O 1º “Fórum Internacional Sobre Economia Compartilhada”, decorrido na semana passada em Luanda, chamou atenção às várias vantagens que a economia compartilhada pode proporcionar ao país, nomeadamente, por via dos seus principais pilares, que incluem os sistemas de serviços e produtos, sistemas de distribuição e o modelo de estilo de vida colaborativo.
Essas considerações foram deixadas pelo director-geral da Tis Tech Angola, Willian Oliveira, que reconheceu que Angola ainda tem muito que trilhar nesse sentido, apesar de já haver iniciativas locais com resultados reconhecidamente positivos, como é o caso das empresas Tupuca e T-Leva.
Falando na abertura do encontro, que decorreu nos dias 6 e 7, na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), e juntou especialistas nacionais e internacionais para analisar as tendências, oportunidades e desafios que esta forma de economia traz para Angola, sobretudo nas questões relacionadas à geração de trabalho e renda, o gestor referiu que se pode direccionar o certame às necessidades que a juventude tem, com as suas ideias disruptivas de agregar valor à sociedade, “transformando o nosso ecossistema e a economia, baseando-se na economia compartilhada, porém isso não é algo fácil”, pelo grande caminho que ainda se tem a percorrer.
Willian Oliveira defendeu ainda que o crescimento desse sector no país passa pelo fomento de um ecossistema real, que ainda não se desenvolveu na sua plenitude. “Isso precisa, de facto, do engajamento de todos nós, entidades privadas e também entidades governamentais, em conjunto com a sociedade civil, de modo a transformar Angola num hub tecnológico, inclusive para a nossa região”, observou.
Por sua vez, o director geral da Tech 21 África, empresa que co-organizou o evento, declarou que o enquadramento regulamentar e fiscal e a conectividade constituem alguns dos diversos desafios ao desenvolvimento desta forma de economia no país, pelo que se torna necessário uma legislação clara neste sentido.
“Por exemplo, se eu trabalho em uma plataforma de mobilidade urbana, como é que vou descontar a segurança social? Como é que passo a ter acesso a todos os aspectos referentes à legislação laboral existentes em um emprego formal? Posso estar a fazer muita renda agora, mas e no futuro, como é que vai ser? São desafios por superar”, questionou Kiesse Canito, que acrescentou, concernente à conectividade, que “estas plataformas funcionam principalmente em zonas urbanas, onde a conexão é melhor”.
“Mas se vamos às zonas mais recônditas, já é difícil aos players do sector alargar os seus modelos de negócio, por conta do desafio da conectividade”, apontou, reconhecendo por outro lado o grande impacto da economia compartilhada no país, apesar da preocupações demonstradas, como a questão cultural no que diz respeito à partilha de bens e serviços como escritórios e residências.
“Com a covid-19, o nível de desemprego aumentou. E nós temos pessoas que recorreram a essas plataformas de mobilidade para gerar renda. Há, inclusive, exemplos de alguns que geram mais renda do que conseguiam nos seus empregos formais, e isso tem um impacto muito significativo”, reparou o gestor, citado pelo Portal de TI.
Nesse sentido, esclareceu Kiesse Canito, “a lógica do mercado de trabalho também começa a alterar-se, porque muitos dos que trabalham nessas plataformas não têm qualificações como um curso superior, por exemplo, mas chegam a gerar uma renda equivalente a quem tem um curso superior”.
O 1º “Fórum Internacional Sobre Economia Compartilhada”, decorrido na semana passada em Luanda, chamou atenção às várias vantagens que a economia compartilhada pode proporcionar ao país, nomeadamente, por via dos seus principais pilares, que incluem os sistemas de serviços e produtos, sistemas de distribuição e o modelo de estilo de vida colaborativo.
Essas considerações foram deixadas pelo director-geral da Tis Tech Angola, Willian Oliveira, que reconheceu que Angola ainda tem muito que trilhar nesse sentido, apesar de já haver iniciativas locais com resultados reconhecidamente positivos, como é o caso das empresas Tupuca e T-Leva.
Falando na abertura do encontro, que decorreu nos dias 6 e 7, na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), e juntou especialistas nacionais e internacionais para analisar as tendências, oportunidades e desafios que esta forma de economia traz para Angola, sobretudo nas questões relacionadas à geração de trabalho e renda, o gestor referiu que se pode direccionar o certame às necessidades que a juventude tem, com as suas ideias disruptivas de agregar valor à sociedade, “transformando o nosso ecossistema e a economia, baseando-se na economia compartilhada, porém isso não é algo fácil”, pelo grande caminho que ainda se tem a percorrer.
Willian Oliveira defendeu ainda que o crescimento desse sector no país passa pelo fomento de um ecossistema real, que ainda não se desenvolveu na sua plenitude. “Isso precisa, de facto, do engajamento de todos nós, entidades privadas e também entidades governamentais, em conjunto com a sociedade civil, de modo a transformar Angola num hub tecnológico, inclusive para a nossa região”, observou.
Por sua vez, o director geral da Tech 21 África, empresa que co-organizou o evento, declarou que o enquadramento regulamentar e fiscal e a conectividade constituem alguns dos diversos desafios ao desenvolvimento desta forma de economia no país, pelo que se torna necessário uma legislação clara neste sentido.
“Por exemplo, se eu trabalho em uma plataforma de mobilidade urbana, como é que vou descontar a segurança social? Como é que passo a ter acesso a todos os aspectos referentes à legislação laboral existentes em um emprego formal? Posso estar a fazer muita renda agora, mas e no futuro, como é que vai ser? São desafios por superar”, questionou Kiesse Canito, que acrescentou, concernente à conectividade, que “estas plataformas funcionam principalmente em zonas urbanas, onde a conexão é melhor”.
“Mas se vamos às zonas mais recônditas, já é difícil aos players do sector alargar os seus modelos de negócio, por conta do desafio da conectividade”, apontou, reconhecendo por outro lado o grande impacto da economia compartilhada no país, apesar da preocupações demonstradas, como a questão cultural no que diz respeito à partilha de bens e serviços como escritórios e residências.
“Com a covid-19, o nível de desemprego aumentou. E nós temos pessoas que recorreram a essas plataformas de mobilidade para gerar renda. Há, inclusive, exemplos de alguns que geram mais renda do que conseguiam nos seus empregos formais, e isso tem um impacto muito significativo”, reparou o gestor, citado pelo Portal de TI.
Nesse sentido, esclareceu Kiesse Canito, “a lógica do mercado de trabalho também começa a alterar-se, porque muitos dos que trabalham nessas plataformas não têm qualificações como um curso superior, por exemplo, mas chegam a gerar uma renda equivalente a quem tem um curso superior”.