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“Para que a paz seja efectiva é necessário que todos os angolanos caminhem juntos”, apela Padre Jerónimo Cahinga

“Para que a paz seja efectiva é necessário que todos os angolanos caminhem juntos”, apela Padre Jerónimo Cahinga
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O vice-reitor para Investigação e Extensão Universitária da Universidade Católica de Angola (UCAN), Padre Jerónimo Cahinga, apelou à união, à conquista e à promoção da paz e da reconciliação nacional  entre os angolanos, apontando “a necessidade de todos caminharem juntos para que a paz seja efectiva”.

O prelado católico fez este apelo durante uma entrevista concedida ao ONgoma News, por ocasião  o Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, a ser assinalada hoje, 4 de Abril, tendo referido que a celebração dos 16 anos de paz é significativa, “dá-nos conta que os angolanos começaram a esquecer a divisão político-militar que houve no passado e conseguem interiorizá-la como uma responsabilidade de cada cidadão”.

Padre Jerónimo Cahinga

O padre entende que Angola ainda se encontra numa situação complicada, pelo que a ausência do desenvolvimento provoca insatisfação e escândalo. “A gente vê pessoas que estão enriquecidas não se sabe como, com proventos que são do próprio Estado, enquanto ouvimos gritos de outras pessoas todos os dias, por falta de segurança nas ruas e nos bairros, a falta de medicamentos e médicos nos hospitais”, lamento, tendo acrescentado a atitude negativa dos funcionários do sector da Saúde e da Educação, por exemplo, às vezes, é uma espécie de reacção em função de um trabalho não remunerado, sendo que estes casos influenciam, de certa forma, a vivência plena da paz. 

Dentro destas curvas de dificuldades, o entrevistado afirmou que “o bem está no calar das armas", pois, "com ou sem fome conseguimos andar e podemos ter uma certa tranquilidade ao se deslocar de uma região para a outra”, continuou.

Padre Jerónimo Cahinga advertiu outra vez o empenho de todos na construção da paz, considerando que “ela está connosco, não há quem queira voltar à guerra, vamos pegar na força moral que nos caracteriza e ver quais os caminhos a percorrer”.  

Por último, o líder católico assegurou que tanto a guerra como os regimes de governação do passado trouxeram o “medo”, de tal maneira que as pessoas preferem viver numa situação de desgraça, em vez de denunciar, mesmo sabendo quem são os protagonistas. “Devemos perder este medo de denunciar, e depois, apelar as nossas instituições, quer jurídicas, quer políticas, que ajudem o povo a não ter medo”, referiu, precisando que “se quisermos embarcar na nave do actual Presidente, vamos lutar contra tudo aquilo que faz com que a vida de todo angolano não seja de qualidade. Quando a união faz a força, naturalmente, quem vai começar a ter medo é o protagonista das razões do medo para o povo”, finalizou. 

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Pedro Kididi

Jornalista

O vice-reitor para Investigação e Extensão Universitária da Universidade Católica de Angola (UCAN), Padre Jerónimo Cahinga, apelou à união, à conquista e à promoção da paz e da reconciliação nacional  entre os angolanos, apontando “a necessidade de todos caminharem juntos para que a paz seja efectiva”.

O prelado católico fez este apelo durante uma entrevista concedida ao ONgoma News, por ocasião  o Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, a ser assinalada hoje, 4 de Abril, tendo referido que a celebração dos 16 anos de paz é significativa, “dá-nos conta que os angolanos começaram a esquecer a divisão político-militar que houve no passado e conseguem interiorizá-la como uma responsabilidade de cada cidadão”.

Padre Jerónimo Cahinga

O padre entende que Angola ainda se encontra numa situação complicada, pelo que a ausência do desenvolvimento provoca insatisfação e escândalo. “A gente vê pessoas que estão enriquecidas não se sabe como, com proventos que são do próprio Estado, enquanto ouvimos gritos de outras pessoas todos os dias, por falta de segurança nas ruas e nos bairros, a falta de medicamentos e médicos nos hospitais”, lamento, tendo acrescentado a atitude negativa dos funcionários do sector da Saúde e da Educação, por exemplo, às vezes, é uma espécie de reacção em função de um trabalho não remunerado, sendo que estes casos influenciam, de certa forma, a vivência plena da paz. 

Dentro destas curvas de dificuldades, o entrevistado afirmou que “o bem está no calar das armas", pois, "com ou sem fome conseguimos andar e podemos ter uma certa tranquilidade ao se deslocar de uma região para a outra”, continuou.

Padre Jerónimo Cahinga advertiu outra vez o empenho de todos na construção da paz, considerando que “ela está connosco, não há quem queira voltar à guerra, vamos pegar na força moral que nos caracteriza e ver quais os caminhos a percorrer”.  

Por último, o líder católico assegurou que tanto a guerra como os regimes de governação do passado trouxeram o “medo”, de tal maneira que as pessoas preferem viver numa situação de desgraça, em vez de denunciar, mesmo sabendo quem são os protagonistas. “Devemos perder este medo de denunciar, e depois, apelar as nossas instituições, quer jurídicas, quer políticas, que ajudem o povo a não ter medo”, referiu, precisando que “se quisermos embarcar na nave do actual Presidente, vamos lutar contra tudo aquilo que faz com que a vida de todo angolano não seja de qualidade. Quando a união faz a força, naturalmente, quem vai começar a ter medo é o protagonista das razões do medo para o povo”, finalizou. 

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