ciÊncia e tecnologia
Exposição

Kapela - Simplicidade na “Paz + Amor”

Kapela - Simplicidade na “Paz + Amor”
Foto por:
vídeo por:
Sebastião Vemba

Séneca, célebre filósofo romano, escreveu: "quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres." Para esse pensador, que praticava a “Imperturbabilidade da Alma”, o destino (morte) é uma realidade, sendo que aceitá-lo nos confere liberdade. Entretanto, essa liberdade não nos é dada de bandeja, mas sim devemos conquistá-la através da prática do Bem. Aliás, o próprio Séneca dizia ainda: “Eu elogio a vida, não a que levo, mas aquela que sei dever ser vivida”, dando conta de que a imperfeição é uma condição humana, porém é dever do homem superá-la a cada dia. 

Kapela lembra-nos que, à determinada altura da nossa vida, a luta pela Paz, pela nossa própria paz, e pelo Amor devem merecer a máxima prioridade. Foi isso que percepcionei  na tranquilidade do artista sentado à entrada do espaço de exposição, interagindo calmamente com a imprensa e os convidados.

Não tenho dúvidas de que esta seja a luta diária de Kapela, artista angolano que celebrou, recentemente, os seus 70 anos de idade e nos brindou com a exposição “Luvuvamu + Nzola”, em Kikongo, ou “Paz + Amor” em português, e que estará disponível no Espaço Luanda Arte (ELA) até esta quarta-feira, dia 13.

Nessa obra, Kapela lembra-nos que, à determinada altura da nossa vida, a luta pela Paz, pela nossa própria paz, e pelo Amor devem merecer a máxima prioridade. Foi isso que percepcionei  na tranquilidade do artista sentado à entrada do espaço de exposição, interagindo calmamente com a imprensa e os convidados. Troquei apenas rápidas palavras com ele devido à minha ignorância da língua francesa e à sua dificuldade do português, mas esse diálogo não foi insuficiente para que eu perceber o significado à volta da obra exposta, produzida em forma de técnica mista, aparentemente simples, porém contemporânea, moderna e até certo intrigante. Talvez seja por isso que a  professora  Teresa  Matos  Pereira considera que  “a  obra  de Kapela não deixa de se insinuar como uma materialização, ao nível artístico e estético, de um fundo filosófico bantu, onde o sagrado e o profano se intersectam num plano vivencial”.

Além das sete obras de técnica mista, e uma instalação, está também em exibição o filme o “Renascimento” sobre o artista, filmado, realizado e editado por Gretel Marin Palácio.

Kapela nasceu no Uíge (Maquela do Zombo) em 1947. Autodidacta, começou a pintar em 1960 na Escola Poto-Poto, Brazzaville (República do Congo). A viver e a trabalhar em Luanda desde 1989, o artista plástico reside actualmente no bairro Palanca e expõe as suas obras internacionalmente desde 1995. Já participou em exposições como a I Bienal de Joanesburgo, com Africuse Africa Remix, que viajou por Londres (Reino Unido), Paris (França), Tóquio ( Japão), entre outras cidades. Em 2016 expôs, no Espaço Luanda Arte, “Velhos Papéis, Novas Histórias” em conjunto com o artista angolano, Binelde Hyrcan. As suas obras pertencem a várias colecções importantes nacionais e internacionais.

 

6galeria

Sebastião Vemba

Fundador e Director Editorial do ONgoma News

Jornalista, apaixonado pela escrita, fotografia e artes visuais. Tem interesses nas novas medias, formação e desenvolvimento comunitário.

Séneca, célebre filósofo romano, escreveu: "quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres." Para esse pensador, que praticava a “Imperturbabilidade da Alma”, o destino (morte) é uma realidade, sendo que aceitá-lo nos confere liberdade. Entretanto, essa liberdade não nos é dada de bandeja, mas sim devemos conquistá-la através da prática do Bem. Aliás, o próprio Séneca dizia ainda: “Eu elogio a vida, não a que levo, mas aquela que sei dever ser vivida”, dando conta de que a imperfeição é uma condição humana, porém é dever do homem superá-la a cada dia. 

Kapela lembra-nos que, à determinada altura da nossa vida, a luta pela Paz, pela nossa própria paz, e pelo Amor devem merecer a máxima prioridade. Foi isso que percepcionei  na tranquilidade do artista sentado à entrada do espaço de exposição, interagindo calmamente com a imprensa e os convidados.

Não tenho dúvidas de que esta seja a luta diária de Kapela, artista angolano que celebrou, recentemente, os seus 70 anos de idade e nos brindou com a exposição “Luvuvamu + Nzola”, em Kikongo, ou “Paz + Amor” em português, e que estará disponível no Espaço Luanda Arte (ELA) até esta quarta-feira, dia 13.

Nessa obra, Kapela lembra-nos que, à determinada altura da nossa vida, a luta pela Paz, pela nossa própria paz, e pelo Amor devem merecer a máxima prioridade. Foi isso que percepcionei  na tranquilidade do artista sentado à entrada do espaço de exposição, interagindo calmamente com a imprensa e os convidados. Troquei apenas rápidas palavras com ele devido à minha ignorância da língua francesa e à sua dificuldade do português, mas esse diálogo não foi insuficiente para que eu perceber o significado à volta da obra exposta, produzida em forma de técnica mista, aparentemente simples, porém contemporânea, moderna e até certo intrigante. Talvez seja por isso que a  professora  Teresa  Matos  Pereira considera que  “a  obra  de Kapela não deixa de se insinuar como uma materialização, ao nível artístico e estético, de um fundo filosófico bantu, onde o sagrado e o profano se intersectam num plano vivencial”.

Além das sete obras de técnica mista, e uma instalação, está também em exibição o filme o “Renascimento” sobre o artista, filmado, realizado e editado por Gretel Marin Palácio.

Kapela nasceu no Uíge (Maquela do Zombo) em 1947. Autodidacta, começou a pintar em 1960 na Escola Poto-Poto, Brazzaville (República do Congo). A viver e a trabalhar em Luanda desde 1989, o artista plástico reside actualmente no bairro Palanca e expõe as suas obras internacionalmente desde 1995. Já participou em exposições como a I Bienal de Joanesburgo, com Africuse Africa Remix, que viajou por Londres (Reino Unido), Paris (França), Tóquio ( Japão), entre outras cidades. Em 2016 expôs, no Espaço Luanda Arte, “Velhos Papéis, Novas Histórias” em conjunto com o artista angolano, Binelde Hyrcan. As suas obras pertencem a várias colecções importantes nacionais e internacionais.

 

6galeria

Artigos relacionados

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form