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RDC lança maior usina hidroeléctrica do planeta para impulsionar data-centers em África

RDC lança maior usina hidroeléctrica do planeta para impulsionar data-centers em África
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O governo da República Democrática do Congo (RDC) lançou uma ambiciosa proposta de transformar o complexo hidroeléctrico de Inga, no rio Congo, numa fonte de energia renovável de grande escala destinada a abastecer data-centres alimentados por inteligência artificial (IA).

Atualmente, as duas barragens já existentes no local produzem menos de 2 gigawatts (GW), sendo que o seu potencial teórico ronda os 44 GW, quase o dobro da capacidade do famoso Barrage das Três Gargantas na China.  O director da agência de desenvolvimento de Inga, Bob Mabiala Mvumbi, defende que parcerias com operadores de data-centres são cruciais para desbloquear este enorme reservatório de energia.

A necessidade é premente: os data-centres ligados à IA e à computação em nuvem exigem consumos de energia até agora raros, na ordem dos gigawatts, o que coloca a África, e a RDC em particular, num possível papel estratégico para a nova economia digital global.  O CEO do Standard Bank, Luvuyo Masinda, apontou que, com um fornecimento energético estável, África poderá oferecer custos mais competitivos para estes projectos em comparação com os mercados desenvolvidos.

Apesar do optimismo, o panorama não está livre de obstáculos. O projecto de expansão, incluíndo a fase designada Inga III enfrenta desafios logísticos, financeiros e de infra-estrutura que já adiavam o avanço há décadas.  A consequência: até que o plano avance, grande parte deste potencial hidroeléctrico permanece inexplorado.

Se concretizado, o plano de Inga poderá não só transformar a matriz energética da RDC, como colocar o país no mapa global da tecnologia e inovação. Mas o caminho será longo e exigirá rigor, investimento e visão estratégica para que o sonho de “energia verde para a IA” se torne realidade.

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Veloso de Almeida

Repórter

Veloso estudou Comunicação Social no Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) e estagia como jornalista no portal ONgoma News.

O governo da República Democrática do Congo (RDC) lançou uma ambiciosa proposta de transformar o complexo hidroeléctrico de Inga, no rio Congo, numa fonte de energia renovável de grande escala destinada a abastecer data-centres alimentados por inteligência artificial (IA).

Atualmente, as duas barragens já existentes no local produzem menos de 2 gigawatts (GW), sendo que o seu potencial teórico ronda os 44 GW, quase o dobro da capacidade do famoso Barrage das Três Gargantas na China.  O director da agência de desenvolvimento de Inga, Bob Mabiala Mvumbi, defende que parcerias com operadores de data-centres são cruciais para desbloquear este enorme reservatório de energia.

A necessidade é premente: os data-centres ligados à IA e à computação em nuvem exigem consumos de energia até agora raros, na ordem dos gigawatts, o que coloca a África, e a RDC em particular, num possível papel estratégico para a nova economia digital global.  O CEO do Standard Bank, Luvuyo Masinda, apontou que, com um fornecimento energético estável, África poderá oferecer custos mais competitivos para estes projectos em comparação com os mercados desenvolvidos.

Apesar do optimismo, o panorama não está livre de obstáculos. O projecto de expansão, incluíndo a fase designada Inga III enfrenta desafios logísticos, financeiros e de infra-estrutura que já adiavam o avanço há décadas.  A consequência: até que o plano avance, grande parte deste potencial hidroeléctrico permanece inexplorado.

Se concretizado, o plano de Inga poderá não só transformar a matriz energética da RDC, como colocar o país no mapa global da tecnologia e inovação. Mas o caminho será longo e exigirá rigor, investimento e visão estratégica para que o sonho de “energia verde para a IA” se torne realidade.

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