Angola depara-se com um paradoxo preocupante na sua saúde pública: uma taxa de natalidade elevada coexiste com uma taxa de mortalidade igualmente alarmante. Edgar Seque, Médico Interno de Pediatria, lança um alerta sobre as complexidades que afectam, em particular, a população mais jovem do país.
Numa intervenção marcante, durante a sua participação no podcast Taça Cheia, conduzido pelo jornalista Sebastião Vemba, Edgar Seque apresentou a sua perspectiva sobre a questão:
"A taxa de natalidade é alta, e a taxa de mortalidade também é alta. A malária é a principal causa de morte no nosso país e, nos adultos, a maior taxa de mortalidade está associada aos acidentes rodoviários. Para as crianças, a taxa de mortalidade é muito alta, o que pode estar associado aos nossos serviços de saúde e também à falta de procura de serviços de forma adequada."
Com mais de cinco anos de carreira, o também escritor salientou que um dos obstáculos mais significativos e que reflecte um profundo conflito social e cultural no país é a tensão entre a medicina convencional e as práticas tradicionais. "Ainda existe um grande conflito entre a medicina curativa/convencional e a tradicional. Muitas vezes, as famílias recorrem primeiro aos medicamentos tradicionais e, depois, quando já não encontram solução, é aí que procuram ajuda médica e, infelizmente, acabam sempre em fatalidade."
A saúde pediátrica em Angola exige uma abordagem holística, que começa antes mesmo do nascimento. O acompanhamento pré-natal e a vacinação são cruciais para a protecção infantil. O médico Edgar Seque explica a importância deste processo, que muitas vezes é negligenciado. "Quando a criança nasce, até aos vinte e oito dias é recém-nascido, mas depois dos vinte e oito dias passa para a pediatria, que é o atendimento especializado. Mas a criança passa por um processo de vacinação, e a mãe tem de passar por um processo de acompanhamento durante a gestação, porque existem patologias que são congénitas e outras que são hereditárias. Há patologias que as mães já acarretem. Por exemplo, a malária pode ser transmitida para a criança durante a gestação, tal como o HIV e a hepatite B, que são infecções sexualmente transmissíveis, mas que também podem ser passadas da mãe para o bebé, permitindo que a criança nasça com enfermidades.
A mensagem de Edgar Seque é clara: a melhoria da saúde pediátrica em Angola passa por uma abordagem integrada, que valorize os cuidados de saúde convencionais, combata a desinformação sobre práticas tradicionais e reforce a importância vital do acompanhamento pré-natal e da vacinação, especialmente para os grupos mais vulneráveis.
Angola depara-se com um paradoxo preocupante na sua saúde pública: uma taxa de natalidade elevada coexiste com uma taxa de mortalidade igualmente alarmante. Edgar Seque, Médico Interno de Pediatria, lança um alerta sobre as complexidades que afectam, em particular, a população mais jovem do país.
Numa intervenção marcante, durante a sua participação no podcast Taça Cheia, conduzido pelo jornalista Sebastião Vemba, Edgar Seque apresentou a sua perspectiva sobre a questão:
"A taxa de natalidade é alta, e a taxa de mortalidade também é alta. A malária é a principal causa de morte no nosso país e, nos adultos, a maior taxa de mortalidade está associada aos acidentes rodoviários. Para as crianças, a taxa de mortalidade é muito alta, o que pode estar associado aos nossos serviços de saúde e também à falta de procura de serviços de forma adequada."
Com mais de cinco anos de carreira, o também escritor salientou que um dos obstáculos mais significativos e que reflecte um profundo conflito social e cultural no país é a tensão entre a medicina convencional e as práticas tradicionais. "Ainda existe um grande conflito entre a medicina curativa/convencional e a tradicional. Muitas vezes, as famílias recorrem primeiro aos medicamentos tradicionais e, depois, quando já não encontram solução, é aí que procuram ajuda médica e, infelizmente, acabam sempre em fatalidade."
A saúde pediátrica em Angola exige uma abordagem holística, que começa antes mesmo do nascimento. O acompanhamento pré-natal e a vacinação são cruciais para a protecção infantil. O médico Edgar Seque explica a importância deste processo, que muitas vezes é negligenciado. "Quando a criança nasce, até aos vinte e oito dias é recém-nascido, mas depois dos vinte e oito dias passa para a pediatria, que é o atendimento especializado. Mas a criança passa por um processo de vacinação, e a mãe tem de passar por um processo de acompanhamento durante a gestação, porque existem patologias que são congénitas e outras que são hereditárias. Há patologias que as mães já acarretem. Por exemplo, a malária pode ser transmitida para a criança durante a gestação, tal como o HIV e a hepatite B, que são infecções sexualmente transmissíveis, mas que também podem ser passadas da mãe para o bebé, permitindo que a criança nasça com enfermidades.
A mensagem de Edgar Seque é clara: a melhoria da saúde pediátrica em Angola passa por uma abordagem integrada, que valorize os cuidados de saúde convencionais, combata a desinformação sobre práticas tradicionais e reforce a importância vital do acompanhamento pré-natal e da vacinação, especialmente para os grupos mais vulneráveis.