Cristina Lourenço, Presidente da Comissão Executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), participou esta Segunda-feira, 2 de Junho, na 3.ª edição do “Doing Business Angola”, realizada em Lisboa. No encontro, apresentou as oportunidades de investimento e as alternativas de financiamento que o mercado de capitais angolano oferece, tanto a investidores institucionais como particulares.
Durante a sua intervenção, Cristina Lourenço destacou o crescimento expressivo da BODIVA nos últimos anos. A capitalização de mercado, incluindo o stock de dívida pública admitido à negociação, representa hoje 15,61% do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola, com uma trajectória ascendente e sustentada. «A BODIVA está a afirmar-se como um parceiro estratégico no financiamento da economia nacional, disponibilizando aos agentes económicos instrumentos diversificados e eficientes», afirmou.
Nova Oportunidade: Obrigações para o Turismo
Entre os anúncios mais relevantes, sublinhou-se a possibilidade de emissão de obrigações dirigidas ao sector do turismo, pensadas para captar o interesse de investidores nacionais e estrangeiros empenhados em financiar projectos com impacto económico e valor social.
«É uma proposta que trazemos para este fórum. Angola poderá avançar com a emissão de obrigações no segmento de obrigações sustentáveis, com foco no sector do turismo. Procuramos atrair investidores não apenas pelo retorno financeiro, mas pelo impacto transformador dos projectos apoiados», referiu.
A responsável explicou ainda que esta iniciativa exigirá uma articulação entre o Estado, nomeadamente o Ministério do Turismo, e o tecido empresarial, com o apoio de intermediários financeiros para estruturar os produtos de forma eficaz e atractiva.
Um Mercado em Expansão
A evolução do mercado de capitais angolano reflecte-se também no volume de negócios. Em 2024, a BODIVA registou transacções na ordem dos 5 mil milhões de euros, com predominância das obrigações do tesouro, mas já com actividade significativa em acções.
Para além dos títulos actualmente em negociação, Cristina Lourenço destacou as novas emissões de Obrigações do Tesouro em Moeda Externa, bem como as Ofertas Públicas de Venda (OPV) previstas para 2025, nomeadamente do BFA, Unitel, SBA e TV Cabo, como novas oportunidades de investimento.
Acrescentou que os investidores não residentes cambiais beneficiam hoje de um enquadramento legal mais favorável, permitindo a livre entrada e repatriamento de capitais, sem necessidade de autorização do Banco Nacional de Angola.
Financiamento Competitivo e Acessível
A Presidente da Comissão Executiva reforçou as vantagens que o mercado de capitais oferece às empresas de direito angolano que pretendem financiar-se através da emissão de acções ou obrigações. Entre os principais benefícios, destacou:
* Isenção do Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) na distribuição de lucros e dividendos;
* Redução da taxa de IAC para 5% no pagamento de cupões e mais-valias de obrigações com maturidade superior a três anos;
* Acesso a uma base alargada de investidores nacionais e internacionais;
* Aumento da reputação, visibilidade e credibilidade corporativa.
«A BODIVA representa uma alternativa real e atractiva ao financiamento bancário tradicional, oferecendo soluções flexíveis, maior visibilidade para as empresas emitentes e custos potencialmente mais competitivos», afirmou. Esta opção revela-se também vantajosa para empresas portuguesas com actividade domiciliada em Angola.
Compromisso com o Futuro
Entre os objectivos estratégicos da BODIVA está a atracção de novos emitentes, a criação de um mercado de derivados, de modo a dar resposta às necessidades de gestão de risco dos participantes, e a promoção de instrumentos sustentáveis. Paralelamente, continuará a reforçar a sua aposta na inovação tecnológica e na literacia financeira, pilares fundamentais para o acesso ao mercado e para a consolidação da confiança dos investidores.
Cristina Lourenço, Presidente da Comissão Executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), participou esta Segunda-feira, 2 de Junho, na 3.ª edição do “Doing Business Angola”, realizada em Lisboa. No encontro, apresentou as oportunidades de investimento e as alternativas de financiamento que o mercado de capitais angolano oferece, tanto a investidores institucionais como particulares.
Durante a sua intervenção, Cristina Lourenço destacou o crescimento expressivo da BODIVA nos últimos anos. A capitalização de mercado, incluindo o stock de dívida pública admitido à negociação, representa hoje 15,61% do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola, com uma trajectória ascendente e sustentada. «A BODIVA está a afirmar-se como um parceiro estratégico no financiamento da economia nacional, disponibilizando aos agentes económicos instrumentos diversificados e eficientes», afirmou.
Nova Oportunidade: Obrigações para o Turismo
Entre os anúncios mais relevantes, sublinhou-se a possibilidade de emissão de obrigações dirigidas ao sector do turismo, pensadas para captar o interesse de investidores nacionais e estrangeiros empenhados em financiar projectos com impacto económico e valor social.
«É uma proposta que trazemos para este fórum. Angola poderá avançar com a emissão de obrigações no segmento de obrigações sustentáveis, com foco no sector do turismo. Procuramos atrair investidores não apenas pelo retorno financeiro, mas pelo impacto transformador dos projectos apoiados», referiu.
A responsável explicou ainda que esta iniciativa exigirá uma articulação entre o Estado, nomeadamente o Ministério do Turismo, e o tecido empresarial, com o apoio de intermediários financeiros para estruturar os produtos de forma eficaz e atractiva.
Um Mercado em Expansão
A evolução do mercado de capitais angolano reflecte-se também no volume de negócios. Em 2024, a BODIVA registou transacções na ordem dos 5 mil milhões de euros, com predominância das obrigações do tesouro, mas já com actividade significativa em acções.
Para além dos títulos actualmente em negociação, Cristina Lourenço destacou as novas emissões de Obrigações do Tesouro em Moeda Externa, bem como as Ofertas Públicas de Venda (OPV) previstas para 2025, nomeadamente do BFA, Unitel, SBA e TV Cabo, como novas oportunidades de investimento.
Acrescentou que os investidores não residentes cambiais beneficiam hoje de um enquadramento legal mais favorável, permitindo a livre entrada e repatriamento de capitais, sem necessidade de autorização do Banco Nacional de Angola.
Financiamento Competitivo e Acessível
A Presidente da Comissão Executiva reforçou as vantagens que o mercado de capitais oferece às empresas de direito angolano que pretendem financiar-se através da emissão de acções ou obrigações. Entre os principais benefícios, destacou:
* Isenção do Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) na distribuição de lucros e dividendos;
* Redução da taxa de IAC para 5% no pagamento de cupões e mais-valias de obrigações com maturidade superior a três anos;
* Acesso a uma base alargada de investidores nacionais e internacionais;
* Aumento da reputação, visibilidade e credibilidade corporativa.
«A BODIVA representa uma alternativa real e atractiva ao financiamento bancário tradicional, oferecendo soluções flexíveis, maior visibilidade para as empresas emitentes e custos potencialmente mais competitivos», afirmou. Esta opção revela-se também vantajosa para empresas portuguesas com actividade domiciliada em Angola.
Compromisso com o Futuro
Entre os objectivos estratégicos da BODIVA está a atracção de novos emitentes, a criação de um mercado de derivados, de modo a dar resposta às necessidades de gestão de risco dos participantes, e a promoção de instrumentos sustentáveis. Paralelamente, continuará a reforçar a sua aposta na inovação tecnológica e na literacia financeira, pilares fundamentais para o acesso ao mercado e para a consolidação da confiança dos investidores.