Numa altura em que cerca de 44% da população angolana continua sem acesso a água potável, o Standard Bank de Angola e a EcoAngola promoveram um encontro sob o tema “Água nas Comunidades: Soluções para Acesso a Água Potável”. O evento decorreu na passada semana, no Instituto Guimarães Rosa, em Luanda, com a presença de Elsa Ramos, Directora Nacional de Águas, e Alban Nouvellon, Chefe da Secção de Água, Saneamento e Higiene da UNICEF.
“Temos hoje uma cobertura estimada de 56%. E a pergunta que impera é: se o sector da água é tão importante, como é que ainda estamos apenas com esta cobertura?”, questionou Elsa Ramos. A responsável destacou os desafios estruturais e populacionais do país, sublinhando a necessidade de maior financiamento para garantir melhorias no abastecimento.
Alban Nouvellon apontou como um dos principais entraves a “operacionalização e manutenção dos sistemas existentes”. “Temos um grande desafio em manter as infra-estruturas já instaladas a funcionar com plena capacidade. E, ao mesmo tempo, não podemos negligenciar os milhões que ainda não têm acesso a qualquer sistema.”
A falta de quadros técnicos capacitados foi outro ponto crítico levantado. Segundo Elsa Ramos, “esta área é quase inexistente nas universidades angolanas”, o que compromete o desenvolvimento sustentável do sector. Ainda assim, sublinhou a importância da cooperação institucional, nomeadamente com organizações como a UNICEF, no apoio técnico e financeiro.
Também Alban Nouvellon defendeu uma abordagem mais integrada, com maior coordenação entre os níveis nacional, provincial e municipal. Destacou o papel do Fórum Nacional de Água e Saneamento como plataforma de diálogo e a urgência de reforçar parcerias, inclusive com o sector privado.
Ambos os especialistas convergiram na importância do envolvimento das comunidades locais: “São elas as utilizadoras finais dos sistemas, e sem a sua inclusão, dificilmente haverá soluções duradouras”, afirmou Nouvellon. A formação e a sensibilização das populações foram apontadas como fundamentais para garantir a eficácia dos projectos e promover o empoderamento comunitário.
O encontro integrou-se no ciclo de debates do projecto ‘60min ECO’, que visa fomentar o pensamento crítico e promover o diálogo em torno de questões ambientais e sociais, incentivando a participação activa da sociedade civil.
Numa altura em que cerca de 44% da população angolana continua sem acesso a água potável, o Standard Bank de Angola e a EcoAngola promoveram um encontro sob o tema “Água nas Comunidades: Soluções para Acesso a Água Potável”. O evento decorreu na passada semana, no Instituto Guimarães Rosa, em Luanda, com a presença de Elsa Ramos, Directora Nacional de Águas, e Alban Nouvellon, Chefe da Secção de Água, Saneamento e Higiene da UNICEF.
“Temos hoje uma cobertura estimada de 56%. E a pergunta que impera é: se o sector da água é tão importante, como é que ainda estamos apenas com esta cobertura?”, questionou Elsa Ramos. A responsável destacou os desafios estruturais e populacionais do país, sublinhando a necessidade de maior financiamento para garantir melhorias no abastecimento.
Alban Nouvellon apontou como um dos principais entraves a “operacionalização e manutenção dos sistemas existentes”. “Temos um grande desafio em manter as infra-estruturas já instaladas a funcionar com plena capacidade. E, ao mesmo tempo, não podemos negligenciar os milhões que ainda não têm acesso a qualquer sistema.”
A falta de quadros técnicos capacitados foi outro ponto crítico levantado. Segundo Elsa Ramos, “esta área é quase inexistente nas universidades angolanas”, o que compromete o desenvolvimento sustentável do sector. Ainda assim, sublinhou a importância da cooperação institucional, nomeadamente com organizações como a UNICEF, no apoio técnico e financeiro.
Também Alban Nouvellon defendeu uma abordagem mais integrada, com maior coordenação entre os níveis nacional, provincial e municipal. Destacou o papel do Fórum Nacional de Água e Saneamento como plataforma de diálogo e a urgência de reforçar parcerias, inclusive com o sector privado.
Ambos os especialistas convergiram na importância do envolvimento das comunidades locais: “São elas as utilizadoras finais dos sistemas, e sem a sua inclusão, dificilmente haverá soluções duradouras”, afirmou Nouvellon. A formação e a sensibilização das populações foram apontadas como fundamentais para garantir a eficácia dos projectos e promover o empoderamento comunitário.
O encontro integrou-se no ciclo de debates do projecto ‘60min ECO’, que visa fomentar o pensamento crítico e promover o diálogo em torno de questões ambientais e sociais, incentivando a participação activa da sociedade civil.