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Entrou em vigor, em setembro, a proibição do uso do fotoiniciador TPO, óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina em vernizes semipermanentes em todos os países da União Europeia. A decisão, anunciada pela Comissão Europeia, baseia-se na classificação da substância como “carcinogénica, mutagénica e tóxica para a reprodução”.
O TPO, amplamente utilizado na indústria estética por acelerar a secagem e a solidificação das unhas de gel através da luz ultravioleta, foi agora banido do mercado cosmético europeu. A medida apanhou muitos salões de manicure de surpresa, deixando profissionais e pequenos negócios sem saber como eliminar os stocks de produtos proibidos e enfrentar as perdas financeiras.
Segundo noticiou o Portal Renascença, o TPO não desaparece apenas dos salões de beleza. O composto químico é também utilizado em várias aplicações médicas e industriais, como a medicina dentária, a impressão 3D e a construção de próteses.
A Ordem dos Médicos Dentistas em Portugal (OMD) confirmou à Renascença que o TPO está presente em “quantidades mínimas” em certos produtos dentários, nomeadamente resinas, cimentos e selantes utilizados em restaurações, selagem de fissuras e branqueamentos.
“Aquelas ‘massinhas’ que se põem numa luz para ficarem duras são resinas colocadas moles e endurecem com a luz porque o TPO é a substância que inicia o processo de endurecimento, exactamente como acontece com os vernizes das unhas”, explicou António Mata, presidente da Comissão Científica da OMD.
Apesar de a percentagem de TPO não ser indicada nos produtos dentários, a Ordem assegura que “as quantidades são mínimas comparadas com as utilizadas nos cosméticos”. Ainda assim, há preocupação no sector quanto a uma possível extensão da proibição europeia aos materiais dentários e a outros dispositivos médicos.
Enquanto isso, nos salões de manicure, as prateleiras vão-se esvaziando. “Quantos me foram embora? Uns 30, 40 ou mais vernizes”, lamenta Ana Paula Raposo, esteticista de 54 anos, em Vila Nova de Gaia.
Para já, a lei europeia aplica-se apenas ao sector dos cosméticos, mas o futuro do TPO noutras áreas de aplicação continua incerto. O que é certo é que a substância, até há pouco tempo indispensável na estética das unhas, tornou-se numa autêntica “bomba-relógio” para o sector.
Entrou em vigor, em setembro, a proibição do uso do fotoiniciador TPO, óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina em vernizes semipermanentes em todos os países da União Europeia. A decisão, anunciada pela Comissão Europeia, baseia-se na classificação da substância como “carcinogénica, mutagénica e tóxica para a reprodução”.
O TPO, amplamente utilizado na indústria estética por acelerar a secagem e a solidificação das unhas de gel através da luz ultravioleta, foi agora banido do mercado cosmético europeu. A medida apanhou muitos salões de manicure de surpresa, deixando profissionais e pequenos negócios sem saber como eliminar os stocks de produtos proibidos e enfrentar as perdas financeiras.
Segundo noticiou o Portal Renascença, o TPO não desaparece apenas dos salões de beleza. O composto químico é também utilizado em várias aplicações médicas e industriais, como a medicina dentária, a impressão 3D e a construção de próteses.
A Ordem dos Médicos Dentistas em Portugal (OMD) confirmou à Renascença que o TPO está presente em “quantidades mínimas” em certos produtos dentários, nomeadamente resinas, cimentos e selantes utilizados em restaurações, selagem de fissuras e branqueamentos.
“Aquelas ‘massinhas’ que se põem numa luz para ficarem duras são resinas colocadas moles e endurecem com a luz porque o TPO é a substância que inicia o processo de endurecimento, exactamente como acontece com os vernizes das unhas”, explicou António Mata, presidente da Comissão Científica da OMD.
Apesar de a percentagem de TPO não ser indicada nos produtos dentários, a Ordem assegura que “as quantidades são mínimas comparadas com as utilizadas nos cosméticos”. Ainda assim, há preocupação no sector quanto a uma possível extensão da proibição europeia aos materiais dentários e a outros dispositivos médicos.
Enquanto isso, nos salões de manicure, as prateleiras vão-se esvaziando. “Quantos me foram embora? Uns 30, 40 ou mais vernizes”, lamenta Ana Paula Raposo, esteticista de 54 anos, em Vila Nova de Gaia.
Para já, a lei europeia aplica-se apenas ao sector dos cosméticos, mas o futuro do TPO noutras áreas de aplicação continua incerto. O que é certo é que a substância, até há pouco tempo indispensável na estética das unhas, tornou-se numa autêntica “bomba-relógio” para o sector.