizarem e pensarem nos próximos meses”, advertiu.

Ainda durante a nossa visita de campo, já quando eram 12 horas, deslocamo-nos ao supermercado Deskontão, localizado na Urbanização do Projecto Nova Vida, onde também ninguém aceitou falar, mas a realidade não era diferente: uns de carrinho cheio e outros com compras que achavam o suficiente para festejar o evento e, alguns não manifestavam um rosto de ansiedade nem de preocupação para o dia 25.

Daí, seguimos para um armazém  de bebidas, que fica igualmente nos arredores da Fubu, onde foi possível contar as pessoas que corriam às pressas, sensivelmente 8 clientes, dentre elas uma senhora e dona de casa que fazia as últimas compras para compor a Ceia de Natal.

Mónica Adão Manuel Correia, técnica superior de Psicologia Clínica, foi direita em dizer-nos que as pessoas já não estão a festejar o Natal como antigamente, em que se gastava mais e abarrotava-se as despensas, devido à conjuntura económica do país.

“Actualmente, as pessoas estão a gastar menos, e nesta quadra festiva, deve-se gastar o necessário para não faltar nos próximos tempos, pois o emprego está difícil e adquirir as coisas também, estamos numa fase muito complicada, por causa da crise económica”, disse, aconselhando, então, que “as pessoas devem ter mais controlo dos gastos, sabendo que estamos numa fase de crise, gastar pouco e contar com os meses a seguir”, finalizou.

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