As autoridades de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) apontaram recentemente a pobreza e as desigualdades sociais como responsáveis pelo aumento do tráfico humano através das fronteiras comuns, facto que preocupa ambos lados, e decidiram criar o Fórum Regional Transfronteiriço, com vista à troca de informações sobre o trabalho que os dois países estão a realizar.
Sem avançar números absolutos, os dois governos reuniram-se na semana passada, na cidade do Dundo, província angolana da Lunda Norte, num encontro com a necessidade de um maior controlo das fronteiras na agenda.
De acordo com a Voz da América, as autoridades angolanas admitem que mais de 200 pessoas foram, nos últimos cinco anos, vítimas do tráfico humano no país, mas os números podem ser bem maiores, principalmente por falta de controlo nas fronteiras.
Luísa Buta, porta-voz do primeiro Fórum Transfronteiriço, organizado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola e apoiado pela Organização Internacional para as Migrações, defende a criação e partilha, com Angola, de “um mecanismo de referência de protecção às vítimas de tráfico de seres humanos, do lado da RDC, para o melhor controlo das pessoas”, além de “inventariar as rotas clandestinas não abertas pelas entidades migratorias para o melhor controlo das fronteiras”.
Neste sentido, as autoridades de Luanda e Kinshasa decidiram criar um Fórum Regional Transfronteiriço, que passará a realizar-se nos dois países de forma alternada, com o objectivo de se melhorar a troca de informações sobre o trabalho que cada uma das partes estiver a desenvolver em prol da protecção, promoção e divulgação dos Direitos Humanos.
Entretanto, para o jurista Manuel Cangundo, é necessário um maior empenho das autoridades para minimizar o tráfico de seres humanos nas zonas fronteiriças.
“Passa pela vontade política e se concretiza na criação de condições, bem como de fortes medidas de segurança nas fronteiras que dividem os dois países”, explicou Cangundo, quem reconhece que “os políticos têm noção disso, só que muitas vezes têm interesses inconfessos, interesses secundários, e não só não criam como inviabilizam mecanismos que já existem noutros locais”.
O mesmo especialista reforçou que, no entanto, por detrás do tráfico de seres humanos, “estão a pobreza e as desigualdades sociais nestes dois países”.
As autoridades de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) apontaram recentemente a pobreza e as desigualdades sociais como responsáveis pelo aumento do tráfico humano através das fronteiras comuns, facto que preocupa ambos lados, e decidiram criar o Fórum Regional Transfronteiriço, com vista à troca de informações sobre o trabalho que os dois países estão a realizar.
Sem avançar números absolutos, os dois governos reuniram-se na semana passada, na cidade do Dundo, província angolana da Lunda Norte, num encontro com a necessidade de um maior controlo das fronteiras na agenda.
De acordo com a Voz da América, as autoridades angolanas admitem que mais de 200 pessoas foram, nos últimos cinco anos, vítimas do tráfico humano no país, mas os números podem ser bem maiores, principalmente por falta de controlo nas fronteiras.
Luísa Buta, porta-voz do primeiro Fórum Transfronteiriço, organizado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola e apoiado pela Organização Internacional para as Migrações, defende a criação e partilha, com Angola, de “um mecanismo de referência de protecção às vítimas de tráfico de seres humanos, do lado da RDC, para o melhor controlo das pessoas”, além de “inventariar as rotas clandestinas não abertas pelas entidades migratorias para o melhor controlo das fronteiras”.
Neste sentido, as autoridades de Luanda e Kinshasa decidiram criar um Fórum Regional Transfronteiriço, que passará a realizar-se nos dois países de forma alternada, com o objectivo de se melhorar a troca de informações sobre o trabalho que cada uma das partes estiver a desenvolver em prol da protecção, promoção e divulgação dos Direitos Humanos.
Entretanto, para o jurista Manuel Cangundo, é necessário um maior empenho das autoridades para minimizar o tráfico de seres humanos nas zonas fronteiriças.
“Passa pela vontade política e se concretiza na criação de condições, bem como de fortes medidas de segurança nas fronteiras que dividem os dois países”, explicou Cangundo, quem reconhece que “os políticos têm noção disso, só que muitas vezes têm interesses inconfessos, interesses secundários, e não só não criam como inviabilizam mecanismos que já existem noutros locais”.
O mesmo especialista reforçou que, no entanto, por detrás do tráfico de seres humanos, “estão a pobreza e as desigualdades sociais nestes dois países”.