Luanda acolheu, nesta quinta-feira, 29 de Maio, a Conferência Internacional sobre o Papel dos Países da Linha da Frente na Libertação Total da África Austral, um evento que reuniu personalidades nacionais e internacionais no Centro de Convenções de Talatona. Organizada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), em parceria com a Edições Novembro, a conferência teve como objectivo resgatar e valorizar a memória da luta contra o apartheid e o colonialismo no continente africano.
Ao abrir o encontro, o ministro Mário Oliveira destacou que a conferência constituiu uma homenagem ao legado histórico dos países da Linha da Frente, sublinhando a importância da Batalha do Cuito Cuanavale como um marco decisivo na libertação da África Austral. “A nossa luta foi colectiva e a vitória de dimensão continental”, afirmou, ao recordar os custos humanos e materiais suportados pelos países que acolheram e apoiaram os movimentos de libertação.
A conferência, realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, contou com a presença do antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, que exaltou a bravura dos líderes da Linha da Frente e o impacto geopolítico das suas acções. O ex-estadista moçambicano sublinhou que a vitória no Cuito Cuanavale abriu caminho para a independência da Namíbia e contribuiu para o fim do regime do apartheid na África do Sul.
O general António dos Santos França “Ndalu”, antigo chefe do Estado-Maior das FAPLA, lembrou o papel determinante das forças armadas angolanas na derrota do exército sul-africano e na consolidação da soberania nacional. “A vitória foi possível graças a um conjunto de factores estratégicos e ao apoio internacional de Cuba, da União Soviética e da SWAPO”, afirmou.
Outro momento de destaque foi a intervenção do general cubano Leopoldo Cintra Frías, que realçou a profunda ligação histórica e cultural entre Cuba e África. O ex-ministro das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba recordou que mais de 377 mil militares cubanos participaram nos esforços de libertação em África, em particular na defesa de Angola e no combate ao apartheid.
A secretária-geral da SWAPO, Sophia Shaningwa, agradeceu o apoio de Angola à luta da Namíbia, sublinhando que a libertação do seu país foi possível graças à solidariedade regional. “Angola acolheu-nos quando não era comum fazê-lo. Lutámos lado a lado, partilhámos fronteiras e sangue nas trincheiras da liberdade”, declarou.
Durante o evento, o diplomata russo Vladimir Tararov destacou a colaboração histórica entre Angola e a antiga União Soviética e apelou à preservação da memória histórica junto das novas gerações. Recordou que o apoio soviético foi fundamental na formação de quadros angolanos e na contenção da ameaça nuclear sul-africana.
Várias outras figuras marcaram presença, incluindo Pedro Sebastião, Higino Carneiro, Mário Pinto de Andrade e José Celestino, presidente do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale. Este último defendeu que o município do Cuito Cuanavale deve ser reconhecido como património histórico da África Austral.
No encerramento, o ministro Mário Oliveira reiterou o compromisso de Angola em continuar a promover eventos que reforcem a consciência histórica e a valorização dos sacrifícios feitos pelos combatentes da liberdade. “Honra e glória aos nossos heróis”, concluiu.
Luanda acolheu, nesta quinta-feira, 29 de Maio, a Conferência Internacional sobre o Papel dos Países da Linha da Frente na Libertação Total da África Austral, um evento que reuniu personalidades nacionais e internacionais no Centro de Convenções de Talatona. Organizada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), em parceria com a Edições Novembro, a conferência teve como objectivo resgatar e valorizar a memória da luta contra o apartheid e o colonialismo no continente africano.
Ao abrir o encontro, o ministro Mário Oliveira destacou que a conferência constituiu uma homenagem ao legado histórico dos países da Linha da Frente, sublinhando a importância da Batalha do Cuito Cuanavale como um marco decisivo na libertação da África Austral. “A nossa luta foi colectiva e a vitória de dimensão continental”, afirmou, ao recordar os custos humanos e materiais suportados pelos países que acolheram e apoiaram os movimentos de libertação.
A conferência, realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, contou com a presença do antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, que exaltou a bravura dos líderes da Linha da Frente e o impacto geopolítico das suas acções. O ex-estadista moçambicano sublinhou que a vitória no Cuito Cuanavale abriu caminho para a independência da Namíbia e contribuiu para o fim do regime do apartheid na África do Sul.
O general António dos Santos França “Ndalu”, antigo chefe do Estado-Maior das FAPLA, lembrou o papel determinante das forças armadas angolanas na derrota do exército sul-africano e na consolidação da soberania nacional. “A vitória foi possível graças a um conjunto de factores estratégicos e ao apoio internacional de Cuba, da União Soviética e da SWAPO”, afirmou.
Outro momento de destaque foi a intervenção do general cubano Leopoldo Cintra Frías, que realçou a profunda ligação histórica e cultural entre Cuba e África. O ex-ministro das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba recordou que mais de 377 mil militares cubanos participaram nos esforços de libertação em África, em particular na defesa de Angola e no combate ao apartheid.
A secretária-geral da SWAPO, Sophia Shaningwa, agradeceu o apoio de Angola à luta da Namíbia, sublinhando que a libertação do seu país foi possível graças à solidariedade regional. “Angola acolheu-nos quando não era comum fazê-lo. Lutámos lado a lado, partilhámos fronteiras e sangue nas trincheiras da liberdade”, declarou.
Durante o evento, o diplomata russo Vladimir Tararov destacou a colaboração histórica entre Angola e a antiga União Soviética e apelou à preservação da memória histórica junto das novas gerações. Recordou que o apoio soviético foi fundamental na formação de quadros angolanos e na contenção da ameaça nuclear sul-africana.
Várias outras figuras marcaram presença, incluindo Pedro Sebastião, Higino Carneiro, Mário Pinto de Andrade e José Celestino, presidente do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale. Este último defendeu que o município do Cuito Cuanavale deve ser reconhecido como património histórico da África Austral.
No encerramento, o ministro Mário Oliveira reiterou o compromisso de Angola em continuar a promover eventos que reforcem a consciência histórica e a valorização dos sacrifícios feitos pelos combatentes da liberdade. “Honra e glória aos nossos heróis”, concluiu.