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Kali cria empresa de gestão desportiva e aposta no desporto escolar

Kali cria empresa de gestão desportiva e aposta no desporto escolar
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Andrade Lino

Carlos Manuel Gonçalves Alonso “Kali”, antigo jogador de futebol da Selecção Nacional de Angola e do 1º de Agosto, criou a Hattrick, empresa especializada em gestão desportiva, com a qual quer contribuir para o desenvolvimento e dinamização do desporto no país, em particular ao nível escolar. 

De acordo com o gestor, em entrevista ao ONgoma, a Hattrick pretende implementar, através de várias acções, projectos desportivos ligados às mais diversas modalidades, trazendo à ribalta, deste modo, algumas das que deixaram de ser praticadas pelas massas.

Actualmente, informou, a Hattrick está a gerir o projecto de relançamento do futebol escolar na província de Luanda, denominmado Torneio Top Craques da Escola, no qual estão abrangidas doze escolas em oito municípios. Com base na tese de que a escola é muito mais do que educação académica, explicou o antigo craque angolano, e porque “através do desporto é possível educar as pessoas”, os promotores acharam “por bem criar outras dinâmicas” com o Top Craques da Escola, do qual participam futebolistas 12 aos 15 anos para “abranger o máximo possível de alunos e manter a competitividade”, argumentou.

Ainda segundo a fonte, a expansão do Torneio Top Craque da Escola para as outras províncias do país faz parte da agenda da Hattrick, mas nesta primeira edição apenas Luanda foi seleccionada por questões logísticas. O torneio conta com a parceria do Ministério da Educação, através da Divisão Provincial do Desporto Escolar, a quem coube a selecção das escolas participantes, com a aprovação da equipa de serviço da Hattrick, mediante avaliação das condições de elegibilidade, nomeadamente, estado de conservação dos campos para os jogos, qualidade do piso, bancadas, terreno adjacente e outras infra-estruturas não menos importantes.

Entretanto, os meios logísticos também não permitiram a realização do torneio em ambos os sexos, informou Kali, tendo acrescentado que  fazem parte de cada equipa, além de rapazes, duas meninas.

“Essa foi uma das críticas construtivas que tivemos. Com a calendarização do torneio, a competição ocupa quase um dia, isto se começarmos às 8h30, e termina por volta das 15 horas. Se fossem nos dois sectores (masculino e feminino), não conseguiríamos despachar num único dia. Então, para não sermos acusados de previlegiar os rapazes, decidimos incluir duas meninas em cada uma das equipas, mas com a obrigação de elas jogarem. Esse é o critério que temos, mas curiosamente, na 3.ª etapa, que aconteceu no Cazenga, tivemos quatro equipas unicamente femininas e jogaram contra os rapazes”, concluiu.  

Logo a seguir ao Torneio Top Craques da Escola, a Hattrick vai desenvolver outros projectos, garantiu Carlos Alonso, porém afirmou ser ainda prematuro avançar detalhes, pois estão em falta alguns apoios. “Temos outros projectos e estamos a preparar tudo tranquilamente, porque estas coisas dão muito trabalho e não são tão simples como parecem. Obviamente, precisamos sempre de apoios para conseguir implementar as acções”, reforçou.

Combater a falta de profissionalismo e de organização

Kali assegurou ainda que a Hattrick vai esforçar-se para introduzir os padrões internacionais no desporto praticado em Angola.

A falta de profissionalismo e os baixos níveis de organização das instituições desportivas angolanas condicionam o sucesso do desporto nacional nas várias modalidades, afirmou Carlos Alonso “Kali”, antigo futebolista angolano.

Actualmente à frente da Hattrick, empresa dedicado à promoção e gestão desportiva, Kali aponta o profissionalismo como ponto de partida para reforma no desporto em Angola. “Nós temos que continuar a profissionalizar o nosso desporto, porque já temos um nome a defender e precisamos de melhorar ao nível do profissionalismo e da organização”, disse, acrescentando, entretanto, que não será apenas a Hattrick e o seus colaboradores, a conseguir mudar tudo. “Podemos fazer a nossa parte e contribuir para que alguma coisa possa melhorar”, sustentou.

Kali assegurou ainda que a Hattrick vai esforçar-se para introduzir os padrões internacionais no desporto praticado em Angola. “É certo que actualmente estamos numa fase pouco avançada, mas tem que se começar por algum lado. Já organizamos um Campeonato Africano das Nações em futebol, um Mundial de Hóquei Patins, já tivemos vários Afrobaskets, vários Campeonatos Africanos de Andebol e vimos que é possível. Agora, devemos pegar naquilo de bom que já se tem feito e tentar elevar para que possamos realmente estar à altura dos padrões mínimos exigidos”, defende.

Questionamos sobre o potencial dos desportistas angolanos e os factores que intervêm para o insucesso internacional dos mesmos, Kali respondeu: “não tenho dúvidas nenhumas de que nós em Angola tenhamos grandes maratonistas no atletismo, corredores de 100 metros, tenistas - estou a falar das modalidades individuais porque é mais fácil alguém conseguir superar-se -. Agora, precisa-se de apoios, ter treinos regulares e estar organizado. E isso é uma soma de tantos factores que se conjugam  para o atleta ter sucesso”, defendeu, citando como exemplo a judoca Faia (do 1º de Agosto), pelos seus números e participações em provas internacionais.  

“Esse país é tão grande, matéria-prima sempre temos, sempre tivemos e vamos ter sempre. Basta andar na rua e vemos miúdos a jogar futebol com qualidade. Em três etapas do torneio Top Craques da Escola já vimos jogadores com muito valor, que podem jogar nas camadas jovens das nossas grandes equipas, desde que haja organização e qualidade no trabalho”, insistiu.

 

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Joaquim Dala

Carlos Manuel Gonçalves Alonso “Kali”, antigo jogador de futebol da Selecção Nacional de Angola e do 1º de Agosto, criou a Hattrick, empresa especializada em gestão desportiva, com a qual quer contribuir para o desenvolvimento e dinamização do desporto no país, em particular ao nível escolar. 

De acordo com o gestor, em entrevista ao ONgoma, a Hattrick pretende implementar, através de várias acções, projectos desportivos ligados às mais diversas modalidades, trazendo à ribalta, deste modo, algumas das que deixaram de ser praticadas pelas massas.

Actualmente, informou, a Hattrick está a gerir o projecto de relançamento do futebol escolar na província de Luanda, denominmado Torneio Top Craques da Escola, no qual estão abrangidas doze escolas em oito municípios. Com base na tese de que a escola é muito mais do que educação académica, explicou o antigo craque angolano, e porque “através do desporto é possível educar as pessoas”, os promotores acharam “por bem criar outras dinâmicas” com o Top Craques da Escola, do qual participam futebolistas 12 aos 15 anos para “abranger o máximo possível de alunos e manter a competitividade”, argumentou.

Ainda segundo a fonte, a expansão do Torneio Top Craque da Escola para as outras províncias do país faz parte da agenda da Hattrick, mas nesta primeira edição apenas Luanda foi seleccionada por questões logísticas. O torneio conta com a parceria do Ministério da Educação, através da Divisão Provincial do Desporto Escolar, a quem coube a selecção das escolas participantes, com a aprovação da equipa de serviço da Hattrick, mediante avaliação das condições de elegibilidade, nomeadamente, estado de conservação dos campos para os jogos, qualidade do piso, bancadas, terreno adjacente e outras infra-estruturas não menos importantes.

Entretanto, os meios logísticos também não permitiram a realização do torneio em ambos os sexos, informou Kali, tendo acrescentado que  fazem parte de cada equipa, além de rapazes, duas meninas.

“Essa foi uma das críticas construtivas que tivemos. Com a calendarização do torneio, a competição ocupa quase um dia, isto se começarmos às 8h30, e termina por volta das 15 horas. Se fossem nos dois sectores (masculino e feminino), não conseguiríamos despachar num único dia. Então, para não sermos acusados de previlegiar os rapazes, decidimos incluir duas meninas em cada uma das equipas, mas com a obrigação de elas jogarem. Esse é o critério que temos, mas curiosamente, na 3.ª etapa, que aconteceu no Cazenga, tivemos quatro equipas unicamente femininas e jogaram contra os rapazes”, concluiu.  

Logo a seguir ao Torneio Top Craques da Escola, a Hattrick vai desenvolver outros projectos, garantiu Carlos Alonso, porém afirmou ser ainda prematuro avançar detalhes, pois estão em falta alguns apoios. “Temos outros projectos e estamos a preparar tudo tranquilamente, porque estas coisas dão muito trabalho e não são tão simples como parecem. Obviamente, precisamos sempre de apoios para conseguir implementar as acções”, reforçou.

Combater a falta de profissionalismo e de organização

Kali assegurou ainda que a Hattrick vai esforçar-se para introduzir os padrões internacionais no desporto praticado em Angola.

A falta de profissionalismo e os baixos níveis de organização das instituições desportivas angolanas condicionam o sucesso do desporto nacional nas várias modalidades, afirmou Carlos Alonso “Kali”, antigo futebolista angolano.

Actualmente à frente da Hattrick, empresa dedicado à promoção e gestão desportiva, Kali aponta o profissionalismo como ponto de partida para reforma no desporto em Angola. “Nós temos que continuar a profissionalizar o nosso desporto, porque já temos um nome a defender e precisamos de melhorar ao nível do profissionalismo e da organização”, disse, acrescentando, entretanto, que não será apenas a Hattrick e o seus colaboradores, a conseguir mudar tudo. “Podemos fazer a nossa parte e contribuir para que alguma coisa possa melhorar”, sustentou.

Kali assegurou ainda que a Hattrick vai esforçar-se para introduzir os padrões internacionais no desporto praticado em Angola. “É certo que actualmente estamos numa fase pouco avançada, mas tem que se começar por algum lado. Já organizamos um Campeonato Africano das Nações em futebol, um Mundial de Hóquei Patins, já tivemos vários Afrobaskets, vários Campeonatos Africanos de Andebol e vimos que é possível. Agora, devemos pegar naquilo de bom que já se tem feito e tentar elevar para que possamos realmente estar à altura dos padrões mínimos exigidos”, defende.

Questionamos sobre o potencial dos desportistas angolanos e os factores que intervêm para o insucesso internacional dos mesmos, Kali respondeu: “não tenho dúvidas nenhumas de que nós em Angola tenhamos grandes maratonistas no atletismo, corredores de 100 metros, tenistas - estou a falar das modalidades individuais porque é mais fácil alguém conseguir superar-se -. Agora, precisa-se de apoios, ter treinos regulares e estar organizado. E isso é uma soma de tantos factores que se conjugam  para o atleta ter sucesso”, defendeu, citando como exemplo a judoca Faia (do 1º de Agosto), pelos seus números e participações em provas internacionais.  

“Esse país é tão grande, matéria-prima sempre temos, sempre tivemos e vamos ter sempre. Basta andar na rua e vemos miúdos a jogar futebol com qualidade. Em três etapas do torneio Top Craques da Escola já vimos jogadores com muito valor, que podem jogar nas camadas jovens das nossas grandes equipas, desde que haja organização e qualidade no trabalho”, insistiu.

 

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